4 LIÇÃO 3 TRI 20 – A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO ENFRENTOU OPOSIÇÃO

DANIEL ORA POR UM DESPERTAMENTO
A Construção do Templo Enfrentou Oposição

4 LIÇÃO 3 TRI 20 – A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO ENFRENTOU OPOSIÇÃO

Texto Áureo

“Assim, edificamos o muro, e todo o muro se cerrou até sua metade; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar.

Verdade Prática

Se confiarmos verdadeiramente em Deus, venceremos todas as resistências do Maligno.

LEITURA DIÁRIA

Segunda –    Ne 4.1-5.      A oração que vence a resistência

Terça –        Ne 4.6.         Trabalho que vence a resistência

Quarta –       Ne 4.9.         A vigilância que vence a resistência

Quinta –       Ne 4.14.       A bravura que vence a resistência

Sexta –        Ne 4.15-18.  A precaução que vence a resistência

Sábado –     Ne 4.18-19   A união que vence a resistência

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ed 1.1-7; Ne 1.1-3

7- E, nos dias de Artaxerxes, escreveu Bislão, Mitredate, Tabeel e os outros da sua companhia a Artaxerxes, rei da Pérsia; e a carta estava escrita em caracteres aramaicos e na língua siríaca.

9 – Então, escreveu Reum, o chanceler, e Sinsai, o escrivão, e os outros da sua companhia: dinaítas e afarsaquitas, tarpelitas afarsitas arquevitas, babilônios, susanquitas, deavitas, damitas

11 – Este, pois, é o teor da carta que ao rei Artaxerxes lhe mandaram: Teus servos, os homens daquém do rio e em tal tempo.

12 – Saiba o rei que os judeus que subiram de ti vieram a nós a Jerusalém, e edificam aquela rebelde e malvada cidade, e vão restaurando os seus muros, e reparando os seus fundamentos.

13 – Agora, saiba o rei que, se aquela cidade se reedificar, e os muros se restaurarem, estes não pagarão os direitos, os tributos e as rendas; e assim se danificará afazenda dos reis.

15 – para que se busque no livro das crônicas de teus pais, e, então, acharás no livro das crônicas e saberás que aquela foi uma cidade rebelde e danosa aos reis e províncias e que nela houve rebelião em tempos antigos; pelo que foi aquela cidade destruída.

16 – Nós, pois, fazemos notório ao rei que, se aquela cidade se reedificar e os seus muros se restaurarem, desta maneira não terás porção alguma desta banda do rio.

21 – Agora, pois, daí ordem para que aqueles homens parem, afim de que não se edifique aquela cidade, até que se dê uma ordem por mim.

22- E guardai-vos de cometerdes erro nisso; por que cresceria o dano para prejuízo dos reis?

23 – Então, depois que a cópia da carta do rei Artaxerxes se leu perante Reum, e Sinsai, o escrivão, e seus companheiros, apressadamente foram eles a Jerusalém, aos judeus, e os impediram à força de braço e com violência.

24 – Então, cessou a obra da Casa de Deus, que estava em Jerusalém, e cessou até ao ano segundo do reinado de Dario, rei da Pérsia.

HINOS SUGERIDOS: 387, 427, 432

OBJETIVO GERAL

Mostrar que a nossa confiança em Deus nos faz vencer as resistências do Maligno.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo o objetivo I refere-se ao tópico I com seus respectivos subtópicos.

I – Mostrar como se deu o lançamento dos alicerces do Templo;

II- Saber que os samaritanos se opuseram à construção do Templo; o Explicar a falta de resistência dos judeus;

III – Discorrer a respeito da reação dos samaritanos quando os judeus cessaram a obra.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo estudaremos um momento especial na vida do povo de Deus após o exílio, a reedificação do Templo, um lugar de adoração e comunhão com o Todo-Poderoso. O altar, centro do culto judaico, já tinha sido restaurado, havia sacrifício e expiação pelo pecado sendo oferecidos ao Senhor. Como “reino sacerdotal e povo santo”, o povo devia oferecer sacrifícios a Deus. Porém, o Templo precisa ser restaurado e a restauração deveria ser vista como uma prioridade para eles. Então, os que haviam voltado do cativeiro lançaram os alicerces do Templo. “Todavia, o povo da terra debilitava as mãos do povo de Judá e inquietava-os no edificar” (Ed 4.4). Zorobabel, juntamente com o povo, além de trabalhar arduamente na construção, tiveram que enfrentar inimigos externos e internos. Homens que se infiltraram no meio dos trabalhadores, cujo único objetivo era atrapalhar e impedir a reconstrução. Porém, osjudeus sobre a liderança de Zorobabel não se deixaram intimidar pelos adversários. Sempre que desejamos empreender algo em favor do povo de Deus, os adversários se levantam, mas quando confiamos no Todo-Poderoso inteiramente, recebemos forças e coragem para lutar. Talvez, você esteja enfrentando algumas lutas, porém não desanime. Não olhe para os inimigos e não dê atenção as suas críticas, mas continue a olhar firmemente para Jesus e seja um vencedor.

INTRODUÇÃO

O altar havia sido restaurado, a Festa dos Tabernáculos celebrada, e celebrado com uma solenidade, e o holocausto contínuo estava sendo oferecido cada dia, conforme o rito (Ed 3.2-4). A vida espiritual dos judeus que haviam retornado do cativeiro seguia o que estava prescrito na Lei de Moisés. Somente esperavam o momento de iniciar a reedificação do Templo.

PONTO CENTRAL

Devemos manter a confiança em Deus, apesar das circunstâncias.

I – OS ALICERCES DO TEMPLO SÃO LANÇADOS

Depois que os materiais para a construção do Templo chegaram, segundo a concessão feita pelo rei Ciro da Pérsia, Zorobabel e os que haviam voltado do cativeiro lançaram os alicerces o lançamento dos alicerces do templo (Ed 3.8). Todos apresentaram muita animação para o trabalho.

1. O lançamento dos alicerces foi celebrado com uma solenidade.

Os sacerdotes, já paramentados e com trombetas, e os levitas filhos de Asafe, com saltérios, para louvarem ao Senhor, conforme a instituição de Davi, rei de Israel (Ed 3.10).

Todos os que assistiram o lançamento dos alicerces expressaram seus sentimentos com tão grande júbilo, que as suas vozes se ouviam de mui longe (Ed 3.12.13).

2. A reedificação do Templo.

A reedificação do templo foi resultado do despertamento que veio através de Ciro, rei da Pérsia (Ed I. 1,2). Convém lembrar que o despertamento pentecostal, que chegou ao Brasil em 1911, trouxe consigo uma verdadeira renovação da doutrina da Igreja de Deus, que pode ser simbolizada pelo templo de Deus (1 co 3.16). A Igreja de Deus é um MISTÉRIO (Ef 5.32), que não pode ser compreendido pelo homem natural (1 co 2.14).

a.       O Espírito Santo quer salientar que JESUS em pessoa quer edificar a sua Igreja (Mt 16.18), e Ele o faz conforme a Palavra de Deus.

b.       O Espírito Santo quer gerar um sentimento de reverência pela igreja do Senhor, que é a morada de Deus (Ef 2.22). Veja também: Êxodo 3.5; Salmos 89.7; Eclesiastes 5.1.

c . O Espírito Santo quer adestrar a Igreja porque ela é o instrumento da ação de Deus aqui na terra (Ef 3.10). Deus tem um trabalho para cada servo seu na grande obra de evangelização do mundo (Mc 13.34).

SÍNTESE DO TÓPICO I

Os alicerces do Templo são erguidos e o povo celebro o lançamento com uma reunião solene.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

Não foi antes da primavera o segundo mês (abril/maio) do segundo ano da sua volta, que os judeus, sob o comando de Zorobabel, começaram a tarefa de reconstruir o Templo. Nesse ínterim, houve muita coisa a ser feita, Era necessário contratar pedreiros carpinteiros; as pedras deveriam ser cortadas e a madeira obtida nas colinas do Líbano. Esta era a mesma fonte da qual Salomão obteve a matéria-prima para o primeiro Templo (2 Cr 2.819), Parte do dinheiro necessário para isto conseguiu-se graças á concessão que lhes tinha feito Ciro, rei da Pérsia. Devido à santidade da tarefa, os levitas foram designados para supervisionar  os trabalhadores. Jesua, ou Josué, era o sumo sacerdote (cf. 2.2; 3.2; Zc 3.1-10). Com a colocação das últimas pedras do alicerce, realizou-se uma elaborada cerimônia. Os sacerdotes e os levitas, vestidos adequadamente, tocaram suas trombetas e seus címbalos, e os corais entoaram em duas vozes o Salmo 136. E o povo jubilou com grande júbilo, louvando ao Senhor peto que Ele tinha ajudado a realizar” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.493).

II – OS SAMARITANOS OPÕEM-SE À CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

1. Entre os moradores da terra estavam os samaritanos.

Quando Nabucodonosor levou o reino de Judá cativo para Babilönia, os samararitanos passaram a morar na terra. Estes eram descendentes de uma mistura de gente que o rei da Assíria tinha deslocado para as cidades da Samaria, depois de ele ter levado as dez tribos do Reino do Norte em cativeiro para a Assíria (2 RS 17.23). Eram pagãos que haviam sido ensinados acerca do Deus de Israel. Assim, os samaritanos continuavam servindo a seus deuses, mas também temiam o Senhor (2 RS 17.23-33).

2. Os samaritanos tentam frustrar a construção do Templo (Ed 4.4,5).

A maldade dos samaritanos levou-os a enviar uma carta ao rei da Pérsia contendo acusações mentirosas contra os judeus (Ed 4,12,13) O rei que recebeu aquela carta não conhecia bem o assunto, e mandou parar a obra (Ed 4.21).

SUBSÍDIO BÍBLICO TEOLÓGICO

Ao ouvir que Jerusalém era reconstruída e o Templo restaurado, os samaritanos e outros povos das redondezas perturbaram-se. Eles temiam que, se permitisse que os judeus se estabelecessem em Jerusalém, representariam uma ameaça à sua segurança e ao seu poder. Traiçoeiramente, pediram a Zorobabel e Jesua que deixassem que eles ajudassem a reconstruir o Templo, alegando que eles, como os judeus, adoravam o Deus verdadeiro. Quando foram rejeitados, como naturalmente devem ter suposto que seriam eles imediatamente começaram a atrapalhar os judeus de todas as formas possíveis.

Alugaram contra eles conselheiros e aparentemente deram uma impressão enganosa sobre os judeus ao rei da Pérsia.

Em todo caso, os trabalhos de construção foram interrompidos e não foram reiniciados até quinze anos mais tarde, durante o reinado de Dario.

Muitos estudiosos pensam que a interrupção dos trabalhos de reconstrução do Templo é um simples exemplo de falta de fé por parte daqueles que estavam encarregados da obra.

Eles tiveram a autorização de Ciro, a autoridade e a bênção de Deus no início do empreendimento. Eles, como Neemias, deveriam ter continuado firmes no trabalho apesar da oposição, e Deus certamente teria tornado possível a conclusão do trabalho, conforme havia planejado. Com base em Ageu 1.4, parece que durante esse período de estagnação dos judeus se voltaram para a construção e a decoração de suas próprias casas” (Comentário Bíblico Beacon. VOL. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.494),

III. COMO SE EXPLICA A FALTA DE RESISTÊNCIA DOS JUDEUS?

1. Os judeus deveriam ter ido ao rei da Pérsia para assegurar a construção.

Uma ordem dada por uma autoridade superior não pode ser invalidada por uma autoridade inferior. A ordem de construir o Templo tinha sido dada pelo Deus do céu, através do rei Ciro, a maior autoridade da época, que assinara o decreto da construção do Templo.

2. Os judeus deveriam ter recorrido a Deus.

Toda história dos judeus é rica de exemplos de como Deus ajudou seu povo em tempos difíceis. A própria vinda dos judeus para Jerusalém era uma clara demonstração de que Deus estava neste negócio.

Vejamos alguns exemplos da história dos judeus, quando foram ajudados pelo Senhor:

a.       Nos dias do rei Ezequias, Judá foi cercado pelo exército do rei da Assíria que ameaçava fazer com Judá o que já havia feito com o reino de Israel: levá-los em cativeiro. Nesta hora de perigo, o rei Ezequias buscou o Senhor e foi ouvido, pois um anjo feriu o arraial dos assírios, destruindo cento e oitenta e cinco mil soldados (2 RS 19.30; 2 cr 32.21-22).

b.       Nos dias do rei Jeosafá, ameaçados pelos amonitas e pelos moabitas, os habitantes de Judá foram convocados pelo rei para pedirem socorro ao Senhor. Ver o texto em 2 Crônicas 20.1-24. Deus guerreou por eles, e sem terem que lutar, os inimigos foram desbaratados.

Os muitos exemplos da ajuda de Deus no passado deveriam ter inspirado os líderes do povo à resistência a esta maldade dos inimigos dos judeus.

3.       O motivo da falta de resistência dos judeus era de ordem espiritual;

a.       ZOROBABEL, o chefe político do povo judeu, até então, tinha confiado em sua própria força (Zc 4.6). Quando as suas próprias forças se esgotaram, não teve mais condições de resistir, sentindo-se inteiramente desarmado diante do inimigo.

b.       JOSUÉ, o sumo sacerdote e líder religioso do povo, estava com suas vestes manchadas (Zc 3.3). Este fato tirou dele toda a autoridade espiritual. Diante do problema causado pelos inimigos, ele não tinha fé para buscar da ajuda de Deus, do Todo-poderoso, uma vez que o mistério da fé é guardado em uma pura consciência (I Tm 3.9).

SÍNTESE DO TÓPICO III

Os judeus não resistiram à oposição dos inimigos e param a reconstrução do Templo.

SUBSÍDIO BÍBLICO TEOLÓGICO

“Não por força, nem por violência, mas pelo meu 4.6),

Embora esta mensagem tenha sido entregue a Zorobabel, é aplicável a todos os crentes (cf. 2 Tm 3.16). Nem o poderio militar, nem o político, nem as forças humanas poderão efetivar a obra de Deus. Só conseguiremos fazer a sua obra se formos capacitados pelo Espírito Santo. Jesus iniciou o seu ministério no poder do Espírito (LC 4.1.18). E a igreja foi revestida pelo poder do Espírito Santo no dia de Pentecoste para cumprir a grande comissão (At 1.18). Somente se o Espírito governar e capacitar a nossa vida, é que poderemos cumprir a vontade de Deus. É por isso que Jesus batiza seus seguidores no Espírito Santo” (Biblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.717).

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IV – A REACÄO DOS SAMARITANOS, QUANDO OS JUDEUS CESSARAM A OBRA

1. A tristeza dos judeus.

O povo em geral tinha, desde o início da construção, acompanhado o trabalho com simpatia. Os judeus trabalhavam com muito entusiasmo e com muita união. O povo tinha ouvido falar de que o Deus do céu estava do lado dos judeus, ajudando-os. E agora? Onde estava seu Deus?

2. A alegria dos samaritanos.

Os inimigos dos judeus regozijavam-se grandemente. Certamente os conselheiros foram parabenizados pela “sábia e competente ação”. Porém o gozo de ímpios é de pouca duração!

a.       O gozo dos filisteus, que haviam prendido Sansão, terminou em tragédia (Jz 16.25-31).

b.       A alegria dos sacerdotes, que alugaram Judas para trair Jesus, foi de curta duração. Com a ressurreiçäo de Jesus, seus problemas se agravaram (Mt 28.11-15).

3.       O desânimo dos judeus.

Os judeus, que tinham voltado do cativeiro para construir o Templo, sentiram-se humilhados e tristes.

Mas, passado algum tempo, acomodaram-se com a situação e não lutaram pela continuação da construção do Templo. Deixaram-se dominar pelo desânimo. O desânimo é uma das mais eficazes armas usadas por Satanás, contra os crentes. Lutemos contra o desânimo, em nome de Jesus!

a.       Alguns conformaram-se, pensando que talvez ainda não era a vontade de Deus construir o Templo (Ag 1.2).

b.       Outros aproveitaram a interrupção da obra para dedicar-se as suas próprias casas (Ag 19), Outros chegaram a faltar com as suas obrigações espirituais. deixando de contribuir para a casa de Deus (Ag 1.6).

c.       Talvez alguns judeus sinceros estivessem tristes, e buscassem a Deus em oração, pedindo solução para a dificuldade, de modo que o Templo pudesse continuar a ser construído.

SÍNTESE DO TÓPICO IV

A oposição dos inimigos fez com que os judeus abandonassem a reconstrução do Templo.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Os samarita nos

No periodo do Antigo Testamento, este era um termo que se referia aos residentes da cidade ou da província de Samaria (2 RS 17.29). Algumas desavenças entre os residentes da Palestina média e do sul eram evidentes no período dos juízes, mas os sentimentos foram intensificados com a formação do reino do norte de Israel sob Jeroboäo l.

De uma forma geral, os residentes de Israel e os cananeus praticavam uma mistura racial, social e religiosa.

05 descendentes dessa população mista desejaram ajudar Zorobabel na construção do Templo afirmando que adoravam ao mesmo Deus, Mas, quando tiveram seu pedido negado, eles se opuseram a construção. Depois que Neemias começou a reconstruir os muros de Jerusalém, este servo do Senhor sofreu forte oposição por Sambalate, Gesém e Tobias. Sambalate era governador de Samaria” (Dicionário Bíblico Wycliffe.

PARA REFLETIR

A respeito de “A Construção do Templo Enfrentou Oposição”, responda:

• Como foi feito o lançamento dos alicerces do Templo?

Com solenidade.

• De que forma podemos considerar a reedificação do Templo?

Como um resultado do reavivamento que moveu o coração do rei Ciro.

• Que povo vizinho a Israel tentou frustrar a construção do Templo?

Os samaritanos.

• Por que os judeus deveriam procurar o rei da Pérsia?

Para assegurar a construção do Templo.

• Por que os judeus deveriam ter recorrido a Deus?

Porque Deus era quem os estava dirigindo naquele negócio

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INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO

Ed 3.3. Firmaram o altar sobre as suas bases. Assim foi renovado o sistema de sacrifícios, incluindo os sacrifícios regulares matinais e vespertinos. O Pacto Mosaico foi reiniciado. Ver sobre isso na introdução ao capítulo 19 de Êxodo. Ver no Dicionário o artigo geral chamado Pactos. Com a renovação das tradições antigas, o Novo Israel começou com o pé direito, com as bênçãos de Yahweh.

Ed 3.4 Celebraram a festa dos tabernáculos como está escrito. A renovação também incluía o reinicio da celebração das antigas festas e festividades, que faziam de Israel um povo distintivo. A festa dos tabernáculos era uma dessas três festas principais que requeriam peregrinações à capital. As outras duas eram a páscoa e o pentecoste.

A festa dos tabernáculos ocorria no sétimo mês ao calendário judaico, cinco dias após o dia da expiação, e prosseguia por sete dias (ver Êxodo 23.16,17; 34.22). “Durante todos os oito dias da festa, houve certo número de sacrifícios. Eles os realizaram em consonância com a lei.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1740.

Deve-se observar que aqueles que retomavam tinham as devidas prioridades. Mais importante que construir o Templo era restabelecer a verdadeira adoração a Deus, representada pela edificação do altar.

A resposta ao medo que sentiam dos povos das terras (3) não era em termos de armas ou de fortalezas, mas sim em colocar Deus em primeiro lugar, ao construir de novo o seu altar até mesmo antes de providenciar casas para as suas famílias. Firmaram o altar sobre as suas bases significa “colocaram o altar no seu lugar” (Moffatt).

Demaray. C. E. Comentário Bíblico Beacon. Esdras. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 493.

Teria sido fácil limitar-se a ficar contente com o mero fato da chegada e da reprovação da pátria. Havia, no entanto, o negócio do rei — o Templo — a ser tratado; e antes mesmo daquilo, havia a vocação básica de Israel.

Aquela vocação, assim como a nossa, era ser “sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais” (e no caso deles, literais), “agradáveis a Deus.”

Assim, pois, a primeira coisa a ser edificada era o altar (2), antes mesmo de os materiais terem sido encomendados para o Templo (7).

Abraão tinha marcado sua chegada naquela terra exatamente do mesmo modo, estabelecendo seu altar como um Amém corajoso à promessa (Gn 12.7).

Estes recolonizadores, no entanto, eram movidos tanto pelo medo quanto pela fé: ainda que estavam sob o terror dos povos de outras terras (3).

É possível entender com isso que não ousavam tentar qualquer coisa tio ambiciosa quanto um Templo; mas, tendo em vista o v. 7, onde se vê que põem as mãos àquela obra, é muito mais provável que a implicação é que a situação ameaçadora lhes deu a consciência da sua necessidade de ajuda, e, portanto, daquele acesso a Deus que foi prometido no altar. “Ali,” dissera Ele, “virei aos filhos de Israel para que por minha glória sejam santificados” (Êx 29.43).

Além disto, tornou-os cuidadosos quanto aos pormenores. O altar foi firmado sobre as suas bases (3), i.é, seu lugar tradicional e apropriado; e lemos que tudo foi feito como está escrito… como está escrito (2, 4), até mesmo a sequência numérica detalhada das ofertas na festa dos tabernáculos (4), que leva vinte e sete versículos para ser descrita no livro de Números (Nm 29.12-38).

Kidner. Derek,. Esdras e Neemias Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão. pag. 48-49.

I – OS ALICERCES DO TEMPLO SÃO LANÇADOS

Ed 3.8 No segundo ano da sua vinda à casa de Deus. C começo do levantamento dos alicerces do segundo templo de Jerusalém ocorreu sete meses depois da chegada dos judeus deportados em Jerusalém. Sobre esse elemento tempo já comentei no versículo anterior, e não preciso reiterar aqui a questão.

Os principais líderes espirituais e políticos (repetição com base no versículo 2, ver as notas expositivas ali) estiveram ativos no projeto, obtendo ainda a ajuda de subordinados, chefes, subchefes e operários. Afinal de contas, o templo era o local do culto sagrado, e os levitas eram os profissionais que cuidavam desse culto.

Portanto, a edificação não foi supervisionada por chefes seculares, o que poderia ser visto como uma profanação do templo, desde os alicerces para cima. O trecho de Ageu 1.12,14 deixa de mencionar os levitas, mas esses líderes ativos eram necessários para o trabalho.

Os remanescentes eram aqueles que tinham retornado do cativeiro babilónico, mas no livro de Ageu eles podem ser compreendidos como os que tinham sido deixados na terra e não haviam sido deportados.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1742.

Não foi antes da primavera, o segundo mês (8; abril/maio) do segundo ano da sua volta, que os judeus, sob o comando de Zorobabel, começaram a tarefa de reconstruir o Templo. Nesse ínterim, houve muita coisa a ser feita.

Era necessário contratar pedreiros e carpinteiros; as pedras deveriam ser cortadas e a madeira obtida nas colinas do Líbano. Esta era a mesma fonte da qual Salomão obteve a matéria-prima para o primeiro Templo (2 Cr 2.8,9).

Demaray. C. E. Comentário Bíblico Beacon. Esdras. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 493.

Quando começou — no segundo mês do segundo JL ano, tão logo a estação do ano permitisse (v. 8), e após terminarem as solenidades da Páscoa. Eles levaram pouco mais de meio ano para fazerem os preparativos da terra e dos materiais; tanto assim os seus corações estavam voltados para essa obra.

Observe: Quando uma boa obra precisa ser feita, seremos sábios se a começarmos o quanto antes, não perdendo tempo, sim, mesmo que antevemos dificuldade e oposição. Assim nos engajamos nessa obra, e engajamos Deus a nosso favor. Quando algo é bem começado (dizemos), a metade já está feita.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. pag. 783.

1. O lançamento dos alicerces foi celebrado com uma solenidade.

Ed 3.10 Quando os edificadores lançaram os alicerces do templo. O trabalho teve um acompanhamento cúltico musical e religioso. Essa parte do esforço ficou, como é natural, ao encargo dos levitas. Foi uma ocasião de júbilo. O povo de Judá, que fora deportado pelos babilônios, havia retomado como um pequeno remanescente. Estava agora revertendo o desastre provocado pelo cativeiro babilónico.

O labor deles na construção do novo templo (o segundo) foi um culto sagrado, sendo celebrado enquanto o trabalho prosseguia, como se fora um sacrifício oferecido a Yahweh. Tudo foi feito conforme Davi tinha ordenado quando entregou o trabalho no templo para ser realizado pelos vinte e quatro turnos de sacerdotes e levitas. Ver I Crônicas 23-26.

Naturalmente, está em vista um culto de dedicação a respeito ao lançamento dos alicerces. A primeira vitória estava obtida. Muitas outras serão conseguidas. Quando Davi trouxe a arca para Jerusalém, algo similar acontecera, e, naturalmente, c mesmo ocorreu por ocasião da construção do templo de Salomão.

Quanto a Asafe e seus címbalos e trombetas, ver I Crônicas 16.5,6. Cf. II Crônicas 5.12,13. Asafe (seus descendentes) e outros tocaram os instrumentos para de cordas e os címbalos, enquanto os sacerdotes sopraram as trombetas. Alérr disso, houve os cânticos, talvez de certos salmos de Davi, de acordo com alguma liturgia fixa.

“A celebração ocorreu antes que o templo estivesse terminado (ver Esdras 4.1-3), mas não há nenhuma referência aos alicerces, neste versículo (Esdras 3.10). (Raymond A. Bowman, in Ioc.).

A ocasião demandava que o clero se vestisse devidamente. O trecho de I Esdras diz “vestidos em vestimentas”, isto é, as vestes típicas dos Levitas e sacerdotes. Josefo explicou como segue: “Adornados com suas vestes costumeiras”.

Não sabemos dizer por que essa celebração não esperou até depois de o templo ter sido completado. Talvez seja uma boa adivinhação afirmar que uma ou mais celebrações ocorreram antes do término do templo, e ainda outra celebração quando este foi terminado, mas nossos textos não nos dão essa informação.

A celebração referida no presente versículo muito provavelmente está relacionada ao lançamento dos alicerces, a primeira coisa necessária em qualquer construção.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1742.

Como Deus foi louvado com o lançamento dos alicerces do Templo (v. 10,11)- Os sacerdotes com as trombetas designadas por Moisés, e os levitas com os címbalos designados por Davi, compuseram um concerto musical, não para agradar os ouvidos, mas para auxiliar o canto desse hino eterno que nunca será antiquado, e para a qual as nossas línguas nunca deveriam estar desafinadas: Deus é bom e sua benignidade dura para sempre, o tema principal do Salmo 136.

Que todas as correntes de benignidade sejam rastreadas até a fonte. Qualquer que seja a nossa condição, independentemente das nossas aflições e medos, que seja confessado que Deus é bom; e, independentemente do que falhar, a sua benignidade não falhará.

Que isso seja cantado com disposição, como ocorreu aqui; não somente sua benignidade dura para sempre, mas ela dura para sempre para Israel, quando os israelitas estão cativos em uma terra estranha ou são estranhos em sua própria terra. Independentemente de qual seja o caso, bom é Deus para com Israel (SI 73.1), bom para nós. Que o avivamento dos interesses da Igreja, quando ela parece morta, seja atribuído à continuação da benignidade de Deus para sempre, porque, por essa razão a Igreja continua.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. pag. 784.

A frase Quando os edificadores lançaram os alicerces (3:10a) pode dar a impressão de que eles construíram uma nova fundação, porém o texto hebraico original pode ser traduzido por “quando os edificadores repararam ou restauraram s alicerces”. Os babilônios destruíram o templo de Salomão, mas provavelmente não danificaram os alicerces, de modo que as pedras do novo templo foram edificadas sobre a mesma base do prédio antigo.

No entanto, apesar das semelhanças com a construção do primeiro templo, houve grande diferença na reconstrução do segundo, pois aqui a edificação não ficou sob a responsabilidade do rei, mas de toda a comunidade. Davi e Salomão contribuíram substancialmente para a construção do primeiro templo (lCr 29:1-5; 2Cr 2:8-9), porém quem assumiu o custo da construção do segundo templo foi o povo (cf. comentários em 2:3-20 e 2:69).

Muitas igrejas veem seus projetos naufragar por falta de assistência, seja porque os cristãos não se identificam com os projetos, seja porque não foram bem informados sobre os propósitos do empreendimento. O envolvimento demasiado de apenas um líder pode sufocar e desencorajar a participação da comunidade. Para alcançar um ministério bem-sucedido, é preciso que toda a comunidade se envolva.

A comemoração do término das obras de assentamento relembra a festa celebrada na época de Salomão. O louvor ocorreu segundo as instruções de Davi (3:106; lCr 16:7).

Os cantores levitas, chamados de filhos de Asafe, lembraram ao povo a fidelidade do Senhor no refrão: Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre sobre Israel (3:11). Esse refrão é repetido várias vezes em toda a Bíblia (lCr 16:34; 2Cr 7:3; Sl 100:5; 106:1; 107:1; 118:1; 136:1). O acontecimento celebrou a fidelidade de Deus em cumprir suas promessas. Muitas vezes aguardamos o cumprimento das promessas de Deus, mas enquanto esperamos podemos cantar o refrão e lembrar que Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre (Hb 13:8).

Tokunboh Adeyemo. COMENTARIO BÍBLICO AFRICANO. Editora Mundo Cristão. pag. 539-540.

2. A reedificação do Templo.

REPETE-SE A HISTÓRIA

Repercutiram, profundamente, entre as várias denominações evangélicas, os acontecimentos que culminaram com a fundação da Assembleia de Deus. Entretanto, o que mais fortemente sacudiu essas denominações, foi a atividade e o zelo dos membros da igreja recém fundada. O medo de que a Assembleia de Deus absorvesse as demais denominações, fez com que elas se unissem para combaterem o Movimento Pentecostal. Nos dias da Igreja primitiva, os judeus de todos os matizes uniram-se para combaterem o Cristianismo que se vitalizou no dia de Pentecoste.

No ano de 1911, a história repetiu-se na cidade de Belém, quando alguns ingénuos se dispuseram a combater o pujante Movimento que despontava. Para esse fim não se olhavam os meios: a calúnia, a intriga, a dilação, tudo era usado contra a Igreja que iniciava suas atividades. Levaram aos jornais a denúncia de que os pentecostais eram uma seita perigosa e que praticavam o exorcismo, enfim, alarmaram a população.

O jornal A FOLHA DO NORTE, que recebeu um artigo violento contra a Assembleia de Deus, antes de o publicar enviou um repórter, disfarçado, é claro, a observar o que realmente acontecia nos cultos. O repórter, sem saber do que se tratava, mas para causar sensação na opinião pública, endossou os termos do artigo escandaloso e mentiroso, que foi publicado com o objetivo de desmoralizar o trabalho do Senhor. O artigo atraiu a atenção de numerosos leitores, foi um meio de propaganda que levou muitas pessoas a assistirem aos cultos.

No dia seguinte, após haver assistido o culto, o mesmo repórter deu suas impressões, c declarou o seguinte: “Nunca vi uma reunião tão cheia de fé, fervor, sinceridade e alegria entre os crentes”. Essa confissão repercutiu como dinamite entre as denominações. Daí em diante todos queriam ver o que estava acontecendo; iam, viam, ficavam e confessavam que realmente Deus estava operando.

Em meio à operação divina, manifestou-se, também, a violenta oposição de muitos. Em alguns casos apedrejavam as casas em que os irmãos se reuniam, insultavam os pacíficos assistentes, promoviam tamanha algazarra que requeria a intervenção da polícia.

Conde. Emilio,. História das Assembleia de Deus no Brasil. Editora CPAD. pag. 28-29.

a.      

Jesus declarou: edificarei a minha Igreja. Nos Evangelhos, a palavra gregaekklesia ocorre apenas nessa passagem e em 18.17 (duas vezes). Mas ela é encontrada cerca de vinte e quatro vezes em Atos e mais de sessenta vezes nas epístolas de Paulo. Seu significado básico é “assembleia”. Na Septuaginta, essa palavra foi usada para a “congregação” de Israel. Na época de Jesus, seu significado comum era uma reunião legal dos cidadãos livres e eleitores de uma cidade grega. No Novo Testamento, ela foi empregada três vezes com esse sentido secular (At 19.32, 39, 41). O significado literal de ekklesia é “chamados para fora”. Da mesma maneira, a igreja de Jesus Cristo é composta por pessoas “chamadas para fora”, as quais têm o especial privilégio de funcionar como uma congregação de Deus.

Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Mateus a Lucas. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 118.

Esse vocábulo se deriva do grego, onde significa «chamados para fora, e se aplica a qualquer assembleia. Aqui encontramos a sua primeira ocorrência no N.T., embora Israel também tenha sido chamado de «igreja».

A palavra grega «ekklesia» aparece 115 vezes no N.T.. mas somente por três vezes nos evangelhos, e todas elas cm Mateus (M a t. 16:18; 18:17, duas vezes). Esse fato, por si mesmo, demonstra que a ideia só se desenvolveu bem após a ressurreição de Jesus. Pouco a pouco a ênfase sobre o reino dos céus» sc transferiu para o ensino sobre a igreja.

O reino literal, na terra, havia sido rejeitado; e por isso a igreja foi edificada. O próprio nome «igreja» era antigo, como se vê nas referências em Deut. 18:16; 23:2 e Sal. 22:26, mas a ideia de igreja, conforme se encontra no N.T., era revolucionária e recente.

A nota Efé. 3:6 esclarece esse ponto. A referência aqui não indica somente a comunidade dos crentes, mas também implica em uma organização definida, visível, e que de alguma maneira, cumpriria os objetivos e as ideias do «reino dos céus» na terra. A referência em Mat 18:17 (e o texto seguinte) implicam mais claramente a ideia de um a organização, como a congregação judaica, embora separada do judaísmo.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 1. pag. 445.

Edificarei a minha igreja. Aqui temos a primeira menção da igreja na Bíblia. Havia no AT. A igreja, ainda futuro, quando Jesus falou estas palavras, foi criada no dia de Pentecostes, e é composto de todos os verdadeiros crentes em Cristo, judeus e gentios. É uma sociedade diferente, conhecida como o corpo e a noiva de Cristo, e tem um chamado único e paradisíaco e destino.

Dificilmente esperar para ver a igreja introduzida no Evangelho de Mateus, onde os destaques são Israel e o reino. No entanto, após a rejeição de Cristo segue um período entre parênteses, a era da igreja continuará até o arrebatamento. Então, Deus vai retomar suas relações nacionais com Israel. Por isso, é justo que Deus introduza aqui a igreja como o próximo passo em seu programa dispensational após a rejeição de Israel.

Macdonald,. Willian. Comentário Bíblico Popular Versículo por Versículo Novo Testamento. Editora Mundo Cristão.

b.

Ef 2:22 Neste maravilhoso templo, gentios crentes têm um lugar de igualdade com os judeus crentes. Você deve estar animado para ler isso, como deve ter animado os Efésios, e outros, quando ouviu pela primeira vez. A grande dignidade da posição é que os crentes são uma habitação de Deus no Espírito. Este é o propósito do templo, oferecer um lugar onde Deus pode viver em comunhão com o Seu povo. A igreja está aqui. Compare isso com a posição dos gentios na OT. Naquela época não podiam vir para a casa de Deus. Agora, eles se constituem uma grande parte desta casa!

Observe também o ministério de cada uma das Pessoas da Trindade em relação à igreja:

(1) No qual, isto é, em Cristo. É pela união com Ele que são construídos sobre o templo.

(2) Olhando para Deus. Este templo é a casa de Deus, o Pai na terra.

(3) No Espírito. É a Pessoa do Espírito Santo que Deus habita na igreja (1 Co 3:16).

E assim, o capítulo começou com uma descrição dos gentios como morto, depravado, mau e desobediente, destrói as nações purificado da culpa e poluição, e constituindo uma habitação de Deus no Espírito!

Macdonald,. Willian. Comentário Bíblico Popular Versículo por Versículo Novo Testamento. Editora Mundo Cristão.

o templo no qual os gentios são edificados é a habitação de Deus (22). Na antiga ordem, o Tabernáculo e o Templo existiam apenas para proporcionar um lugar para o Santo de Israel.31 Mas Paulo escreveu aos crentes coríntios: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Co 3.16). No novo concerto, Deus não só chama um povo, mas mora com eles. Como afirma Mackay: “A Igreja Cristã, quando é verdadeiramente a Igreja, é a Casa da Presença”.

Nos versículos 4 a 22, temos o assunto: “A Igreja, a Morada de Deus”. A unidade da Igreja Invisível é o tema de fundo. 1) A fundação da Igreja, 20; 2) A construção da Igreja: inclusiva, 11-19; exclusiva, 4-11; de projeto simétrico — bem ajustado; cresce até à conclusão — cresce para templo santo no Senhor, 21; 3) “Em Cristo”, a Igreja é a morada de Deus no Espírito, 22 (G. B. Williamson).

Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Efésios. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 144.

Cristo é quem dá à igreja unidade e solidez. Somos ainda um templo inacabado. Estamos ainda sendo edificados (2.22). Só depois, no novo céu e na nova terra, ouviremos a voz: “O tabernáculo de Deus está entre os homens” (Ap 21.3).

Francis Foulkes tem razão em dizer que a igreja não pode ser considerada um edifício terminado enquanto não chegar o dia final, quando o Senhor virá. Ela está crescendo mais e mais até que venha a ser o que está no propósito de Deus. A igreja cresce não como um edifício de pedras mortas, mas com um crescimento orgânico de pedras vivas (IPe 25).

Esse edifício cresce como um corpo (4.15). Esse edifício cresce para se tornar um santuário dedicado ao Senhor. Vale ressaltar que a palavra grega usada para santuário aqui não é a palavra comum para santuário, hieron, referindo-se ao templo e suas dependências de uma forma geral, mas a palavra naos, “o santuário interior”, ou “santo dos santos”.

O templo, nos dias do Antigo Testamento, quando era considerado naos, era acima de tudo o lugar especial do encontro de Deus com seu povo. Era o lugar em que a glória de Deus descia e se manifestava pela sua presença. Cristo, ao vir à terra, tornou obsoleto o tabernáculo, templo feito por mãos de homens. Ele mesmo tornou-se o lugar de habitação divina entre os homens (Jo 1.14). E esse templo já não está mais entre os homens, pois Deus, agora, procura para sua habitação homens e mulheres regenerados pelo seu Espírito.

Warren Wiersbe sintetiza Efésios 2.1-22 em quatro pontos distintos: 1) da morte para a vida; 2) da escravidão para a liberdade; 3) do túmulo para o trono, e 4) da separação para a reconciliação.

LOPES, Hernandes Dias. EFESIOS Igreja, A Noiva Gloriosa de Cristo. Editora Hagnos. pag. 69-70.

c.

Um dos propósitos atuais de Deus em relação ao mistério é revelar Sua multiforme sabedoria para as hostes angélicas do céu. Paulo novamente usa a metáfora de uma escola. Deus é o Mestre. O universo é a sala de aula. Dignitários angélicos são estudantes. A lição dada é “A multifacetada sabedoria de Deus . ” Igreja tema para estudar. Do céu, os anjos são levados a admirar os seus juízos insondáveis e inescrutáveis caminhos maravilhar-se com ela.

Veja como Deus triunfou sobre o pecado para a Sua própria glória. Veja como o Melhor enviados do céu à terra o pior. Veja como ele redimiu seus inimigos com um custo enorme, ele conquistou pelo amor, e foi preparada como noiva para o Seu Filho. Veja como ele foi abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais. E ver que através da obra de Jesus na cruz, foi mais glória a Deus e bênção veio para os judeus e gentios crentes que se alguma vez foi permitida a entrada do pecado. Cristo foi exaltado; Satanás foi derrotado; ea igreja foi entronizado com Cristo para partilhar a Sua glória.

Macdonald,. Willian. Comentário Bíblico Popular Versículo por Versículo Novo Testamento. Editora Mundo Cristão.

Não há dúvidas de que estes anjos de Deus, que dominam as esferas, têm interesse no esquema da redenção do homem (1 Pe 1.12). Os apóstolos e profetas receberam a verdade relativa aos planos de Deus e a comunicaram para a igreja. A igreja, por sua vez, mediou a verdade para o universo inteiro. Beare comenta: “Os poderosos regentes das esferas veem a igreja se formando, observam como ela se reúne em uma unidade a partir dos segmentos hostis da humanidade e, assim, conhecem pela primeira vez a multiforme sabedoria de Deus”.

Quando a igreja cumpre sua missão de tornar conhecida a sabedoria divina, o ministério de Paulo é validado. Multiforme (polypoikilos) ocorre somente aqui no Novo Testamento. Significa “matizado, de diferentes cores”. Robinson comenta que “a metáfora é retirada da beleza complexa de um padrão bordado”. Quem pode sondar a majestade e a diversidade da sabedoria de Deus em redimir o mundo?

Em Romanos 11.33, Paulo exclama: “Fico maravilhado diante da insondável riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus. Como o homem poderia entender os motivos das ações divinas ou explicar seus métodos de trabalho?” Os planos de Deus são perfeitos em sua conformidade com a santidade divina, e, ao mesmo tempo, são ordenados de acordo com a capacidade humana e as necessidades complicadas da vida humana. O resultado final é a redenção das almas.

Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Efésios. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 149.

O evangelho é endereçado aos homens, mas traz também lições para os anjos. Paulo diz que Deus está formando uma comunidade multirracial e multicultural como uma bela tapeçaria.

Esse novo povo, formado por judeus e gentios, reconciliado com Deus e uns com os outros, revela a multiforme {polupoikilos), sabedoria de Deus. Essa palavra quer dizer “variegado” e foi usada por escritores clássicos com referência a roupas e flores.

Era usada para descrever flores, coroas, tecidos bordados e tapetes trançados. Essa palavra também foi usada para descrever “a emaranhada beleza de um bordado” ou a intérmina variedade de matizes nas flores.

Eis, diz o apóstolo, como é a sabedoria de Deus que a igreja declara.

A igreja como uma comunidade multirracial e multicultural é, portanto, como uma bela tapeçaria. Seus membros vêm de uma vasta gama de situações singulares. Nenhuma outra comunidade humana se assemelha a ela. Sua diversidade e harmonia são sem igual. É a nova sociedade de Deus.

LOPES, Hernandes Dias. EFESIOS Igreja, A Noiva Gloriosa de Cristo. Editora Hagnos. pag. 80.

Pregaor Vocacionado

II – OS SAMARITANOS OPÖEM-SE À CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

1. Entre os moradores da terra estavam os samaritanos.

Origem

O reino do norte (chamado de Israel em contraste com o reino do sul, chamado de Judá) foi invadido pelo império assírio e, em 722 a.C; a Samaria e as outras cidades importantes foram dominadas. Seguiu-se então o cativeiro da maioria dos sobreviventes. Ver o artigo Cativeiro Assírio. Os hebreus que foram deixados misturaram-se então com os povos que os assírios enviaram para ocupar a terra. A população mista resultante foi chamada de “samaritana”. Salmaneser V (726-722 a.C.) foi o captor.

Seu sucessor foi Sargão lI. Ver o artigo sobre Salmaneser, que descreve cinco reis assim batizados. Quantos hebreus permaneceram na terra é um número disputado, portanto difícil determinar o percentual de hebreus em relação a outros povos importados, mas sabemos que o local era considerado pagão pelos judeus do sul e que o número de estrangeiros cresceu com o passar do tempo. Algumas raízes judaicas, contudo, nunca foram perdidas, nem mesmo com os samaritanos da atualidade.

História

A história subsequente naturalmente apresenta um paralelo à da cidade de Samaria, portanto peço que o leitor leia o artigo correspondente para maiores detalhes. Ezra 4.2 indica que os samaritanos representavam uma etnia mista com um centro pagão, mas, mesmo na época do rei Ezequias (11 Crô. 30.11), do rei Josias (11 Crô. 34.9) e do profeta Jeremias (Jer, 41.5), “israelitas” do norte continuaram louvando a Yahweh; não havia, contudo, uma fé religiosa que fizesse um paralelo, em todos os aspectos, com à fé do sul.

Os historiadores judeus registram sua história como descendentes dos colonos que os assírios plantaram no norte, revelando certo preconceito, talvez, mas não reconhecendo a todos da população hebraica que permaneceu na terra. lI Crô. 30.10, 1I informa-nos que, na época de Ezequias, as pessoas ainda vinham do norte para passar a Páscoa em Jerusalém. Os samaritanos também preservavam seu próprio pentateuco.

Manassés e Efraim continuaram sendo tribos frouxamente vinculadas e contribuíram com os reparos do Templo de Jerusalém (lI Crô. 34.9).

Quando Zorobabel construiu o Segundo Templo, algumas pessoas do Norte, afirmando-se adeptas do louvor a Yahweh, queriam participar da construção, mas foram rejeitadas (Esd. 4.2). É provável que os judeus não quisessem complicar sua renovação histórica do judaísmo com elementos dúbios do Norte. Tal julgamento provavelmente estava correto, o que é demonstrado pelo fato de que Samba até, governador da província persa de Samaria, se opunha à reconstrução de Jerusalém (Nee. 2.106.14; 13.28). Ver o artigo separado sobre ele.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 65.

2 Rs 17.23 Até que o Senhor afastou Israel da sua presença. Em outras palavras, ele enviou o exército assírio em várias etapas (740-668 A. C.), para tirar-lhes a vida e para dispersá-los. Aqueles que não morreram foram deportados para terras que estavam mais diretamente sob o controle dos assírios.

Quanto a detalhes, ver no Dicionário o artigo chamado Cativeiro Assírio. E assim o povo de Israel não estava mais “na presença” (sob o favor) de Yahweh. Eles se tinham tomado não-filhos. No caso deles, o pacto abraâmico (ver as notas a respeito em Gênesis 15.18) tinha sido anulado.

Advertências Proféticas.

Os profetas envolvidos nessas advertências foram Elias, Eliseu, Oséias, Amós, Miquéias e outros profetas menores. Mas nenhuma advertência divina surtiu efeito positivo. O coração do povo de Israel era rebelde e fatalmente perverso. Coisa alguma poderia influenciá-lo. Seu fim terrível era inevitável. O trecho de II Reis 17.7-23 alista os muitos pecados deles, suas depravações e perversões. As mais horrendas crueldades (como os sacrifícios humanos) e as piores perversões (como todas as imoralidades envolvidas na adoração a Baal) foram incluídas. Ver Escrituras específicas de advertências em Oséias 1.6 e 9.16; Amós 3.11,12 e Isaías 28.1-4.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1535.

Como os profetas de Deus haviam advertido. Israel foi levado ao exilio. Tudo aquilo que o Senhor prediz acontece. Isto, é claro, é uma boa notícia para aqueles que confiam nEle e lhe obedecem — podem acreditar em suas promessas; porém é uma triste notícia para aqueles que o ignoram e lhe desobedecem. Tanto as promessas como as advertências que Deus tem apresentado em sua Palavra seguramente se cumprirão.

BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 535.

2. Os samaritanos tentam frustrar a construção do Templo (Ed 4.4,5).

Então as gentes da terra desanimaram o povo de Judá. O texto sagrado não nos diz como isso foi feito, mas podemos presumir que houve ameaças, assédios, desencorajamento dos operários, calúnias lançadas contra os líderes dos judeus. “Desencorajaram e se opuseram a eles por todos os meios possíveis” (Adam Clarke, in toe).

Esses eram modos não-oficiais e pessoais de desencorajamento. Ato contínuo, os samaritanos tentaram o método de escrever cartas aos oficiais persas. O hebraico diz, literalmente, “afrouxar as mãos”, como modo de trabalhar dos samaritanos, contra os judeus. Essa palavra foi encontrada em um ostracon hebraico para indicar os atos de um profeta que queria desmoralizar o povo ao qual ele ministrava.

Alugaram contra eles conselheiros.

Provavelmente estão em pauta traidores judeus, que foram subornados para tentarem impedir a continuação da obra pelo “lado de dentro”, isto é, entre os trabalhadores queixosos e aqueles que davam maus conselhos, que permitiam dias de trabalho abreviados e encorajavam uma obra malfeita.

É provável que esses maus obreiros também adiassem a entrega dos materiais e colocassem pessoas desqualificadas para trabalhar, que eram lentas e incompetentes. Esses assaltos começaram nos tempos de Ciro e estenderam-se até os tempos de Dario I. Quanto a esses reis da Pérsia, ver os artigos separados sobre eles, e ainda o artigo chamado Pérsia.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1744.

Ao ouvir que Jerusalém era reconstruída e o Templo restaurado, os samaritanos e outros povos das redondezas perturbaram-se. Eles temiam que, se permitissem que os judeus se estabelecessem em Jerusalém, representariam uma ameaça à sua segurança e ao seu poder. Traiçoeiramente, pediram a Zorobabel e Jesua que deixassem que eles ajudassem a reconstruir o Templo, alegando que eles, como os judeus, adoravam o Deus verdadeiro.

Como vós, buscaremos a vosso Deus; como também já lhe sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos mandou vir para aqui (2). (Para os antecedentes da história dos samaritanos, veja os comentários sobre 2 Rs 17.24- 32; 19.37).

Quando foram rejeitados, como naturalmente devem ter suposto que seriam, eles imediatamente começaram a atrapalhar os judeus de todas as formas possíveis. Alugaram contra eles conselheiros (5) e aparentemente deram uma impressão enganosa sobre os judeus ao rei da Pérsia. Em todo caso, os trabalhos de construção foram interrompidos e não foram reiniciados até quinze anos mais tarde, durante o reinado de Dario.

Muitos estudiosos pensam que a interrupção dos trabalhos de reconstrução do Templo é um simples exemplo da falta de fé por parte daqueles que estavam encarregados da obra. Eles tiveram a autorização de Ciro, a autoridade e a bênção de Deus no início do empreendimento.

Eles, como Neemias, deveriam ter continuado firmes no trabalho apesar da Oposição, e Deus certamente teria tornado possível a conclusão do trabalho, conforme haviam planejado. “Uma frustração desse tipo”, afirma J. S. Wright, “mais de uma vez provou ser eficiente contra aqueles que estão envolvidos na obra de Deus, e levou-os a adotar o caminho mais fácil”. Com base em Ageu 1.4, parece que durante esse período de estagnação os judeus se voltaram para a construção e a decoração de suas próprias casas.

Demaray. C. E. Comentário Bíblico Beacon. Esdras. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 494.

Quando essa conspiração fracassou, fizeram o possível para distraí-los da obra e desanimá-los. Eles debilitavam as mãos do povo de Judá ao contar-lhes que sua tentativa era em vão, chamando-os de construtores tolos, que começavam algo que não tinham condições de terminar, e com sua insinuação os importunavam e inquietavam. Nem todos apresentavam o mesmo zelo na obra.

Os apáticos e indiferentes, que queriam a ajuda deles, desanimaram com suas artimanhas (v. 4). E, visto que os judeus suspeitavam daquilo que os adversários diziam, e não se deixavam influenciar, os inimigos, então, de forma traiçoeira, alugaram contra eles conselheiros, que fingindo aconselhá-los para o melhor, buscavam dissuadi-los em dar continuidade a obra e frustrar, assim, o seu plano (v. o); ou buscavam dissuadir os homens de Tiro e Sidom a fornecer-lhes a madeira que necessitavam (3.7); qualquer negócio que tinham com a corte persa, em que precisavam solicitar a concessão ou favor deles, conforme o édito geral de sua liberdade, havia aqueles que tinham sido “alugados” para aconselhar contra eles e frustrar os seus planos.

Não devemos ficar admirados com a inquietação dos inimigos da Igreja em suas tentativas contra a edificação do Templo de Deus. Aquele que eles servem, e cujo trabalho estão fazendo, é incansável em andar pela terra para causar dano (veja Zc 6.7). Que aqueles que buscam tirar o ânimo de uma boa obra e debilitar as mãos daqueles que estão empregados nela vejam bem de quem é o padrão que estão seguindo.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. pag. 785.

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III. COMO SE EXPLICA A FALTA DE RESISTÊNCIA DOS JUDEUS?

1. Os judeus deveriam ter ido ao rei da Pérsia para assegurar a construção.

Cessou, pois, a obra da casa de Deus. Este versículo está logicamente vinculado ao quinto versículo. Os vss. 6-23 formam um parêntese concernente à carta enviada e à resposta por parte do rei da Pérsia.

Tal parêntese, cronologicamente falando, está fora de lugar, projetando questões acerca da construção das muralhas de Jerusalém, que é o assunto do livro de Neemias. Antes que construção da» muralhas da cidade fosse interrompida, ou talvez juntamente com esse evento tenha cessado também a obra de construção no templo.

As evidências que colhemos do trecho paralelo (Neemias 1.3) é que a parte que tinha sido levantada das muralhas de Jerusalém foi derrubada. Não há evidências, entretanto de que o templo (já construído, ou construído em parte) tenha sofrido idêntica sorte. Seja como for, o cronista agrupou os dois eventos, mas reverteu a ordem cronológica.

O autor-compilador, em várias ocasiões, obteve seu material fora da devida ordem cronológica. Ver as notas introdutórias imediatamente antes da exposição a Esdras 1.1, intituladas Perturbações Cronológicas.

A obra de construção do templo foi suspensa até o segundo ano de Dario I (520 A. C.), cerca de dezoito anos depois que o povo de Judá tinha retornado à Terra Prometida com o propósito de construir o segundo templo, a “casa de Elohim’.

‘A suspensão do empreendimento geral, chamado ‘a obra da casa de Deus’, perdurou por quase dois anos” (Ellicott, in loc.). Os profetas Ageu e Zacarias encorajaram a construção (Ageu 1.1-4; Zacarias 4.9 e 6.15). Outros dizem que a obra parou por cerca de quinze anos. Ver Esdras 5.1.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1746.

Observe a importância da oração, não somente pelos reis, mas também por aqueles que estão debaixo de sua autoridade, e os governadores enviados por eles, porque o sossego e a paz de nossas vidas, em toda piedade e honestidade (veja 1 Tm 2.2), dependem muito da integridade e sabedoria dos magistrados inferiores, bem como dos superiores.

A consequência foi que cessou a  obra da Casa de Deus, por meio do poder e insolência dos inimigos dessa obra; e assim, através da frieza e indiferença dos seus amigos, a obra permaneceu parada até o segundo ano de Dario Hystaspes, porque para mim parece claro pelo encadeamento dessa história sagrada que se tratava desse Dario (v. 24).

Embora agora a edificação sofresse uma parada por causa da violência dos samaritanos, eles logo deveriam ter dado continuidade à obra por conivência, caso tivessem tido o devido amor à obra, isso fica claro, pela reprovação que receberam dos profetas (cap. 5.1), antes de receberem uma expressa garantia do rei para darem continuidade à obra (cap. 6).

Compare com Ageu 1.1ss. Caso tivessem tomado o devido cuidado em informar Cambises da verdade desse caso, talvez este tivesse revogado a sua ordem; mas, pelo que parece, alguns dos edificadores estavam quase tão dispostos em cessar a obra como os seus adversários. Em alguns períodos, a Igreja sofreu mais com a frieza dos seus “amigos” do que com o fervor dos seus inimigos; mas ambos geralmente tornam o trabalho da igreja vagaroso e maçante.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. pag. 787-788.

A narrativa muda do tempo de Artaxerxes (465-424/3) e volta ao tempo de Dario (522-486). Essa é “a primeira anomalia cronológica que ocorre no livro de Esdras. (…) Até esse ponto, a narrativa seguia uma linha estritamente cronológica, apesar das inúmeras lacunas deixadas na história”.169 Esdras conta a história a fim de lembrar ao leitor que, apesar da oposição, o rei Dario apoiou o trabalho de reconstrução. De fato, sob Dario, “o Império Persa atingiu seu maior poder e esplendor”.

Os inimigos de Israel cumpriram a decisão do rei Artaxerxes “apressadamente” e usaram a força para levar a uma paralisação de seu trabalho de reconstrução. O versículo 24 dá continuidade ao versículo 5, como se os versículos 6-23 estivessem entre parênteses.

Fensham concorda que o capítulo 4 “não tem a intenção de estar em sequência cronológica; em vez disso, ele nos fornece um padrão de pensamento lógico, no qual as ações mais importantes dos samaritanos contra os judeus são enumeradas”. Dario I governou a Pérsia de 522 até 486 a.C., e sob o seu governo “o Império Persa alcançou o seu maior poder e esplendor”. A condição dos muros da cidade nesta fase é a condição sobre a qual Neemias ouve (Ne 1.3). Ainda que os adversários tenham ganhado essa batalha, eles eventualmente perderão a guerra, visto que o muro será reconstruído apesar da persistente oposição malévola.

A oposição à obra de Deus não se originou, nem cessou com Esdras e Neemias. Ainda que essa oposição tenha sido acompanhada de mentiras, pressões e perseguições, a obra de Deus foi bem-sucedida porque era de Deus e não do homem. Essa verdade deveria ser um grande conforto e encorajamento aos cristãos de todos os tempos e de todos os lugares, quando confrontados com a oposição à obra de Deus. Todavia, os líderes cristãos atuais deveriam sempre estar de guarda, prontos para lidar com a oposição, tendo a consciência de que o cristão não passa sua vida em um parquinho de diversões, mas sim em um campo de batalha.

Tiberios Rata. Comentário do Antigo Testamento Esdras e Neemias. Editora Cultura Cristã. pag. 65-66.

2. Os judeus deveriam ter recorrido a Deus.

a.      

O que escapou da casa de Judá. A Promessa sobre um Remanescente. Cf. Isaías 10.20-22. Este versículo pode ter um duplo significado: 1. o remanescente deixado na terra, apesar da deportação de muitos, por parte de Senaqueribe; 2. ou o remanescente que voltaria à terra, após a deportação babilónica.

Minhas fontes informativas falam sobre ambos os significados. Talvez os dois estejam mesmo em vista. Em ambos os casos, a mensagem era a mesma: apesar das deportações, a identidade de Judá seria preservada por decreto divino, e o remanescente daria continuidade a Judá. Judá seria como uma planta que deita raízes novamente, e então produz fruto, a despeito de ter sido arrancada do solo.

Senaqueribe afirmou ter levado 200.150 prisioneiros de Judá, pelo que houve realmente uma deportação, mas não grave o bastante para destruir Judá.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1546.

A recompensa (19:20-37)

Que combinação magnífica — a Palavra de Deus e a oração. Ezequias orou, e o Senhor mandou a resposta por intermédio de Isaías — ele julgaria a Assíria e a ameaçaria como ela ameaçara as nações. O Senhor prometeu a Ezequias que após dois anos Judá teria colheita de novo (v.29). (Os assírios tinham devastado a terra.) Observe que o Senhor responde à oração do rei por causa de Davi, não porque Judá ou o rei merecessem tal misericórdia (v. 34). O Senhor matou 185 mil soldados em uma noite, e, mais tarde, os próprios filhos de Senaqueribe o assassinaram. O Senhor derrotou o inimigo sem a ajuda do Egito.

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Wiesrbe Antigo Testamento. Editora Geográfica. pag. 384.

b.      

20.15 – Quando as forças do inimigo ameaçaram invadir Judá.

Deus talou por intermédio de Jaaziel: “Não temais (…], pois a peleja não é vossa, mas de Deus”. Talvez não tenhamos de enfrentar um exército inimigo, mas temos de lutar todos os dias contra as tentações, as pressões e “contra as forças espirituais do mal” (Ef 6.12) que desejam que nos rebelemos contra Deus. Lembre-se que como cristãos, temos o Espirito de Deus dentro de nós. Se pedirmos o auxílio do Senhor quando enfrentamos lutas, Ele combaterá por nós. Deus sempre triunfa!

Mas o que devemos fazer para que Ele possa lutar por nós? (1) Devemos entender que a batalha não ó nossa, mas do Senhor: (2) precisamos reconhecer as limitações humanas e permitir que o poder de Deus trabalhe em nossos temores e nossas fraquezas; (3) devemos ter a certeza de que estamos buscando os interesses de Deus e não apenas satisfazer nossos desejos egoístas; (4) precisamos pedir o auxílio de Deus em nossas batalhas cotidianas.

BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 618.

Então Josafá se prostrou com o rosto em terra. O rei e todo o povo de Judá tomaram-se crentes naquele momento. Eles sabiam que o que o profeta dissera exprimia a verdade. E assim, em humilde adoração, prostraram-se perante Yahweh para agradecer a vitória que sabiam estar a caminho.

Este versículo contém um excelente exemplo de algo que acontece, ocasionalmente, na experiência humana. Algumas vezes nos é dado um saber divino, uma fé que vai além de nossa qualidade espiritual normal. E então podemos fazer qualquer coisa, não porque sejamos alguma coisa, mas porque fomos feitos alguma coisa.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1680.

A invasão dos moabitas (20.1-4). Os moabitas e os amonitas começaram a se levantar contra Judá desde os dias de Davi (cf. 2 Sm 8.2; 12.26-30).

Ao invés de amonitas (1) a Septuaginta traz o termo Meunim (ou meunitas), um povo do monte Seir (Jz 10.12). A invasão veio do leste ou do sudoeste. Dalém do mar (2) é uma referência ao mar Morto. Josafá conclamou o povo à oração e ao jejum em todo o território de Judá, a fim de buscar a ajuda e a direção de Deus.

A oração de Josafá (20.5-19)

(1) A oração (20.5-13). Em momentos de crise, a oração é uma fonte de força capaz de nos fazer recordar experiências prévias em que fomos ajudados por Deus. O rei invocou o Deus de seus pais, e relembrou libertações ocorridas no passado, diante do pátio novo (5). Este seria o pátio externo, provavelmente renovado ou reconstruído desde os dias de Salomão.

Sob a sombra do Templo, Josafá se lembrou e citou a oração de seu tataravô, na ocasião em que o local santificado havia sido dedicado (6.28-31). O rei e seu povo se depararam com o tipo de dilema que todos nós enfrentamos mais de uma vez na vida: e não sabemos nós o que faremos (12).

Mas ele, também tinha o recurso para a solução do problema. Este meio está à disposição de todo o verdadeiro servo de Deus: Os nossos olhos estão postos em ti. Seguindo uma liderança temente e obediente ao Senhor, as esposas (e também as crianças) permaneceram perante o Senhor com os seus maridos e com o seu rei.

(2 ) A resposta de Deus (20.14-19).

Quando o povo de Deus ora com sinceridade, Deus responde. Jaaziel (14), de notada linhagem, era o porta-voz do Senhor. Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, senão de Deus (15). Ziz (16) era a passagem para o norte, a partir de En-Gedi, e que levava a Jerusalém (veja o mapa).

Às vezes é necessário inicialmente orar e então empreender todo o esforço humano natural. Mas existem outros tipos de vitórias espirituais. E esta era uma delas: Não tereis de pelejar; parai, estai em pé e vede a salvação do Senhor para convosco (17). O rei se prostrou com o rosto em terra (18) com todo o Israel e agradeceu, enquanto os levitas se levantaram para louvar ao Senhor em voz alta.

“A batalha é do Senhor”; este foi um pensamento encorajador apresentado ao rei Josafá nos versículos 14-20. (1) O povo de Deus estava diante de um adversário poderoso, 15; (2) Eles enfrentariam o inimigo sem medo ou espanto, 15; (3) Foi prometida a libertação pela mão de Deus, e não por qualquer outro meio, 17; (4) A recompensa da fé é a segurança e o sucesso, 20.

A libertação (20.20-30)

(1) A aniquilação do inimigo (20.20-24). Esta foi uma guerra santa. Ao invés da arca, os levitas lideraram o exército e cantavam a beleza da santidade e o imutável amor do seu Deus. Como o Senhor havia prometido, Judá não precisou lutar. Uma disputa interna surgiu entre os soldados que os atacariam, e estes lutaram uns contra os outros. Nem sequer um dos inimigos escapou!

Robert L. Sawyer. Comentário Bíblico Beacon I e II Cronicas. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 461.

3.       O motivo da falta de resistência dos judeus era de ordem espiritual;

a.       ZOROBABEL,

Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. A resposta para o enigma da quinta visão noturna do profeta veio através da palavra de Yahweh, mediada pelo anjo intérprete. Não se deu por intermédio de nenhum esforço humano, por força ou por poder, mas pelo Espírito do Senhor, que é o que Yahweh dos Exércitos garantira.

Quando um homem começa a pensar que é um deus, começa a agir como se fosse o diabo. As grandes verdades não são dadas por meio de homens glorificados, mas diretamente da parte do Espírito de Deus, e outro tanto se dá no tocante às obras realmente grandes e beneficentes.

As revelações são dadas por Deus, e assim também o tabor eficaz. O retorno do cativeiro, bem como a reconstrução da cidade e do seu templo, foram obras de Deus.

Da mesma maneira que o candelabro de ouro foi colocado no lugar santo do tabernáculo (e do templo), “perante o Senhor; estatuto perpétuo será este a favor dos filhos de Israel pelas suas gerações” (Êxo. 27.21), assim também se deu com o novo santuário e seu candelabro. Pois, embora essa obra tivesse sido realizada por mãos humanas, o poder por trás dela era divino. Outro tanto se diga no tocante à liderança civil de Zorobabel e à liderança sacerdotal de Josué. Estamos falando sobre instituições divinas e atos divinos.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3673.

A palavra para Zorobabel (4.6b-10b). Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel, dizendo: Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos exércitos (6b). Este é um dos grandes textos da Bíblia. E mais que uma palavra para Zorobabel; é uma mensagem a todo aquele que se engaja na obra do Senhor.

O sucesso espiritual só é possível quando estamos cheios do Espírito e limpos pelo Espírito.

Marcus Dods fez um bonito comentário sobre este versículo:

Você toma providências, sente sua fraqueza em enfrentar as circunstâncias, está dolorosamente ciente de sua inaptidão em brilhar e dissipar a escuridão circundante; mas tem de entender que é o Espírito do Senhor que é a fonte de toda ação brilhante e iluminadora que reflete a glória de Deus. Você não precisa criar um espírito santo em você. A santidade para a satisfação da necessidade de todas as criaturas existe em Deus.

E há no Senhor vida bastante para sustentar em vida todas as criaturas. Assim, há nele santidade suficiente para toda coisa boa que precisa ser feita. Você nunca ficará cara a cara com um dever para cujo cumprimento não haja graça o bastante. Em você, pode haver muito pouco, mas em Deus está a fonte viva.

William M. Greathouse. Comentário Bíblico Beacon. Zacarias. Editora CPAD. Vol. 5. pag. 309.

A intenção geral desta visão. Sem um comentário crítico sobre toda circunstância da visão, o seu propósito é assegurar ao profeta, e através dele ao povo, que está boa obra de edificação do templo deveria, pelo cuidado especial da Providência divina e pela influência imediata da graça divina, ter um resultado feliz, embora os seus inimigos fossem muitos e poderosos, e os amigos e incentivadores fossem poucos e fracos.

Note que na explicação das visões e parábolas, devemos olhar para o objetivo principal delas, e ficar satisfeitos se ele estiver claro, embora possamos não ser capazes de nos mostrar responsáveis por todas as circunstâncias, ou acomodá-lo ao nosso propósito.

O anjo faz o profeta saber, de um modo geral, que esta visão tinha o propósito de ilustrar uma palavra que o Senhor tinha a dizer a Zorobabel, para incentivá-lo a continuar com a edificação do templo: ele precisava saber que era um trabalhador junto com Deus nesta obra, e que era uma obra que Deus reconheceria e coroaria.

1. Deus executará e completará esta obra, assim como havia começado o livramento deles da Babilônia, não por força externa, mas por operações secretas e influências internas sobre a mente dos homens. Isto diz Aquele que é o Senhor dos Exércitos, e poderia fazer isto vi et armis – pela força, tendo legiões às suas ordens; mas Ele o fará, não pela força nem pela violência humana, mas pelo Seu próprio Espírito.

Aquilo que é feito pelo seu Espírito é feito, de certo modo, por força e por violência, mas se coloca em oposição à força visível. Israel foi tirado do Egito, e introduzido em Canaã, por força e por violência; nestas duas obras maravilhosas uma grande mortandade foi feita. Mas eles foram tirados da Babilônia, e introduzidos em Canaã pela segunda vez, pelo Espírito do Senhor dos Exércitos operando sobre o espírito de Ciro, e induzindo-o a proclamar a liberdade a eles, e operando sobre o espírito dos cativos, e induzindo-os a aceitar a liberdade que lhes foi oferecida.

Foi pelo Espírito do Senhor dos Exércitos que o povo foi estimulado e animado a edificar o templo; portanto, é dito que eles são ajudados pelos profetas de Deus, porque eles, como a boca do Espírito, falavam aos seus corações, Esdras 5.2. Foi pelo mesmo Espírito que o coração de Dario foi inclinado a favorecer e incentivar esta boa obra, e que os seus inimigos jurados ficaram fascinados em seus conselhos, de forma que não puderam atrapalhá-la como pretendiam.

Note que a obra de Deus é frequentemente realizada com sucesso quando é realizada muito silenciosamente, e sem o auxílio da força humana; o templo do Evangelho é edificado, não por força nem por violência (porque as armas da nossa milícia não são carnais), mas pelo Espírito do Senhor dos Exércitos, cuja obra nas consciências dos homens é poderosa para derrubar as fortalezas; assim, a excelência do poder é de Deus e não do homem. Quando os instrumentos falharem, deixemos então que o próprio Deus faça a sua obra, sim, pelo seu próprio Espírito.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 1176-1177.

b.       JOSUÉ,

Ora, Josué, trajado de vestes sujas, estava diante do anjo. Josué era culpado, como é óbvio, porque ali estava ele, vestido com aquelas vestes imundas. Mas, afinal, quem não é culpado nem precisa ser purificado? Não haveria nenhum sumo sacerdote, se alguém inocente tivesse de ser achado.

Mas, uma vez justificado, as roupas imundas eram removidas, e então o homem culpado era inocentado, tornando-se assim um candidato apto para o elevado ofício sumo sacerdotal. Josué representava, naturalmente, a nação culpada que também estava sendo reintegrada à sua posição privilegiada.

“O povo judeu era o mais desamparado, destituído e desprezível (segundo todas as aparências humanas) dentre os povos. Ademais, eles eram pecaminosos e o sacerdócio levítico havia sido contaminado pela idolatria. Coisa alguma, exceto a misericórdia de Deus, poderia salvá-los” (Adam Clarke, in loc.).

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3672.

Não é que os judeus não tivessem culpa. O próprio traje sacerdotal do sumo sacerdote que os representava testifica contra eles. Em vez de estar trajado com linho puro, encontra-se vestido de vestes sujas (3), símbolo da pecaminosidade e contaminação de Israel (cf. Is 4.4; 64.6). Mas o Deus que é santo também é misericordioso e gracioso.

Num ato que prefigura a oferta propiciatória de Cristo, o anjo do Senhor ordena a remoção da roupa suja de Josué: Tirai-lhe estas vestes sujas (4). Em seguida, voltasse diretamente ao sumo sacerdote e explica a ação: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniquidade e te vestirei de vestes novas (cf. Lv 16.4). “A palavra hebraica aqui refere-se, literalmente, a traje de gala (ou roupa de festa [cf NTLH]).

Portanto, não só o pecado tem de ser removido, mas o dom da justiça tem de ser dado, representado por este traje fino”

William M. Greathouse. Comentário Bíblico Beacon. Zacarias. Editora CPAD. Vol. 5. pag. 306.

IV – A REACÄO DOS SAMARITANOS, QUANDO OS JUDEUS CESSARAM A OBRA

1. A tristeza dos judeus.

Desafio (1:1-11)

Ageu desafia seus compatriotas a relembrar suas experiências desde que tinham voltado para Jerusalém, e a atentar para sua condição de pobreza. A desilusão tinha se alastrado depois que a sensação inicial de aventura tinha se esvaído.

Joyce G. Baldwin, B.A., B.D. Ageu, Zacarias, Malaquias, Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão. pag. 28.

O alvo era encorajar os desanimados repatriados a reconstruir o templo, restabelecendo a autoridade civil e religiosa da nação, e reconhecendo a vida comunitária, após o padrão do estado judaico original. Israel não tinha por intuito ser apenas um ajuntamento de pessoas em certo lugar, para então surgir um governante que organizasse as coisas.

Antes, Israel deveria ser uma teocracia e uma fraternidade, com propósito e serviço espirituais. Não bastava os israelitas serem libertados do cativeiro. A restauração geral de Israel, em todos os seus aspectos, era algo necessário. Deus os escolhera como um povo, e deles era exigido que correspondessem a essa responsabilidade.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3645.

As quatro mensagens que constituem o livro de Ageu foram idealizadas para despertar o abatido espírito do povo e inspirá-lo a realizar grandes coisas para Deus. Ageu compreendia a importância do templo como a sede visível da presença de Deus e como o forte vínculo necessário para manter a nação unida na fidelidade à aliança e em obediência à lei. Ageu incentivou o povo de Deus a empregar todos os esforços na reconstrução do templo.

(Conteúdo Histórico não doutrinário)

Comentário Bíblico Adventista Isaias a Malaquias. Editora: Casa Publicadora Brasileira. pag. 1182.

2. A alegria dos samaritanos.

a.      

Mandai vir Sansão, para que nos divirta. Tiraram Sansão da prisão e o trouxeram ao templo de Dagom. Seus cabelos já estavam crescendo, embora ainda não tão longos como antes. E eles nem desconfiavam do perigo que isso representava. Os filisteus não estavam interessados em ver algum feito extraordinário de força física, mas somente em zombar da impotente criatura.

E olhavam para o assolador de seu país com olhar de desdém. Ali estavam eles, seguros no templo de Dagom, ao mesmo tempo que Sansão já não representava nenhum perigo. Pelo contrário, era apenas um coitado que só servia como inspiração de piadas e gargalhadas. Ele até parecia o quadro de Israel subjugado, um falso herói que havia fracassado.

Entrementes, Sansão vinha orando pela volta das misericórdias divinas sobre a sua vida. Grande tribulação se estava acumulando contra os filisteus, porquanto Yahweh não haveria de tolerar toda aquela zombaria por muito tempo. Os atos de banquetear-se, beber e dançar logo seriam reduzidos à quietude da morte.

A Septuaginta acrescenta que os filisteus espancavam Sansão com varas. Se isso foi verdade, então eles não se satisfaziam com meros abusos verbais.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. pag. 1067.

A Vingança e a Morte de Sansão (16.23-31)

a. Sansão entretém os filisteus (16.23-27). Então, os príncipes dos filisteus se ajuntaram para oferecer um grande sacrifício ao seu deus Dagom e para se alegrar porque seu inimigo lhes fora entregue em suas mãos. Dagom em hebraico significa “pequeno peixe”. Este deus, provavelmente, era o pai de Baal e tornara-se a divindade nacional da Filístia, embora houvesse originalmente um deus dos grãos, adorado na Mesopotâmia em tempos tão remotos quanto o século XXV a.C. Acredita-se que a cabeça, os braços e a parte superior do corpo desse ídolo tivessem formas humanas (1 Sm 5.4), enquanto as partes inferiores lembravam um peixe.

Quando os corações das pessoas reunidas começaram a se alegrar, certamente em função do vinho que bebiam nas celebrações, então chamaram Sansão. Foi trazido ao pátio do templo de Dagom para que pudessem brincar com ele, provavelmente para puxá-lo e fazê-lo saltar e dançar diante deles.

O mesmo termo hebraico traduzido aqui como “brincar” é usado em Êxodo 32.6 (“folgar” na ARC e “divertir-se” na ARA) para descrever a festança dos israelitas diante do bezerro de ouro no deserto, a qual envolveu dança (Êx 32.19).

Então seus captores fizeram com que Sansão se levantasse, talvez para uma exibição, e ficasse entre os dois pilares que sustentavam aquela edificação. O templo estava lotado e, além disso, havia três mil homens e mulheres no telhado que assistiam ao “show”. Ele pediu que o conduzissem pela mão até um ponto em que fosse possível tocar os pilares de sustentação, de sorte que pudesse se apoiar neles e descansar depois de seu esforço.

b. Sansão se sacrifica (16.28-31).

O cabelo de Sansão começara a crescer (22); ele orou com sinceridade e pediu um novo surto de força que o capacitasse a realizar a vingança final contra seus inimigos. De uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos (28) – em hebraico “por um de meus dois olhos”. Enquanto bradava, morra eu com os filisteus! (30), apoiou-se com toda a força nos pilares principais e toda a estrutura ruiu.

Sansão matou mais filisteus em sua morte do que aqueles que aniquilou durante toda sua vida. Eles o sepultaram entre Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai (31). É claro que a morte de Sansão não foi suicídio no sentido comum da palavra. Ele morreu na luta contra os inimigos de seu país, tal como um soldado numa batalha perdida.

R. Clyde Ridall. Comentário Bíblico Beacon. Juizes. Editora CPAD. pag. 144-145.

b.      

Como Mateus é o único que fala da colocação da guarda (27.62-66), é natural que ele seja o único a mencionar os guardas no versículo 4, e a relatar este incidente.

Depois que as duas mulheres deixaram o sepulcro, alguns da guarda (“os que vigiavam”) foram à cidade para contar aos príncipes dos sacerdotes sobre o anjo, o terremoto e o fato de que o corpo de Jesus tinha desaparecido (11). Os príncipes dos sacerdotes convocaram os anciãos (12) para uma rápida reunião no Sinédrio, a fim de deliberar o que iriam fazer.

A decisão foi a de dar muito dinheiro (“muitas moedas de prata”) aos soldados, instruindo-os a dizer que os discípulos de Cristo haviam roubado o seu corpo durante a noite, enquanto os soldados estavam dormindo (13). Já que se uma sentinela dormisse no seu posto estaria cometendo um crime e seria punida com a morte, os príncipes dos sacerdotes prometeram que, se o governador descobrisse, nós o persuadiremos e vos poremos em segurança (14).

Carr cita exemplos para mostrar que ambos os verbos tinham um uso técnico naquela época, significando “persuadir (por meio de suborno)”, e a expressão vos poremos em segurança está relacionada ao “suborno judicial”. Este é um triste comentário sobre a moral daqueles dias.

O objetivo de Mateus ao inserir este parágrafo foi obviamente neutralizar a falsa história sobre o roubo do corpo de Jesus. A história foi divulgada entre os judeus, até ao dia de hoje (15) – isto é, a época em que este Evangelho foi escrito.

Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Mateus a Lucas. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 191.

Soldados subornados para mintiesen (28: 11-15)

28:11 Assim que eles chegaram a si mesmos, alguns dos soldados foram cabisbaixo para a cidade para relatar aos chefes dos sacerdotes. Eles falharam na sua missão! O túmulo estava vazio!

28: 12-13 Pode-se imaginar a consternação dos líderes religiosos.

Os sacerdotes realizou uma reunião com os anciãos para planejar uma estratégia. Em desespero, eles subornaram os soldados para que eles para contar a fábula de que, enquanto eles estavam dormindo, os discípulos … roubaram o corpo de Jesus.

Esta explicação levanta mais perguntas do que respostas. Por que estava dormindo quando os soldados tiveram de ser chamada? Como os discípulos movido a pedra sem acordar?

Como eles poderiam ter dormido todos os soldados de uma vez? Se eles estavam dormindo, como eles sabiam que os discípulos tinham roubado o corpo? Se a história era verdadeira, por que ele estava tinha que subornar os soldados para contar? Se os discípulos haviam roubado o corpo, por que levei um tempo para remover os panos de sepultamento e enrole o sudário? (Lc 24:12, Jo 20. 6, 7.).

28:14 A verdade é que os soldados foram subornados por eles para contar uma história que incriminatórias; dormir quando em serviço era punível com a morte sob a lei romana. Então os judeus tinham a promessa de interceder em seu nome, se a história chegou aos ouvidos do governador.

O Sinédrio foi descobrir que, apesar de a própria verdade é verificado, a mentira tem de ser apoiada com outras inúmeras mentiras.

28:15 No entanto, esse mito persiste entre muitos judeus até hoje e também entre os gentios.

E há outros mitos.

Wilbur Smith resume dois.

1 Tem sido sugerido que as mulheres estão no túmulo errado. Pense por um momento sobre isso. Você pode estar errado sobre você do túmulo da pessoa a quem você quer mais de um por do sol sexta-feira para uma manhã de domingo? Além disso, não era um cemitério de José de Arimatéia: era seu jardim privado. Havia outras sepulturas naquele lugar.

Vamos dizer que havia outros túmulos que não tinha, e suponho que algumas mulheres com os olhos cheios de lágrimas, perdeu e bateu em cima de um túmulo que não era. Bem, vamos admitir que em mulheres. Mas desgastado Pedro e João, dois pescadores que não estavam chorando, foram ao sepulcro e encontraram vazio.

Você acha que foram ao túmulo errado? Mas, ainda mais, quando eles foram ao sepulcro e viu-o vazio, havia um anjo que disse: “Ele não está aqui. Ele ressuscitou. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia. ” Você acha que o anjo é também o túmulo errado? Mas lembre-se, os homens inteligentes que propuseram estas teorias. E esta é uma teoria sem qualquer sentido!

2 Outros sugeriram que Jesus não morreu, mas desapareceu, e que de alguma forma foi revivido na tumba úmida e depois à esquerda. Eles tinham um enorme tiro bloqueando pedra e este túmulo foi selado com selos do governo romano. Ninguém de dentro da tumba nunca poderia rolar a pedra que tinha caído para baixo e que se encaixam em um groove. Ele não saiu do túmulo como um pobre inválido anêmico.

A verdade simples é que a ressurreição de Jesus é um fato bem atestado da história. Ele se apresentou vivo aos seus discípulos depois da Sua paixão por muitos provas irrefutáveis. Pense em casos específicos em que ele apareceu para Yours:

1. Maria Madalena (Marcos 16: 9-11).

2 Mulheres (Mt. 28: 8-10).

3. Pedro (Lucas. 24:34).

4 Os dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24, 13-32 :.).

5. discípulos, com ausência de Thomas (Jo 20. 19-25).

6 Os discípulos com presente Tomé (João 20 :. 26-31).

7 A sete discípulos junto ao mar da Galiléia (Jo. 21).

8 Mais de quinhentos crentes (1 Cor 15, 7).

9 Tiago (1 Cor 15, 7).

10 Os discípulos no Monte das Oliveiras (Atos 1. 3-12).

Um dos pilares da fé cristã firme e imóvel, é a evidência histórica para a ressurreição de Jesus Cristo. Aqui, você e eu podemos permanecer firmes e lutar a luta da fé, porque nós temos uma posição que não pode ser contrariada. Ela pode ser negada, mas não pode ser refutada.

Macdonald,. Willian. Comentário Bíblico Popular Versículo por Versículo Novo Testamento. Editora Mundo Cristão.

Enquanto os crentes estavam adorando o Cristo vivo, os incrédulos planejavam destruir as testemunhas da ressurreição de Jesus Cristo. A essa altura, alguns dos soldados haviam percebido que se encontravam numa situação bastante complicada. O selo romano havia sido quebrado, a pedra que fechava o sepulcro havia sido movida e o corpo não estava mais lá.

Falhar no cumprimento do dever era uma transgressão passível de morte para um soldado romano (At 12:19; 16:27, 28). Mas os soldados foram astutos: não se reportaram a Pilatos nem a seus oficiais superiores, mas aos líderes religiosos judeus. Sabiam que, tanto quanto eles, os judeus estavam ansiosos por encobrir esse milagre! Juntos, os principais sacerdotes, os anciãos e os soldados elaboraram uma história que explicaria o sepulcro vazio: o corpo havia sido roubado.

Ao examinar essa história, observamos que, na verdade, ela prova a ressurreição de Jesus Cristo. Se o corpo de Jesus foi roubado, ou foi levado por seus amigos ou por seus inimigos. Seus amigos não poderiam ter feito isso, pois não tinham dúvidas de que Jesus estava morto. Seus inimigos não roubariam o corpo, porque estavam justamente tentando evitar a crença na ressurreição.

Remover o corpo seria contrário a seus interesses. Caso o tivessem levado, por que não o mostraram aos cristãos da Igreja primitiva, calando o testemunho deles?

Qualquer um que tivesse roubado o corpo o teria levado com a mortalha, porém esta foi deixada intacta no sepulcro, algo impossível no caso de um roubo.

Os líderes religiosos haviam pago Judas para trair Jesus e pagaram os soldados para dizer que o corpo havia sido roubado. A grande soma em dinheiro, pois era sua vida que estava em jogo. Caso seus superiores soubessem que haviam falhado, poderiam ser executados. Mesmo que essa história chegasse aos ouvidos de Pilatos, dificilmente o governador tomaria alguma providência, pois estava certo de que Jesus havia morrido (Mc 15:43-45) e, para ele, era só o que importava. O desaparecimento do corpo de Jesus não criou problema algum para Pilatos.

Mark Twain escreveu certa vez que uma mentira pode dar a volta ao mundo enquanto a verdade ainda está calçando os sapatos. Há algo na natureza humana que predispõe as pessoas a acreditar em mentiras. Foi apenas com a vinda do Espírito em Pentecostes, com o testemunho poderoso dos apóstolos, que os judeus em Jerusalém descobriram a verdade: Jesus Cristo está vivo! Qualquer pessoa sincera que estudar as evidências com o coração aberto concluirá que a ressurreição de Jesus Cristo é um fato histórico irrefutável.

Naquele mesmo dia, Jesus apareceu aos dois discípulos de Emaús (Lc 24:13-32) e também aos dez discípulos no cenáculo em Jerusalém 00 20:19-25). Uma semana depois, apareceu aos onze discípulos e tratou da incredulidade de Tomé 00 20:19-25). Naquele primeiro domingo de Páscoa, Jesus também teve um encontro particular com Pedro (Lc 24:33-35; 1 Co 15:5).

O dia começou com os discípulos e as mulheres pensando que Jesus estava morto. Em seguida, receberam a notícia de que ele estava vivo e, depois disso, se encontraram pessoalmente com ele. Restava ainda um estágio em sua experiência.

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 139.

3.       O desânimo dos judeus.

Dionísio Pape diz que o entusiasmo religioso para a reconstrução do templo justifica-se pelo fato de que, em cada sete dos exilados que voltaram, um era sacerdote. A maioria dos judeus ficara na Babilônia, desfrutando de prosperidade. Os elementos mais piedosos voltaram com a ideia de formar um estado sacerdotal, e foi isto o que preparou o espírito farisaico do período de Cristo.

Dezesseis anos antes da reconstrução do templo em Jerusalém, o remanescente, com aproximadamente 50 mil pessoas, voltava à Judéia sob a liderança de Zorobabel a fim de pôr em prática o decreto real (Ed 1 e 2). Dois anos depois, os alicerces do templo haviam sido assentados, entre louvores e lágrimas (Ed 3.8-13), e as expectativas da reconstrução pareciam brilhantes. Mas agora, em 520 a.C., as circunstancias se revelavam sombriamente diversas.

Os inimigos, da raça mista dos samaritanos, haviam se colocado contra os judeus durante todo o reinado de Ciro; e, quando seu sucessor, Artaxerxes, subiu ao trono, eles conseguiram suspender completamente o projeto (Ed 4.21).

Quatorze anos haviam-se passado agora; o templo continuava inacabado, e os alicerces tinham sido cobertos de entulho. Os judeus repatriados pareciam ter aceitado os acontecimentos com resignação quase fatalista. George Robinson diz que a apatia tomou o lugar do entusiasmo, e o afã de ganhar dinheiro absorveu o seu interesse principal.

A paralisia espiritual tinha atacado o povo, e foi com o propósito de libertá-los dessa letargia que Ageu se levantou com sua poderosa pregação.

Ageu profetizou apenas durante quatro meses (1.1; 2.1; 2.10; 2.20). Zacarias começou a profetizar dois meses depois de Ageu (Zc 1.1) e teve um ministério mais longo. Ageu só é citado fora do seu livro em Esdras 5.1 e 6.14. Alguns eruditos o consideravam membro da classe sacerdotal.

LOPES. Hernandes Dias. OBADIAS E AGEU Uma mensagem urgente de Deus à igreja contemporânea. Editora Hagnos. pag. 69-70.

a.

Não veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve ser edificada. Yahweh-(Sabaote), o Deus Eterno e General dos Exércitos, estava por trás das palavras e dos feitos do profeta. Aqui é reivindicada a autoridade divina para a missão de Ageu.

O povo estava amarrando os passos (conforme diz uma moderna expressão idiomática), adiando a construção do segundo templo, além de outras tarefas relativas à reconstrução de Jerusalém. Para eles o tempo certo ainda não havia chegado; mas a verdade é que os judeus estavam ocupados com tarefas e projetos pessoais, edificando suas próprias casas adornadas. A parte espiritual, pensavam eles, poderia esperar, mas não a parte material.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3647.

Causa do Atraso, 1.2

Os judeus esperaram o momento certo para reconstruir o Templo; diziam que ainda não era o momento. Erigiram o altar e fizeram um ritual simples. Sob as circunstâncias vigentes, acharam que isso bastava. Pelo visto, deixaram de terminar a reconstrução do Templo em virtude de uma interpretação meticulosa da menção de Jeremias aos 70 anos Jr 25.11); julgavam que o período ainda não se completara.

Outra razão sugerida para a interrupção das obras era que o Senhor não os abençoara com boas colheitas. Este fato, segundo eles, indicava que Deus ainda estava irado com eles; portanto, não veio ainda o tempo. Deus, conforme este ponto de vista, não tinha criado as condições favoráveis para a reconstrução.

O medo que tinham dos samaritanos era, talvez, mais outra razão para a falta de interesse em renovar o empenho em reconstruir o Templo. Este povo já se opusera à obra sob o pretexto de que os judeus lhes negaram a permissão de participar na reconstrução.

Este ressentimento se evidenciou nos esforços bem-sucedidos dos samaritanos em impedir que os judeus conseguissem madeira para a construção. Este impedimento acabou quando as obras construtivas do Templo pararam. Ao mesmo tempo, nenhum samaritano objetou que os judeus construíssem suas casas (ver 1.4). Mas retomar os trabalhos de reconstrução do Templo levariam os samaritanos a indubitavelmente se oporem de novo.

Dunning. H. Ray,. Comentário Bíblico Beacon. Ageu. Editora CPAD. Vol. 5. pag. 279.

Qual foi o pecado dos judeus nesta época, v. 2. Assim que eles saíram do cativeiro, levantaram um altar para os sacrifícios e, dentro de um ano mais tarde, puseram os alicerces de um templo, Esdras 3.10.

Eles então pareciam muito animados com isso, e era bastante provável que a obra fosse terminada rapidamente; mas, sendo intimados com uma proibição algum tempo depois pela corte persa, e recebendo a ordem de não continuarem a obra, eles não só cederam à força, mas também se colocaram sob ela. Isto poderia servir como desculpa; mas depois disso, quando a violência da oposição tinha diminuído, eles continuaram muito indiferentes à situação, não tinham ânimo nem coragem para retomar a obra, mas pareciam felizes por terem um pretexto para deixá-la parada.

Embora aqueles que são empregados por Deus possam ser afastados da sua obra por uma tempestade, eles devem voltar a ela assim que a tempestade passe. Estes judeus não fizeram isto, mas continuaram perdendo tempo até serem lembrados novamente do seu dever.

E o que eles sugeriam uns aos outros era: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do Senhor deva ser edificada; isto é: 1. “Não chegou o nosso tempo para que isto seja feito, porque ainda não nos recuperamos depois do nosso cativeiro; as nossas perdas não foram restauradas, nem ainda tivemos sucesso antes disso no mundo.

E uma tarefa grande demais para iniciantes no mundo, como somos; vamos primeiro levantar as nossas próprias casas, antes de falarmos de edificar igrejas, e nesse meio tempo que um altar simples nos sirva, como serviu ao nosso pai Abraão.”

Eles não disseram que não iriam edificar um templo, mas, “Ainda não; tudo a seu tempo.” Note que muitas obras são postas de lado e são adiadas, assim como Félix adiou o cuidado com as suas convicções até uma época mais conveniente. Eles não dizem que nunca irão se arrepender, e se corrigir, e ser religiosos, mas: “Ainda não.”

E assim o grande negócio que fomos enviados ao mundo para fazer não é realizado, sob o pretexto de que tudo será feito a seu tempo. 2. “Não chegou o tempo de Deus para que isto seja feito; porque (dizem eles) a restrição colocada sobre nós pela autoridade de maneira lícita, não está anulada; portanto, não devemos agir, embora haja uma conivência atual da autoridade.”

Observe que há em nós uma tendência de interpretarmos mal os desestímulos providenciais em nosso dever, como se eles significassem uma dispensa da nossa obrigação, quando eles têm apenas o objetivo de testar e exercitar a nossa coragem e a nossa fé. E ruim negligenciarmos o nosso dever; mas pior ainda é citarmos a Providência como uma defesa das nossas negligências.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 1152.

b.

No versículo 9, o profeta repete a mensagem de Deus relativa à causa espiritual da pobreza. Foi a atividade do Senhor em reação à falta dos judeus que lhes trouxera escassez.

Ageu sabe que a esperança do povo era grande: Olhastes para muito (9). Esta expectativa estava baseada nas promessas encontradas principalmente em Isaías 40 a 66.

O profeta destacou também que estas bênçãos ainda não tinham se concretizado, e, por conseguinte, o povo estava desiludido e desanimado. Mas ressalta que o povo é que errara: Minha casa… está deserta, e cada um de vós corre à sua própria casa. “E por isso que eu não deixo os céus darem chuva e as suas colheitas são tão fracas.

Na verdade, eu já ordenei que venha uma seca sobre a terra, até mesmo sobre as montanhas tão férteis. Uma seca que vai fazer murchar os cereais, as uvas e azeitonas e todas as outras plantações. Uma seca que vai deixar morrer de fome vocês e o gado, que vai destruir tudo aquilo que vocês trabalharam tanto para conseguir” (10,11, BV).

Dunning. H. Ray,. Comentário Bíblico Beacon. Ageu. Editora CPAD. Vol. 5. pag. 280.

Esperastes o muito. Ageu retorna ao tema das consequências desastrosas da indiferença do povo pelas coisas espirituais. Tal negligência tinha um efeito direto em seus assuntos temporais. Embora tivessem grandes esperanças em colheitas abundantes, tais expectativas foram frustrantes.

Pouco havia para exibirem pelo seu grande dispêndio de energias. Eu com um assopro o dissipei. Até o pouco que foi colhido de nada lhes adiantou. Deus providenciou que fosse impróprio para o consumo ou que fosse disperso.

O povo foi assina informado que não devia atribuir a pequena produção do solo a nenhuma outra causa, como por exemplo à terra há tanto negligenciada durante o período do cativeiro, mas ao castigo direto de Deus. Por quê? Como a providência divina podia ser explicada? O castigo divino tinha de ser declarado segundo seus atos.

Em que eles falharam? Cada um de vós corre. A resposta é clara. Em buscar a sua própria sorte, exibiram considerável grau de zelo, correram para se dizer a verdade, na busca de seus interesses egoístas, ignorando os interesses do Senhor. Um contraste notável entre a minha casa e a sua própria casa.

Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Ageu. Editora Batista Regular. pag. 5-6.

OS PRINCÍPIOS DIVINOS EM TEMPOS DE CRISE

1° LIÇÃO 3° TRIMESTRE 2020 DANIEL ORA POR UM DESPERTAMENTO

2° LIÇÃO 3° TRIMESTRE 20 – DESPERTAMENTO ESPIRITUAL UM MILAGRE

3 LIÇÃO 3 TRIMESTRE 20 – O DESPERTAMENTO RENOVA O ALTAR

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