9 Lição 3 Tri 20 – Como vencer as oposições à obra de Deus

9 Lição 3 Tri 20 – Como vencer as oposições à obra de Deus
DANIEL ORA POR UM DESPERTAMENTO

9 Lição 3 Tri 20 – Como vencer as oposições à obra de Deus

TEXTO ÁUREO

“Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.” (Rm 8.37) 

VERDADE PRÁTICA

Quando depositamos nossa confiança em Deus, descobrimos que Ele é muito maior do que todos os obstáculos que encontramos.  

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Ef 6.12-16 A fé, uma arma contra a oposição


Terça – Mt 7.7-1 A oração, uma arma contra a oposição

Quarta – At 4.23-32 A união, uma arma contra a oposição


Quinta – At 2.37-47 A vigilância, uma arma contra a oposição


Sexta – Mt 25.1-13 A obra de Deus triunfará


Sábado – At 5.34-42 A grandeza da obra de Deus  

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Neemias 4.8-20; 1 João 4.4; 5.5

Neemias 4

8 – E ligaram-se entre si todos, para virem atacar Jerusalém e para os desviarem do seu intento.

9 – Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles.

10 – Então, disse Judá: Já desfaleceram as forças dos acarretadores, e o pó é muito, e nós não poderemos edificar o muro.

11 – Disseram, porém, os nossos inimigos: Nada saberão disso, nem verão, até que entremos no meio deles e os matemos; assim, faremos cessar a obra.

12 – E sucedeu que, vindo os judeus que habitavam entre eles, dez vezes nos disseram que, de todos os lugares, tornavam a nós.

13 – Pelo que pus guardas nos lugares baixos por detrás do muro e nos altos; e pus o povo, pelas suas famílias, com as suas espadas, com as suas lanças e com os seus arcos.

14 – E olhei, e levantei-me, e disse aos nobres, e aos magistrados, e ao resto do povo: Não os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e terrível, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas mulheres e vossas casas.

15 – E sucedeu que, ouvindo os nossos inimigos que já o sabíamos e que Deus tinha dissipado o conselho deles, todos voltamos ao muro, cada um à sua obra.

NEEMIAS 4

16 – E sucedeu que, desde aquele dia, metade dos meus moços trabalhava na obra, e a outra metade deles tinha as lanças, os escudos, os arcos e as couraças; e os chefes estavam por detrás de toda a casa de Judá.

17 – Os que edificavam o muro, e os que traziam as cargas, e os que carregavam, cada um com uma mão fazia a obra e na outra tinha as armas.

18 – E os edificadores cada um trazia a sua espada cingida aos lombos, e edificavam; e o que tocava a trombeta estava junto comigo.

19 – E disse eu aos nobres, e aos magistrados, e ao resto do povo: Grande e extensa é a obra, e nós estamos apartados do muro, longe uns dos outros.

20 – No lugar onde ouvirdes o som da buzina, ali vos ajuntareis conosco; o nosso Deus pelejará por nós.


1 João

4.4 – Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo.

5.5 – Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?

OBJETIVO GERAL

Destacar as medidas adotadas por Neemias a fim de vencer as oposições à realização da obra de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Ressaltar o que a Bíblia afirma sobre a natureza dos ataques espirituais à obra de Deus;
Identificar os meios que o Inimigo utiliza para neutralizar a fé do crente;
Destacar quais armas espirituais Neemias utilizou para vencer as oposições à obra de Deus.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A lição desta semana destaca a dura resistência dos samaritanos no tocante à reconstrução do muro de Jerusalém. Neemias enfrentou com sabedoria a oposição daqueles que não queriam ver a obra de Deus sendo realizada. Como se não bastasse os problemas externos, Neemias ainda teve a incumbência de incutir ânimo no povo, levando-o a trabalhar empenhadamente em prol da obra de Deus. Nos dias atuais, carecemos de obreiros dedicados que mesmo sabendo que a batalha é renhida, ainda assim não recuam, mas trabalham com esmero para que a obra de Deus seja realizada.

9 Lição 3 Tri 20 – Como vencer as oposições à obra de Deus

INTRODUÇÃO


Na lição 7 observamos como a construção dos muros em Jerusalém provocou uma dura resistência por parte dos samaritanos. Nesta lição iremos observar, mais detalhadamente, as diferentes formas dos seus ataques, e o modo como os judeus conseguiram vencê-los e concluir a obra.

PONTO CENTRAL

Jamais devemos permitir que alguma coisa venha abalar a nossa fé, porque sem fé é impossível agradar a Deus.

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I – QUAL A PROCEDÊNCIA DESTES ATAQUES?

1. A Bíblia revela a verdadeira força por trás destes ataques.

Ela diz: “Não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12). Portanto, nossa luta é antes de tudo espiritual. Os inimigos visíveis são meramente instrumentos dos demônios, os quais nos atacam. Desde que Lúcifer caiu em pecado no céu e foi expulso de lá, ele tem sido o ADVERSÁRIO de Deus e de sua obra (1 Pe 5.8).

2. Qual a orientação que a Bíblia dá diante desta luta?

Ela diz: “Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais:
a) RESISTIR NO DIA MAU;
b) TENDO FEITO TUDO;
c) FICAR FIRMES (Ef 6.13). Vemos, assim, que a Bíblia não aconselha fugir da luta, mas sim ficar firmes, resistir, e vencer! (Tg 4.7)

3. Nesta luta contra o mundo invisível a arma mais eficaz é a fé.

A Bíblia diz: “Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” (1 Jo 5.5). Por isso a Bíblia aconselha: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna” (1 Tm 6.12). Pela fé experimentamos a operação do Espírito Santo em nossa vida (GI 3.2,5). Jamais devemos permitir que alguma coisa venha abalar a nossa fé, porque “sem fé é impossível agradar-lhe” (Hb 11.6). Devemos não temer, mas crer somente (Mc 5.38). “Não deis lugar ao Diabo!” (Ef 4.2).

4. Nesta luta as armas devem ser espirituais (2 Co 10.4).

Só as armas espirituais atingem e alcançam os reais inimigos, os demônios. As armas carnais só nos prejudicam, pois muitas vezes levam-nos a dar lugar ao inimigo.

SÍNTESE DO TÓPICO I

A nossa luta é antes de tudo espiritual, os inimigos visíveis são meramente instrumentos dos demônios, os quais nos atacam. No entanto, as nossas armas também são espirituais, pois não lutamos contra carne e sangue.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOPICO I

A aula desta semana é uma excelente oportunidade para que seus alunos conheçam o conceito de “batalha espiritual”. Neste caso, à medida que você destacar a importância do preparo espiritual, explique quais armas a igreja dispõe para vencer as adversidades que surgem para impedir o crescimento e bom funcionamento da obra de Deus. Para tanto, pesquise na internet ou revistas e leve para a sala de aula imagens ou figuras que representem a armadura de Deus citada por Paulo em Efésios 6.10-18.

Sugiro para o seu estudo o Novo Manual de Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos, que trás alguns detalhes sobre a armadura de Deus:“Paulo se refere à roupa usada pelo soldado. Ele combina a profecia de Isaías sobre a armadura de Deus (Is 59.16,17) com o que se sabe sobre o soldado romano. Por baixo da armadura do soldado estava uma vestimenta básica para ‘ficarem firmes’, de modo que a armadura (casaco e saia de couro cobertos com placas de metal) pudesse ajustar-se por cima.

Os soldados romanos tinham sandálias pregadas com tachas grandes que firmavam seus pés no chão. Paulo usa a descrição para dizer que o Diabo não poderá derrubar os cristãos se eles forem estritamente honestos, absolutamente justos em seus tratos e não se deixarem perturbar facilmente. Acrescente a isso uma salvação que os capacita a viver segundo o padrão de Deus, com acesso ao que Deus disse e confiança nEle, e o cristão estará bem protegido” (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.16).  

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II – O INIMIGO PROCURA ATINGIR A NOSSA FÉ.

1. O Inimigo ataca com a arma do DESPREZO.

Diziam: “que fazem estes fracos judeus?” (Ne 4.2). De fato, em nós mesmos somos fracos. Paulo disse: “Quando estou fraco então sou forte” (2 Co 12.9,10). Quando o crente é tentado a se comparar com o inimigo, está em perigo! Foi esta tentação que derrubou Israel. Quando os dez espias disseram “Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós” (Nm 13.31), os israelitas recusaram-se a subir, recusaram-se a dar ouvidos à mensagem de fé transmitida por Calebe, que dizia: “Certamente prevaleceremos contra ela” (Nm 13.30). “O Senhor é conosco, não os temais” (Nm 14.9).

2. O Inimigo ataca com a arma do ESCÁRNIO (Ne 4.3,4; Jr 20.7; SI 79.4).

Trata-se de uma arma que os inimigos da obra de Deus têm usado em todos os tempos. Quando os servos de Deus sofrem escárnio, são tentados a ficarem desanimados. Todavia devemos lembrar de que isso é o que os fiéis sempre tiveram que suportar (Hb 11.36; Sl 35.15,16; 44.13,14). Nem mesmo Jesus escapou do escárnio (Mt 20.19; 27.29,39). Ele disse: “Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?” (Mt 10.25). Isto faz parte da cruz que devemos aceitar quando seguimos a Jesus (Mt 10,38,39; 16.24,25). Os que são carnais procuram escapar do escândalo da cruz (Gl 5.11).

3. O Inimigo chama a nossa atenção para a imensidade da tarefa.

“Vivificarão dos montões de pó as pedras que foram queimadas?” (Ne 4.2). Moisés, ao olhar para a dimensão da tarefa para qual Deus o chamava, recusou-se a ir. Quando, porém, Moisés meditou na Palavra de Deus, que Deus iria com ele (Êx 3.12), e que Deus seria com a sua boca (Êx 4.12), Moisés se animou e viu as montanhas tornando-se em campinas (Zc 4.7). Quem faz a obra é Deus (Is 26.12), mas Ele usa instrumentos, ainda que estes sejam pequenos e a tarefa seja grande!

4. O Inimigo usa contra nós os BOATOS e as MENTIRAS.

Os samaritanos espalhavam calúnias contra Neemias, dizendo que ele planejava constituir-se rei (Ne 2.19;6.5,6). Tudo isto para amedrontar os judeus e assim atingi-los em sua fé em Deus. Neemias respondeu: “De tudo que dizes, coisa nenhuma sucedeu, mas tu, do teu coração o inventas” (Ne 6.8). Paulo escreveu: “Tornando-nos recomendáveis em tudo… por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama” (2 Co 4.4-8). Jesus aconselhou àqueles que sofrerem acusações mentirosas a alegrarem-se a exultarem, e a não atentarem para o que se fala deles (Mt 5.11,12).

5. O Inimigo usa como arma a ASTÚCIA.

Os samaritanos convidaram os judeus para juntos se congregarem nas aldeias; porém intentavam fazer mal a Neemias. Insistiram na proposta, mas o convite foi repetidamente recusado por Neemias: “Estou fazendo uma grande obra, […] não poderei descer” (Ne 6.3).

6. O Inimigo usa como arma as AMEAÇAS.

Os inimigos dos judeus ameaçaram guerrear contra eles, a fim de espalharem medo e pânico entre o povo de Deus. Porém, diz Neemias: “Oramos ao nosso Deus e pusemos guarda contra eles!” (Ne 4.9). Os judeus não atacaram os samaritanos, mas defenderam a sua área de trabalho (Ne 4.13-20).

SÍNTESE DO TÓPICO II

O Inimigo utiliza as ferramentas do desprezo, da mentira e do escárnio, mas é importante entender que isso faz parte da cruz que devemos aceitar quando seguimos a Jesus.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO TOPICO II

O caráter de Neemias revela-se ilibado no material escrito disponível. Ele foi tão dotado e talentoso como qualquer homem dos tempos pós-exílicos. Seu contagioso patriotismo era profundo e intenso e levava os homens a deixar suas colheitas a fim de viajar para Jerusalém e trabalhar na reconstrução do muro.

Sua rígida integridade, associada a uma bondosa humildade, fazem com que ele se projete como um notável exemplo de liderança leiga. E sua abnegada prática de recusar qualquer recompensa pelos serviços (Ne 5.14-18) deve ter deixado uma impressão indelével nos pobres de Jerusalém. Sua intensa fé em Deus e genuína piedade eram evidenciadas pelo zelo que dispensava à ética e à parte cerimonial da religião.

Acima de tudo, sua devoção ao dever, sua infatigável energia e determinada persistência impulsionaram um grupo de homens que nunca desistiam. Neemias era um homem de ação, não um homem que se sentava para esperar que Deus fizesse com que acontecesse algum evento sobrenatural. A desesperada condição de seu povo exigia, sem demora, que fossem tomadas medidas extremas. Analisando sua obra como um todo, Neemias realmente foi um homem preparado por Deus para agir naquela hora” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1350).

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III – QUAL O SEGREDO DA VITÓRIA DE NEEMIAS E DOS JUDEUS?

1. Os judeus venceram porque tinham certeza de que estavam na vontade de Deus.

Neemias disse aos seus inimigos: “O Deus dos céus é o que nos fará prosperar” (Ne 2.20). Neemias sabia que o Senhor o havia enviado para Jerusalém, e que pelejava por eles. Esta certeza nos guarda de precipitações (Pv 29.20), e de falarmos palavras impensadas (SI 106.33; Ec 7.9; Pv 25.11). Podemos assim governar o nosso espírito (Pv 16.32).

2. Os judeus venceram pela oração.Neemias era homem de oração.

Com frequência lê-se sobre como Neemias orava: “Ouve, ó nosso Deus; Lembra-te de mim para o bem; Lembra-te, meu Deus, de Tobias e Sambalate” (Ne 4.4; 6.14; 13.29). Aquele que ora, coloca a sua dificuldade diante do Senhor que QUER e PODE RESOLVÊ-LA! O mesmo Deus que nos exortou a orar, também prometeu nos responder às orações (Jó 22.27; SI 50.15; 46.1; Mt 7.7,8,11).

3. Devemos também orar (1 Ts 5.17).

“Orai sem cessar…” Jesus deixou-nos o mesmo ensino. Falou-nos da necessidade de perseverarmos na oração, usando para isso uma parábola (Lc 18.1). Paulo exortou aos efésios a perseverarem em “oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18) e aos colossenses ele escreveu: “Perseverai em oração” (CI 4.2). O que é então, perseverança em oração?

a. É impedir que alguma coisa nos estorve a orar, encontrando-nos apenas na oração.

Precisamos de uma espécie de autodisciplina, ou de controle sobre nós próprios. Marta não dispunha tempo para ficar aos pés de Jesus, porque estava ocupada (Lc 10.38-42). Quando começamos a orar aparecem muitos obstáculos, mas devemos ser vitoriosos. Temos que ter vitória também em nossos pensamentos, porque o Inimigo quer nos impedir de orar, fazendo-nos pensar em outras coisas.


b. É persistir em orar, ainda que o Diabo procure tornar pesada e difícil a oração.

Daniel orou 21 dias, e veio a resposta! E, então, ele soube que a resposta demorara, porque os espíritos malignos tinham impedido a resposta (Dn 10.11-14). Jesus mostrou a mesma verdade na parábola sobre a viúva (Lc 18.1-6).


c. É orar até que venha a resposta! Devemos orar “até que…” (Is 62.8; Lc 24.49).

Jesus orou três vezes sobre mesma coisa (Mt 26.44), e Paulo também orou três vezes, até que Deus lhe respondeu (2 Co 12.8,9). Elias orou 7 vezes, para que chovesse, e choveu (1 Rs 18.43-45) E os discípulos perseveraram em oração até que o fogo caiu (At 1.14; 2.1-4).


d. É uma prova de que o Espírito de oração opera em nós (Zc 12.10; Rm 8.26; Ef 6.18; Jd 20).

O Espírito Santo ora, em nós, enquanto trabalhamos; enquanto nos ocupamos de nossas tarefas diárias. O Espírito Santo não se preocupa acerca da posição de nosso corpo, isto é, se estamos ajoelhados, deitados ou em pé. Isto é o segredo de estarmos sempre orando! Dá liberdade ao Espírito – e Ele levar-te-á para esta gloriosa vida de oração. Aleluia. A VITÓRIA É NOSSA, PELO SANGUE DE JESUS. Amém. 

SÍNTESE DO TÓPICO III

Neemias sabia que o Senhor o havia enviado para Jerusalém, e que pelejava por eles. Esta certeza, acompanhada do compromisso com a oração foram importantes para que o servo do Senhor alcançasse êxito na sua missão.

SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ TOPICO III

O fato é que Deus se comprometeu a ouvir e responder as orações de seu povo. Somos informados uma vez após a outra — e Jesus nos lembra — que o que Deus quer fazer em nós e por nós, de alguma maneira, depende de pedirmos a Ele que faça isso (Mt 7.7,8; Tg 4.2). A oração é o meio concedido por Deus de admiti-lo em nossa vida e necessidades. Em sua palavra, Ele nos fez inúmeras promessas e comprometeu-se a cumpri-las quando as levamos a sério (por exemplo, 2 Cr 7.14; Sl 50.15; Jr 33.3).

A verdadeira oração começa quando começamos a aceitar a Deus em sua Palavra.
Jesus não só nos chama a desfrutar suas bênçãos, mas também nos envolve em uma batalha espiritual para a qual precisamos de uma armadura e de armas. A oração é uma das armas (Ef 6.14-20). Observamos como ela funciona quando os cristãos primitivos, no livro de Atos, reagiram aos ataques do Diabo com oração (4.23,24; 12.54).

É por meio da oração que colaboramos com o Senhor na execução de seus planos para o mundo. Assim, a oração não é apenas um passatempo prazeroso; ela também funciona e combate” (Guia Cristão de Leitura da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.591).

PARA REFLETIR

– A respeito de “Como Vencer as Oposições à Obra de Deus”, responda:

• Qual a procedência dos ataques contra a obra de Deus?

Os ataques contra a Obra de Deus procedem do próprio Diabo.

• Como devemos enfrentar os ataques do Diabo?

Com a armadura de Deus, que são as nossas armas espirituais.

• Com que armas o Inimigo nos ataca?

O inimigo nos ataca com as armas do escarnio, do desprezo, dos boatos, das mentiras, etc.

• Como os judeus venceram a oposição?

Pela oração.

• O que nos recomenda o apóstolo Paulo?

Que oremos sem cessar.

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INTRODUÇÃO

O capítulo 4 de Neemias é um resumo do que aconteceu durante os 52 dias de construção dos muros de Jerusalém. Sempre que o povo de Deus se levanta para fazer a Sua obra, isso incomoda o inimigo.

Este texto nos mostra que a vida cristã é uma guerra contínua. Vejamos quão variados foram os métodos do inimigo para tentar paralisar a obra e como Neemias reagiu a cada investida.

LOPES. Hernandes Dias. Neemias, O líder que restaurou uma nação. Editora Hagnos. pag. 65.

Essas palavras de Gilbert Keith Chesterton sem dúvida se aplicavam à situação de Neemias. Sua chegada a Jerusalém representou uma ameaça para Sambalate, Tobias e seus companheiros (2:10), os quais desejavam que os judeus continuassem fracos e dependentes. Uma Jerusalém forte colocaria em perigo o equilíbrio do poder na região e privaria Sambalate e seus amigos de sua influência e riqueza.

Quando as coisas estão indo bem, devemos nos preparar para enfrentar dificuldades, pois o inimigo não quer ver a obra do Senhor progredir. Enquanto o povo de Jerusalém estava conformado com sua triste sina, o inimigo os deixou em paz. Mas quando os judeus começaram a servir ao Senhor e a glorificar o nome de Deus, o inimigo entrou em ação.

A oposição não é apenas prova da bênção de Deus, mas também uma oportunidade de crescimento. As dificuldades no cumprimento do trabalho fizeram aflorar o que havia de melhor em Neemias e em seu povo. Satanás quis usar esses problemas como armas para destruir a obra do Senhor, mas Deus usou-os como instrumentos para edificar seu povo. “Deus teve somente um Filho sem pecado, mas nunca teve um filho sem tribulações”, disse Charles Spurgeon.

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 633.

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I – QUAL A PROCEDÊNCIA DESTES ATAQUES?

1. A Bíblia revela a verdadeira força por trás destes ataques.

O perigo e a necessidade que temos de revestir-nos de toda armadura, considerando os tipos de inimigos com os quais precisamos lidar – o Diabo e todos os poderes das trevas: “…porque não temos que lutar contra carne e sangue” (v. 12). O combate para o qual precisamos estar preparados não é contra inimigos humanos comuns, não contra homens constituídos de carne e sangue, nem contra nossa própria natureza corrompida, mas contra os diversos graus de demónios, que têm um controle que exercitam neste mundo.

(1) Lidamos com um inimigo sutil,

um inimigo que usa manhas e estratagemas, como lemos no versículo 11. Ele tem mil maneiras de iludir almas inconstantes; por isso é chamado de serpente, em virtude de sua sutileza, a velha serpente, experimentada na arte de tentar.

(2) Ele é um inimigo poderoso: principados,

potestades e príncipes. Eles são numerosos e poderosos; eles governam as nações pagãs que ainda estão nas trevas. As partes sombrias do mundo são o alicerce do império de Satanás. Eles estão usurpando e destituindo príncipes sobre todos os homens que ainda estão em um estado de pecado e ignorância.

Satanás é um reino de trevas, enquanto Cristo é um reino de luz.

(3) Eles são inimigos espirituais:

“…hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”, ou espíritos maus, como alguns traduzem. O Diabo é um espírito, um espírito mau; o perigo é maior porque nossos inimigos são invisíveis e nos atacam antes de nos darmos conta deles. Os demónios são espíritos maus, e eles especialmente aborrecem e provocam os santos à perversidade, ao orgulho, à inveja, à malícia etc.

Esses inimigos ficam nos lugares celestiais, de acordo com o texto original (ou “regiões celestes”, versão RA); nesse caso, o céu significa toda a expansão, ou além da nossa atmosfera, o lugar entre a terra e as estrelas, de onde os demónios nos assaltam. Ou, o significado pode ser: “Lutamos por lugares celestiais ou coisas celestiais”; essa é a forma de alguns antigos interpretarem esse texto.

Nossos inimigos se esforçam para impedir nossa subida ao céu, para privar-nos de bênçãos celestiais e para obstruir nossa comunhão com o céu. Eles nos atacam nas coisas que pertencem à nossa alma e se esforçam para desfigurar a imagem celestial em nosso coração; e, portanto, precisamos estar vigilantes contra eles. Necessitamos de fé em nossa batalha cristã, porque temos inimigos espirituais que precisamos combater, bem como fé em nosso trabalho cristão, porque precisamos buscar força espiritual.

O nosso perigo é grande.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 604-605.

O Inimigo do Cristão (6.12,13)

O inimigo a ser derrotado é o diabo e todos os seus exércitos de forças demoníacas do universo. Paulo deixa claro que a guerra cristã não é empreendida contra forças humanas, porque ele diz que não temos que lutar contra carne e sangue (12). Caso se tratasse disso a força humana seria suficiente. Pelo fato de forças espirituais más estarem dispostas em ordem de batalha contra o crente, só os recursos divinos e espirituais podem resistir a elas. Paulo diz que nos armamos contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas… contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais (12; cf. 1.21; 2.2; 3.10; Rm 8.38,39; Cl 1.13).

Há vários postos na hierarquia dos exércitos de Satanás, mas é quase impossível distingui-los. Basta dizer que, pouco importando quão estável seja a vida dos filhos de Deus, eles nunca estão livres dos ataques sutis de Satanás por agências da estrutura de poder maligno. A paráfrase de Phillips do versículo 12 expressa adequadamente o pensamento:

“Nossa luta […] é contra organizações e poderes espirituais.

Enfrentamos o poder invisível que controla este mundo escuro, e agentes espirituais do próprio quartel-general do mal” (CH).

O apóstolo acreditava no caráter pessoal dos poderes do mal no universo. Acreditava também que estas forças eram organizadas. Mackay escreve: “Eis algo bastante diferente do poder da hereditariedade, algo mais cruel e aterrador que as forças judiciais e dialéticas que atuam na história, por meio das quais a história, por vezes, engana a lógica do homem e, por vezes, leva à destruição o seu orgulho titânico”.

E acrescenta que Paulo não estava pensando “nos poderes demoníacos da história contemporânea [os governos ditatoriais e comunismo anti-religioso] que se arrogam a si o status e atributos da deidade”. Mackay afirma que se Paulo estivesse vivendo hoje, “ele ainda insistiria no caráter pessoal do mal sobrenatural”. O inimigo pessoal do crente não é onipotente, onisciente ou onipresente, mas é organizado por todo o mundo para o propósito único de derrotar o povo de Deus.

Nos lugares celestiais é a quinta e última ocorrência desta expressão em Efésios (1.3; 1.20, “nos céus”; 2.6; 3.10, “nos céus”). Aqui significa o reino do conflito espiritual. O versículo em que ocorre mostra veementemente que os cristãos, mesmo com suas experiências pessoais gloriosas com Cristo e suas mais sublimes experiências de adoração e culto, não estão imunes aos ataques das hostes espirituais más.

Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Efésios. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 195-196.

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2. Qual a orientação que a Bíblia dá diante desta luta?

O nosso dever: tomar posse e vestir toda a armadura de Deus e então resistir a nossos inimigos.

(1) Devemos resistir (v. 13). Não devemos ceder à sedução e aos ataques do Diabo, mas resistir-lhes. Lemos que Satanás se levanta contra nós (1 Cr 21.1). Se ele se levantar contra nós, precisamos nos levantar contra ele, estabelecer e conservar um interesse em opor-se ao Diabo. Satanás é o iníquo, e seu reino é o reino do pecado; colocar-se contra Satanás é lutar contra ele. “…para que possais resistir no dia mal e, havendo feito tudo, ficar firmes”, isto é, no dia da tentação ou de alguma tribulação dolorosa.

(2) Devemos ficar firmes na nossa base… e, havendo feito tudo, ficar firmes”. Devemos decidir, pela graça de Deus, não ceder a Satanás. Resistir-lhe, pois ele fugirá.

Se suspeitarmos ou duvidarmos da nossa causa, ou do nosso líder, ou da nossa armadura, damos vantagem a ele. Nossa tarefa atual é opor-nos aos ataques do Diabo e não ceder; e então, tendo feito tudo que cabe a um bom soldado de Jesus Cristo, nossa batalha será concluída e seremos finalmente vitoriosos.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 605.

Paulo repete a exortação que fez no versículo 11

Portanto, tomai toda a armadura de Deus (13). Portanto é o jeito de o apóstolo apanhar e aplicar o que previamente fora declarado. Na verdade, ele está dizendo: “Percebendo a concentração e o poder dos vossos inimigos, tomai a armadura de Deus”. O objetivo dos soldados devidamente armados é resistir no dia mal e, havendo feito tudo, ficar firmes. Resistir (antistenai) apresenta ideia mais forte que a registrada no versículo 11. O dia mal tem diversas interpretações. Jerônimo pensou que era o dia do julgamento. Wesley comenta que é “a aproximação da morte, ou durante a vida”.

Outros entendem que é o período imediatamente precedente à segunda vinda. As passagens apocalípticas do Novo Testamento indicam que haverá aumento de conflito antes da segunda vinda de nosso Senhor (Mc 13; 2 Ts 2.3). O uso do artigo definido junto com a palavra grega dia (hemera) sugere um determinado dia. Mas certos expositores consideram que é o tempo especial de conflito para cada cristão em particular, como indica o Salmo 41.1: “O Senhor o livrará no dia do mal”.

E bastante possível, acompanhando Bruce e Westcott, entender que o dia mau é designação a “a presente era”.

Em 5.16, Paulo afirma que “os dias são maus”. Bruce conclui: “A era é má por causa das forças más que, embora tenham sido derrotadas por Cristo, ainda exercem controle sobre o mundo que não se beneficia dos frutos da vitória de Cristo”. O cristão tem de tomar a armadura que Deus fornece e, tendo-a apertado com firmeza em torno de si, sair para resistir o mal de sua época.

O espírito de otimismo do apóstolo irrompe com as palavras: E, havendo feito tudo, ficar firmes. A frase havendo feito tudo é mais bem traduzida por “havendo realizado todas as coisas”. Ainda que possa ter sentido de “havendo terminado de colocar a armadura”, pelo visto, preparação não é a ideia principal, mas o bom êxito em resistir ao inimigo. Quando derrotamos e expulsamos o inimigo do campo, nos postamos vitoriosos e destemidos. Resistir eficazmente significa não ser desalojado de sua posição e manter seu posto com triunfo. Por conseguinte, como observa J. A. Robinson: “O apóstolo nunca considera a possibilidade de derrota”.

Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Efésios. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 196.

9 Lição 3 Tri 20 – Como vencer as oposições à obra de Deus

3. Nesta luta contra o mundo invisível a arma mais eficaz é a fé.

O que aqui é dito acerca da sua fé (v. 6).

E dito que “…sem fé é impossível…” agradar a Deus, sem essa fé que nos ajuda a caminhar com Deus, uma fé ativa; e não podemos ir a Deus a não ser que creiamos “…que ele existe e que é galardoador dos que o buscam”.

(1) Ele precisa crer que Deus é, e que Ele é o que é, o que Ele se revelou e mostrou ser nas Escrituras, um Ser de perfeições infinitas, subsistindo em três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo.

Observe: A crença prática na existência de Deus, como revelada na Palavra, seria um estímulo ao temor na nossa mente, um freio para nos restringir de pecar, e um impulso para nos colocar de todas as formas sob a obediência ao evangelho.

(2) Que Ele “…é galardoador dos que o buscam”. Observe aqui:

[1] Por meio da queda perdemos a presença de Deus; perdemos a luz divina, a vida, o amor, a semelhança e a comunhão divina.

[2] Podemos encontrar Deus novamente por meio de Cristo, o segundo Adão.

[3] Deus prescreveu meios e caminhos em que pode ser encontrado; a saber, uma atenção estrita aos seus oráculos, participação nas suas ordenanças, e ministros executando apropriadamente seu ofício e se associando com o seu povo, observando o seu cuidado providencial, e em todas as coisas esperando pela sua graciosa presença.

[4] Os que quiserem encontrar Deus nesses caminhos precisam buscá-lo diligentemente; eles precisam buscar cedo, sinceramente e com perseverança. “Então eles o buscarão e o acharão, se o buscarem com todo o seu coração”’, e depois de o terem achado, e se reconciliado com o seu Deus, nunca se arrependerão dos esforços que empenharam para buscá-lo.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 800.

A Essência da Fé (11.6)

Agora um grande princípio da fé está claramente expresso. Primeiramente, vemos este princípio exposto de forma negativa: Ora, sem fé é impossível agradar-lhe. Se Enoque não continuasse crendo, ele não teria recebido a certeza contínua de que estava agradando a Deus. Esta é uma lei simples, mas inescapável do Reino. Deus deve ter súditos que confiam nEle como Deus — e isto inclui sua sabedoria, sua bondade e seu poder. Duvidar é difamar. Confiar é honrar. Todos os outros tributos são insultos se o tributo da fé está faltando. Não somos guardados pelo sentimento, mas pela fé, porque somente ao crermos em Deus podemos agradar-lhe.

O princípio é então ampliado de forma positiva: porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe — este é um ponto de vista intelectual do teísmo. E um teísmo personalista — aquele que, não “o ser” que. Mas o homem pode acreditar que Deus existe e não ter comunicação nem comunhão com Ele. Portanto, o teísmo teórico deve tornar-se a confiança humilde de que ele existe e […] é galardoador dos que o buscam. Aqui está uma confiança dupla: primeiro, na atenção de Deus em buscar o homem, e, segundo, na integridade e benevolência do caráter de Deus.

Ele vai galardoar aquele que o busca, e o galardão vai ser de acordo com a necessidade (Lc 11.9-13). Somente esta confiança torna possível um relacionamento significativo e pessoal. Mas esta confiança está vinculada a uma busca diligente. Os galardões de Deus da graça divina não são espalhados de maneira promíscua e indiscriminada. O relacionamento deve ser interpessoal — de duas vias. O homem deve querer Deus, não somente seus dons, mas para o seu próprio bem, e querê-lo a ponto de procurá-lo. O homem também deve tomar a iniciativa, como evidência de um desejo sincero.

No versículo 6, vemos “Como Obter Algo de Deus”:

1) Pureza de motivo: o buscam — sua presença, sua vontade, sua glória.

2) Deve haver sinceridade de propósito. Esta busca deve ser diligente — sincera, aberta e persistente.

3) Deve haver simplicidade de fé: creia que ele existe e que é galardoador — uma fé refletida na busca diligente, uma fé que aposta tudo na integridade de Deus, uma fé que se afirma a si mesma.

Richard S. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Hebreus. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 104

Em 11.6, o autor aplica a todos os seus leitores, o padrão da fé que estava em ação na vida de Enoque. Sem fé, nem Enoque nem nós podemos agradar a Deus. Este verso não diz que sem fé é difícil conhecer e agradar a Deus, e sim que é “impossível” fazê-lo; “porque é necessário que aquele que se aproxima [proserchomai; cf. 7.25; 10.22] de Deus” como um adorador (cf. 10.1) demonstre os dois elementos da fé descritos em 11.1.

1) Devemos crer “que ele existe”.

A fé envolve o que não é diretamente aparente para aos sentidos físicos (Hagner, 1983, 167), isto é, “as coisas que se não vêem” (11.1b). Bruce (1990,286-287) escreve com uma profunda visão a respeito deste assunto:

A crença na ordem espiritual invisível envolve, primeiramente e acima de tudo, a crença de que Ele é o “Rei dos séculos, imortal, invisível, o único Deus” (1 Tm 1.17); e a crença em Deus envolve necessariamente a crença em sua Palavra. Não é a convicção na existência de um Deus, mas a crença na existência do Deus que uma vez declarou sua vontade aos pais através dos profetas, e nestes últimos dias falou por seu Filho.

2) Devemos crer que Ele “é galardoador dos que o buscam”.

A fé envolve crer e confiar em Deus de acordo com sua Palavra e promessas, resultando em uma confiança nas “coisas que se esperam” (11.1a). A fé nos habilita a crer que a Palavra de Deus é verdadeira, a desejá-lo e buscá-lo verdadeiramente (ainda que outros não o façam; cf. SI 53.2), e a manter nosso coração aberto a Ele, esperando humildemente com perseverança a recompensa de nossa fé.

A fé nos habilita a crer na bondade do caráter de Deus quando as circunstâncias de nossa vida forem severas e adversas. Quanto mais seguro e íntimo for o nosso relacionamento com Deus, mais forte será nossa fé nEle. A fé opera no relacionamento, e não no vazio. Deste modo, a fé busca a face e a comunhão com Deus, como fez Enoque, até mesmo em uma geração excessivamente corrupta (cf. Jd 14,15). E qual é a recompensa para aqueles que buscam diligentemente a Deus? Como com Enoque, é a alegria de encontrá-lo, conhecê-lo, agradar-lhe e apreciá-lo para sempre.

FrenchL. Arrington e Roger Stronstad.Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. pag. 1613.

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4. Nesta luta as armas devem ser espirituais (2 Co 10.4).

Em resposta às acusações, o apóstolo admite que está andando segundo a carne (3); ou seja, sua vida no mundo está sujeita à fraqueza humana. Mas ele e seus cooperadores não militam segundo a carne. Paulo não conduz seu ministério com armas (4) semelhantes àquelas que são utilizadas pelo mundo: “inteligência ou engenhosidade humana, habilidade organizacional, crítica eloqüente ou confiança na sedução ou na força da personalidade”. Quando se confia nestas armas, elas se tornam carnais (corporais) ou pecaminosas no contexto do ministério.

Elas não têm o poder “de destruir” (Bruce) as fortalezas do inimigo nos corações dos homens. O inimigo não pode ser derrotado em seu próprio nível de guerra. As armas de Paulo (hopla, cf. Rm 13.12, “as armas [hopla] da luz”) são poderosas em Deus; elas são “divinamente poderosas”. Ele está armado com um tremendo “senso daquilo que o evangelho é – a imensidão da graça nele contida, o terror do julgamento; e foi isto que lhe deu o poder e o levantou acima das artimanhas, da sabedoria e da timidez da carne”.

Frank G. Carver. Comentário Bíblico Beacon. II Coríntios. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 459.

De acordo com a carta de Paulo aos Efésios, a armadura de Deus é constituída da fé, da verdade, da justiça, da mensagem do Evangelho, e da Palavra de Deus.

O Espírito Santo capacita os cristãos para a luta, provendo as armas de que eles necessitam (veja 6.6; Ef 6.10-20). As armas carnais – riqueza, fama, e poder político – podem exercer alguma influência nesta terra, mas são inúteis nas batalhas espirituais. As fortalezas do diabo incluem toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus e conselhos rebeldes.

O mundo de ideias é o verdadeiro campo de batalha entre Deus e o diabo. Muitas teorias e filosofias complexas tentam impedir que as pessoas conheçam a verdade a respeito de Deus e o adorem. Estas falsas filosofias que afastam a glória de Deus e ocultam a verdade são as fortalezas do diabo.

Em Corinto, onde os progressos em filosofia grega eram tidos em alta consideração, os crentes eram tentados a avaliar o Evangelho com as diversas ferramentas da filosofia grega. Em uma carta anterior, Paulo já tinha dito aos coríntios que o Evangelho pareceria uma loucura para aqueles que vissem o mundo através das lentes da filosofia secular grega (veja 1 Co 1.22). Da mesma maneira como um exército pode atacar uma fortaleza, também os cristãos devem colocar de lado e derrotar estes argumentos falsos e demoníacos.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 232.

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II – O INIMIGO PROCURA ATINGIR A NOSSA FÉ.

1. O Inimigo ataca com a arma do DESPREZO.

Os inimigos escarnecem do povo de Deus para achacar-lhe a autoimagem. O inimigo empregou as técnicas do demagogo. Ele usa a arma do escárnio (4.1). O inimigo tentou diminuir a autoestima do povo de Deus, chamando-o de fraco (4.2).

LOPES. Hernandes Dias. Neemias, O líder que restaurou uma nação. Editora Hagnos. pag. 66.

Então falou na presença de seus irmãos e do exército de Samaria.

Há várias traduções deste versículo, na tentativa de ocultar o fato de que o texto está corrupto e é quase impossível de reconstituir. Este versículo tem deixado perplexos intérpretes antigos e modernos. Nenhum texto convincente foi reconstituído. Seja como for, podemos estar seguros de que os elementos do versículo estão relacionados às zombarias do réprobo Sambalá.

Sambalá, com ódio ardendo em seu coração, dirigiu a palavra a seu exército e a seus irmãos, os homens de Samaria.

Muitos planos contrários foram imaginados. O homem esperava apelar para a violência, a despeito das cartas do rei da Pérsia que Neemias trouxera consigo (ver Nee. 2.7 ss.). Assim, em certo sentido, era o norte contra o sul, uma vez mais. Os nortistas nada ganhariam por um sul ressuscitado, embora eles não fossem hebreus. Contudo, algum sangue hebreu estava misturado à raça dos samaritanos. Ver II Reis 17.24-41 quanto à origem dos samaritanos. Ver o artigo sobre eles no Dicionário.

Os judeus eram débeis, mas não desprovidos de poder. O plano diabólico deles, na opinião de Sambalá, tinha de ser interrompido antes que crescesse e se transformasse em ameaça real. Provavelmente o conselho se reuniu em Samaria e algum tipo de movimento foi organizado com vistas a “deter o trabalho de construção das muralhas”. Se o rei da Pérsia não tivesse dado seu apoio a Neemias, não haveria a menor esperança de que o trabalho de construção terminaria.

Os babilônios tinham feito um trabalho completo ao destruir Jerusalém e suas muralhas. Poderiam aqueles débeis judeus reverter a destruição, por assim dizer, “em um dia”? Foram necessários somente cinquenta e dois dias para fazer o trabalho de conserto das muralhas da cidade, tão entusiasmados estavam os operários judeus!

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1785.

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2. O Inimigo ataca com a arma do ESCÁRNIO (Ne 4.3,4; Jr 20.7; SI 79.4).

A resposta à ira e ao escárnio do inimigo é oração e ânimo para trabalhar. A primeira coisa que Neemias faz é uma oração imprecatória (4.4,5). Neemias nos ensina que a oração é a coisa mais prática que podemos fazer na crise, mas também que ela não é um substituto da ação. Neemias faz uma oração imprecatória por duas razões: Primeiro, porque os inimigos estavam provocando a própria ira de Deus.

O erudito C. F. Keil disse que eles desafiaram abertamente a ira de Deus, desprezando-O perante os construtores. Segundo, porque os inimigos estavam desprezando o próprio povo de Deus. A oração nos capacita a dar vazão ao que sentimos e nos capacita a olhar o problema da perspectiva de Deus. Quando oramos, nossa ira e nossos ressentimentos se dissipam. A oração é parte imprescindível da sanidade mental, diz Cyril Barber. E conhecida a expressão do ilustre médico Alex Carrel: “Já vi homens, depois que toda a terapia falhou, tirados da doença e da depressão pelo esforço sereno da oração”.

LOPES. Hernandes Dias. Neemias, O líder que restaurou uma nação. Editora Hagnos. pag. 66-67.

Era válida a tentativa de abrir o ataque com uma barragem de palavras.

É a arma mais antiga do inimigo, e na forma de ridicularização não precisa de munições baseadas nos fatos; nem sequer de argumentos. Nesta ocasião, a moral que atacou estava muito bem fundamentada para ser subvertida. As palavras doeram, mas não produziram o menor tremor de indecisão, somente indignação.

A ira e a ridicularização podem ser péssimos parceiros: uma zombaria para acabar com o caso precisa de controle-próprio para ser realmente esmagadora, e a ira de Sambalá demonstrou que estava mais preocupado do que queria admitir.

Seu desprezo, portanto, era uma pose, mas foi bem projetado.

Empregou as técnicas do demagogo: uma parada do exército (2a); um estadista visitante para apoiá-lo (3; ver sobre 2.10); numa fileira de perguntas retóricas. Era altamente eficaz dentro das suas próprias fileiras, como fica evidente nas atitudes de desprezo que adotaram para com os judeus depois disto (4) e no prazer evidente da multidão, cuja disposição pode ser adivinhada pela facécia de Tobias (3). Até mesmo partindo de um homem de importância, uma piada tão fátua precisa de um pouco de ajuda do ambiente.

Examinando as perguntas de Sambalá (2) com mais pormenores: quanto à rara palavra hebraica traduzida “restaurar” [ARA Permitir”].

A razão de ser de Sacrificarão? é provavelmente: Estes fanáticos farão os muros subir com oração? É a única esperança deles!

Darão cabo da obra num só dia? I.é, têm alguma ideia daquilo que estão empreendendo? E a pergunta final simplesmente exagera a destruição, porque havia bastante pedra disponível. As portas da cidade tinham sido queimadas, mas os muros não tinham sido calcinados, mas, sim, apenas derrubados (1.3; 2.13).

Kidner. Derek,. Esdras e Neemias Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão. pag. 97-98.

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3. O Inimigo chama a nossa atenção para a imensidade da tarefa.

O culto a Yahweh era o objeto de tudo quanto se fizesse em Jerusalém. Poderiam aqueles débeis judeus devolver a Judá o yahwismo? O original hebraico aqui é confuso e poderia significar “restaurarão eles?” Os sacrifícios poderiam significar a “proteção do poder divino, solicitado por meios ritualísticos”. Tais sacrifícios realmente fariam algum bem àqueles débeis judeus? Talvez eles sacrificassem para aplacar a ira de Yahweh, que trouxera destruição a Jerusalém, por causa dos pecados dos judeus. Porventura Yahweh agora daria a eles alguma atenção?

Que dizer sobre o material de construção? De que adiantariam aqueles tijolos quebrados e madeiras queimadas, deixados pelos babilônios e provavelmente por outros atacantes que se seguiram, após terem demolido parte das muralhas que Esdras havia construído (ver Esd. 9.9)? Mas haveria um suprimento do rei da Pérsia (Nee. 2.8), e isso tomaria possível o trabalho de construção.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1785.

As palavras dos inimigos

“Que fazem estes fracos judeus?” (O lhe que pobre grupo de incompetentes eles são!) “Permitir-se-lhes-á isso?” (A tarefa certamente está além de sua capacidade.) “Sacrificarão?” (Imaginam que algum exercício devocional extra fará os muros erguerem-se, com o por mágica?) “Acabá-lo-ão num só dia?” (Isto é, eles compreendem a enorme tarefa que abraçaram e quanto tempo ela tomará? Não têm a menor noção da realidade!) “Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?” (Não sabem que pedra queimada se esfarela?)

Na verdade, apenas os portões da cidade haviam sido queimados, – os muros tinham simplesmente desmoronado. Então, a maioria das pedras não fora calcinada e poderia ser reutilizada. Indubitavelmente, porém, a zombaria de Sambalate descera a um nível bem baixo, – seu humor, agora, predispunha-o a aceitar a pilhéria de Tobias (“vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedra”) como uma palavra de sabedoria (4.3). “Mesmo vinda de um homem importante, uma piada tão estulta carece de certa ajuda da atmosfera”, comenta Kidner, e ele está certo.

A resposta de Neemias a esta salva de artilharia na guerra de nervos foi impactante.

Com um cálculo cuidadoso, Sambalate tocara na insegurança interna, na incerteza pessoal e no medo de falhar que, neste mundo decaído, fazem parte da maioria das pessoas, e a experiência deve ter sido levada a proporções épicas aos envergonhados jerusalemitas.

O propósito de Sambalate era paralisar o esforço, por meio da indução ao desespero, e Neemias deve ter compreendido que ele poderia facilmente ser bem-sucedido. O moral, conquanto elevado, era frágil, e não levaria muito tempo a baixar.

Tampouco devemos supor que o próprio Neemias fosse imune ao impacto das palavras de Sambalate: ninguém sabia, melhor que ele, que os judeus eram fracos, que a empreitada era imensa, que não havia fórmulas secretas para o sucesso, que aquele serviço poderia vir a ser demasiadamente demorado, e que reutilizar pedras apanhadas no entulho de um muro demolido algum tempo atrás, seria um trabalho complicado e desanimador, sem nada do romantismo envolvido na construção de uma estrutura original, feita com materiais novos.

J. I. Packer. Neemias, Paixão pela fidelidade. Editora CPAD. pag. 112-114.

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4. O Inimigo usa contra nós os BOATOS e as MENTIRAS.

Então Sambalá me enviou pela quinta vez o seu moço. Palavras bondosas e fingidas não surtiram efeito, pelo que os inimigos dos judeus e de seu líder, Neemias, apelaram para uma abordagem mais drástica. Sambalá enviou seu servo para entregar em mãos uma carta a Neemias, acusando-o de sedição. Para o império persa, Neemias era um “rebelde”, um “traidor”. Ademais, era claro que Neemias tinha intenções de tomar-se rei, uma acusação manifestamente absurda. Como poderia Neemias e seu pequeno grupo de judeus estar planejando contra o império persa? A grande obra de Neemias seria apenas a medida preliminar de uma ‘obra maior* de rebelião, diziam na carta os seus inimigos. Talvez tudo quanto os adversários de Neemias quisessem dizer é que ele queria ser um reizinho de Judá. Isso ainda faria dele um traidor.

“A carta aberta era um insulto a uma pessoa com as qualidades de Neemias.

Os governadores dos países do Oriente sempre tinham muito cuidado ao enviar cartas, dobradas e postas em sacolas de seda de elevado preço, e cuidadosamente seladas. As circunstâncias da carta aberta mostravam o desprezo que Sambalate tinha por Neemias” (Adam Clarke, in loc.).

A carta ‘poderia ter sido uma folha de papiros sem selo; mais provavelmente ainda, era um ostracon, uma carta escrita em um fragmento de cerâmica… como aqueles conhecidos desde os tempos de Jeremias” (Raymond A. Bowman, in loc.). As cartas de Laquis fornecem exemplos disso. Ver no Dicionário o artigo chamado Laquis, seção IV.4.

Do teor seguinte. Evidências Colaboradoras. O réprobo Gesém (o arábio, Nee. 2.19; ou governador da Arábia, nomeado pela Pérsia) estava (alegadamente) espalhando o rumor de que o verdadeiro objetivo de Neemias em Jerusalém era tomar-se rei daquela cidade. Ele reavivaria o reino de Judá e tomar-se-ia uma ameaça ao império persa, caso não fosse eliminado prontamente. Os persas tratavam brutalmente com os usurpadores e, por isso, se essas fossem realmente as intenções de Neemias, ele faria bem, de fato, em salvar a própria vida, dando ouvidos aos seus adversários e saindo do negócio de sedição. Se todos esses rumores fossem verdadeiros, então o projeto da muralha era somente o primeiro passo de um plano mais ambicioso de restabelecer Judá como nação separada, livre do controle persa.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1793.

O inimigo usa várias armas.

Ele é versátil e tem várias máscaras. Para impedir a obra e desencorajar os obreiros eles usaram vários expedientes: Primeiro, espalharam boataria. Enviaram agora uma carta aberta. Aquilo era uma espécie de entrevista coletiva para falar uma série de coisas ruins sobre o líder Neemias. Aquela carta aberta era uma espécie de assassinato moral. Já que não podem matar Neemias, querem destruir sua reputação. Os inimigos querem espalhar confusão, medo, intriga e jogam informações mentirosas para se espalhar entre o povo.

Essa carta aberta tinha uma intriga perigosa que visava a espalhar mentiras acerca das reais intenções de Neemias. Há um princípio da psicologia que diz que as pessoas estão sempre prontas a acreditar no pior com respeito aos outros. Era como um saco de pena jogado do alto de uma montanha.

No século passado, na cidade de Denver, Colorado, Estados Unidos, quatro repórteres aguardavam ansiosamente a chegada de um famoso político, um senador da República, que haveria de visitar a cidade. Os repórteres posicionaram-se para receber o dito senador, um homem de projeção no país. Entrementes, para a frustração deles o senador não chegou, e eles ficaram tão desapontados e desiludidos que resolveram ir para o Oxford Hotel e começaram a beber. Durante toda aquela noite beberam em excesso.

Depois de embriagados, eles resolveram escrever uma matéria para o jornal que chamasse a atenção da população. De forma contundente escreveram um artigo que ganhou a manchete do jornal:

“A China anuncia a derribada de suas multisseculares muralhas”.

A notícia chegou à China como uma bomba e provocou uma grande confusão. Os chineses reagiram furiosamente, abrigando um grande ódio pelos ocidentais. Os cristãos ocidentais que moravam na China passaram a ser perseguidos. Essa malfadada notícia provocou na China a sangrenta Revolução dos Boxers.

Em maio de 1900, essa revolução se alastrou provocando grandes tragédias e a perda de milhares de vidas. Foi preciso que os Estados Unidos, a Inglaterra, a Alemanha, a França e o Japão se unissem para defender os ocidentais. Dezenove mil soldados aliados capturaram Pequim no dia 14 de agosto de 1900, mas naquele mesmo dia, 250 ocidentais foram assassinados naquela cidade. Só um ano depois é que o tratado de paz foi assinado. Contudo, os chineses expulsaram os estrangeiros da China. Esse fato medonho, provocado por uma mentira, foi o combustível para inflamar o nacionalismo chinês, encarnado na revolução comunista de 1949.

Aqueles quatro repórteres de Denver jamais poderiam imaginar que uma notícia inconsequente pudesse trazer transtornos, prejuízos e tragédias tão gigantescas, de proporções tão avassaladoras. Assim é o efeito da maledicência.

Segundo, questionaram a motivação do povo.

Dizem que o propósito da reconstrução do muro é se revoltarem contra a Pérsia. Terceiro, questionaram a motivação de Neemias. Dizem que Neemias tem um interesse pessoal na reconstrução: ser rei dos judeus. Quarto, acusam os obreiros de conspiração. Queriam intimidá-los perante o rei Artaxerxes. Já haviam conseguido isso uma vez (Ed 4.21). Quinto, acusam os obreiros de suborno religioso. Questionam agora a piedade de Neemias. Afirmam que Neemias não apenas é um rebelde político, mas um apóstata religioso.

LOPES. Hernandes Dias. Neemias, O líder que restaurou uma nação. Editora Hagnos. pag. 100-102.

9 Lição 3 Tri 20 – Como vencer as oposições à obra de Deus

5. O Inimigo usa como arma a ASTÚCIA.

Enviei-lhes mensageiros a dizer. Neemias teve a cortesia de dar resposta aos seus traiçoeiros convidadores. Ele enviou mensageiros desculpando-se de que não tinha tempo para tal reunião, porquanto não podia deixar a grande obra que estava fazendo meramente para ter uma conversa com eles. Se ele atendesse ao convite, o trabalho cessaria, e isso seria intolerável para Neemias. Foi dessa forma que Neemias tratou sutilmente com seus inimigos, conforme tinha (presumivelmente) sido sutilmente tratado por eles. Ele não expressou seus temores de um conluio de assassinato.

Ele simplesmente “não tinha tempo” para deixar o trabalho. A Septuaginta deixa a porta aberta para a reunião, em contraste com o original hebraico, que fecha a porta em termos nada duvidosos. A Septuaginta diz: “Assim que eu terminar o trabalho, irei até vós”. Algumas vezes, a Septuaginta preserva um texto mais antigo do que o dos manuscritos hebraicos existentes, conforme fica demonstrado pelos Manuscritos (Rolos) do Mar Morto. Se eles quisessem provar boas intenções, ele nem quis saber.

Um Homem de Propósitos.

Em primeiro lugar, a mente de Neemias voltava-se para o trabalho. Nessa disposição, ele entrou em uma causa maior do que ele mesmo, e atirou-se ao trabalho. E não deixou o trabalho por fazer enquanto este não se completou. Ele poderia ter permanecido na vida fácil da Babilônia, recebendo seu gordo salário como copeiro do rei e tendo muitos dias feriados nos quais se devotar aos prazeres. Neemias, porém, não era esse tipo de homem. Nenhum homem que faz muito com a sua vida é esse tipo de homem.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1793.

Veja com que sabedoria divina ele rejeitou a proposta.

Seu Deus o instrui (veja Is 28.26) a dar a eles essa resposta prudente pelos seus próprios mensageiros: “Estou fazendo uma grande obra, estou muito ocupado, e estou relutante em deixar a obra parada para descer” (v. 3). Seu cuidado era para que a obra não parasse; ele sabia que isso poderia acontecer, caso a deixasse; e por que cessaria esta obra e iria ter convosco?

Ele não menciona sua desconfiança, nem os repreende pelos seus planos traiçoeiros, mas apresenta-lhes uma boa razão e uma das verdadeiras razões por que não estava disposto a ir. O elogio sempre deve dar lugar ao trabalho. Aqueles que são tentados a perder tempo com reuniões frívolas organizadas pelos seus companheiros infrutíferos devem responder à tentação desta maneira: “Temos trabalho a realizar, e não devemos negligenciá-lo”.

Eles o atacaram quatro vezes com a mesma solicitação, e Neemias sempre lhes retornou a mesma resposta, o que, podemos supor, era muito vexatório para eles; pois eles realmente almejavam a descontinuidade da obra, e ver que o seu empreendedor estava tão aplicado nela os faria desanimar.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. pag. 821.

9 Lição 3 Tri 20 – Como vencer as oposições à obra de Deus

6. O Inimigo usa como arma as AMEAÇAS.

Porém nós oramos ao nosso Deus. Confiando na oração e nas armas de guerra, os judeus não se deixaram intimidar; eles trabalhavam e vigiavam. A Vulgata também diz que eles puseram um vigia para espiar o inimigo que poderia estar-se aproximando, dando tempo aos judeus para se armarem para uma possível batalha. A versão Peshitta diz que o vigia era “sobre nós” (os judeus). O hebraico diz literalmente “do rosto deles” (cf. Gên. 7.7; Jer. 35.11), expressão idiomática que significa “contra eles”,

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1786.

Como Neemias enfrentou a pressão e o ataque dos inimigos?

A primeira arma que Neemias usou foi a oração (4.9). Neemias era um homem prático, um administrador por excelência. Ele tinha a capacidade de fazer as perguntas certas, de contatar as pessoas certas, de mobilizar essas pessoas, levantar seu ânimo e desafiá-las para uma grande obra. Mas Neemias sabia que o sucesso da obra de Deus depende também e sobretudo de oração. Esse grande líder sabe que fé (oração) e obras (puseram guarda) andam juntas. A oração não é um substituto da ação. Não podemos enfrentar os inimigos sem o socorro de Deus, sem a ajuda do céu.

A segunda arma que Neemias usou contra os inimigos foi a vigilância constante (4.9). Não basta orar, é preciso vigiar. Precisamos manter os olhos abertos. E preciso existir estreita conexão entre o céu e a terra, confiança e boa organização, fé e obras. Precisamos estar atentos aos ardis, laços e ciladas do inimigo. Precisamos vigiar sempre, de dia e de noite. Muitos caem porque deixam de vigiar. Sansão caiu não diante de um exército, mas no colo de uma mulher. Davi não perdeu a mais importante batalha da sua vida no campo de guerra, mas na cama do adultério. O apóstolo Pedro, porque não vigiou, dormiu; porque dormia na hora que devia orar, negou o seu Senhor.

LOPES. Hernandes Dias. Neemias, O líder que restaurou uma nação. Editora Hagnos. pag. 68.

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III – QUAL O SEGREDO DA VITÓRIA DE NEEMIAS E DOS JUDEUS?

1. Os judeus venceram porque tinham certeza de que estavam na vontade de Deus.

Então lhes respondi: O Deus dos céus. Uma vez mais, o cronista usou a expressão “Deus dos céus”, que anoto em Esd. 1.2, onde faço referência às suas ocorrências. O apelo de Neemias era para um Tribunal Superior. O que poderiam fazer aqueles delegados persas contra ele? Prosperidade era a palavra do dia, dirigida da parte de Yahweh-Elohim.

A prosperidade de Neemias significa que ele executaria a missão que viera cumprir em Jerusalém, provendo proteção para os judeus e revertendo o estado de desintegração que tomara conta da cidade. Afinal, os judeus eram os servos, delegados de Elohim, o Poder. Em contraste os oponentes não tinham parte nem herança em Jerusalém; eram como turistas ali.

O senso de missão de Neemias estava por trás tanto da vontade divina como do decreto do rei da Pérsia. Ele e seus associados eram obreiros de Deus.

Porque de Deus somos cooperadores; Lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós. (I Coríntios 3.9)

Se Neemias seria lembrado pelo seu labor (até hoje nos lembramos dele), “não haveria de restar, mesmo na memória dos homens, uma fagulha sequer de evidência de que os oponentes tiveram alguma conexão com o território de Judá’ (Raymond A. Bowman, in kx.). Cf. a resposta de Esdras aos samaritanos, em Esd. 4.3.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1780.

A soberania de Deus e a responsabilidade humana sempre caminham de mãos dadas.

Deus é soberano, mas o homem é responsável. Vejamos, aqui, duas verdades fundamentais:

Em primeiro lugar, a bênção divina é a base para a restauração da igreja (2.20).

Sem a ajuda de Deus, o nosso trabalho é vão. “Se o Senhor não edificar a cidade, em vão trabalham os que a edificam” (SI 127.1). A reforma da igreja é feita não por força nem por violência, mas pelo Espírito de Deus (Zc 6.4). Jesus disse: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15.5). Paulo pergunta: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rra 8.31). “Maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo.”

A confiança em Deus é o maior incentivo à obra. Isso sugere poderosa proteção. “O Deus dos céus…” (2.20). Isso sugere também providencial vitória: “[…] é quem nos dará bom êxito” (2.20). Quem confia em Deus não teme os adversários.

Em segundo lugar, a soberania de Deus não anula a responsabilidade humana (2.20b).

A vitória vem de Deus, mas nós precisamos empunhar as ferramentas de trabalho e as armas de combate. E preciso se dispor e reedificar.

Concluindo, precisamos tirar desse texto estudado algumas lições práticas. Avalie antes de agir; investigue antes de motivar; silencie antes de falar; dê seu exemplo antes de conclamar os outros; mexa com o coração das pessoas antes de mover suas mãos; dependa de Deus, resista aos inimigos, coloque a mão na obra e a reforma acontecerá.

LOPES. Hernandes Dias. Neemias, O líder que restaurou uma nação. Editora Hagnos. pag. 53-54.

9 Lição 3 Tri 20 – Como vencer as oposições à obra de Deus

2. Os judeus venceram pela oração Neemias era homem de oração.

Na oração, Neemias pediu a Deus para lutar a batalha por ele. Ele não negou seus sentimentos, antes admitiu que se sentia despreza- do. A oração de Neemias foi de natureza imprecatória e se assemelha a muitos dos Salmos imprecatórios. Neemias julgou corretamente que o pecado do inimigo não era contra ele, mas contra Deus; por isso, ele fez o pedido, visto que eles provocaram Deus à ira, de que Deus não deveria prover expiação e perdão para os seus pecados.

É impor- tante lembrar que a oração de Neemias foi descritiva, não prescritiva. Como seguidores de Cristo, não estamos autorizados a fazer esses tipos de orações por causa dos ensinos de Jesus, que nos instruem a amar nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem (Mt 5.44-45). De acordo com a oração de Neemias, o trabalho avançou devido à renovada calma e unidade dos trabalhadores.

A oração é fundamental para fazer a obra de Deus, bem como o planejamento, mas chega um momento em que temos que nos levantar de nossos joelhos e começar a trabalhar. Sob a liderança de Neemias, o povo se uniu para fazer a obra de Deus e completou metade da altura do muro, apesar da zomba- ria e das provocações do inimigo.

Kidner. Derek,. Esdras e Neemias Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão. pag. 129.

Sua oração cristaliza-se em um duplo rogo:

1. O rogo pelo amparo divino aos seus servos Este é o significado de “Ouve, ó nosso Deus, que som os tão desprezados… pois que te irritaram defronte dos edificadores”. Neemias está pedindo que Deus considere o efeito debilitante das palavras de Sambalate e conceda novas forças e confiança aos trabalhadores.

2. O rogo pelo julgamento divino sobre os inimigos. Este é o significado de “caia o seu opróbrio sobre a sua cabeça… E não cubras a sua iniquidade, e não se risque diante de ti o seu pecado”. Neemias não está expressando vingança pessoal contra Sambalate e Tobias, mas zelo por Deus, para que vingue a si mesmo contra eles, por se oporem ao Senhor.

O mesmo ocorre em vários salmos imprecatórios, nos quais o Deus de justiça é solicitado a inverter situações onde o poder pareceu certo, e o crime, recompensado. Aqui, também, é central o desejo de que, para o seu louvor, Deus trate os ímpios conforme merecem.

Encontramos, hoje, certa dificuldade nas orações bíblicas que rogam a vingança de Deus, em parte por causa de sua exuberância de expressão própria do oriente, que aos nossos ouvidos soa sedenta de sangue e cheia de satisfação maligna (detalhes imaginativos sobre a expectativa malfazeja de alguém são culturalmente inaceitáveis aos ocidentais), – mas, principalmente, porque o zelo puro pela glória de Deus expresso nessas orações é estranho aos nossos corações espiritualmente morosos.

O princípio-chave aqui é declarado em Salmos 139.21,22: “Não aborreço eu, ó Senhor, aqueles que te aborrecem, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?

Aborreço-os com ódio completo, – tenho-os por inimigos”. Quanto mais nos aproximamos desse estado de espírito, que é um processo secundário do desejo de que seja feita a vontade de Deus, de que venha o seu Reino, e de que o seu nome seja santificado e glorificado menos problemas terem os com súplicas por vingança.

Ouvimos, às vezes, que tais orações são um fenômeno do Antigo Testamento deixado atrás pelo Novo e, implicitamente, condenado por ele. Todavia, não é assim. N o livro de Apocalipse, os mártires clamam: “Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (6.10).

E quando a Babilônia, emblema do orgulho, da ganância, insensibilidade e crueldade mundanos, é finalmente derrotada, os santos e os anjos unem-se na canção: “Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor, nosso Deus, porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos…

Aleluia! E a fumaça dela sobe para todo o sempre” (19.1-3).

O que nos está sendo mostrado aqui é que quando os cristãos chegarem ao céu, tendo a santificação completada e a mente plenamente conformada à de Cristo, com o é a mente dos anjos, regozijar-se-ão para sempre, não apenas pelas misericórdias com que Deus glorificou-se a si mesmo em suas vidas, mas também pelos julgamentos com que se vindicou contra aqueles que o desprezam.

Os cristãos têm dificuldade em acreditar nisso porque, sendo pecadores imperfeitamente santificados no presente, experimentam grande sentimento de solidariedade para com outros pecadores e bem pequeno senso de com o Deus é glorificado em seus julgamentos retribuidores. Contudo, não há dúvidas de que aprender a louvar a Deus por seus julgamentos, não menos que por suas misericórdias, é algo que todos os santos devem antegozar como parte da instrução divina para a sua vida de santidade.

J. I. Packer. Neemias, Paixão pela fidelidade. Editora CPAD. pag. 114-116.

9 Lição 3 Tri 20 – Como vencer as oposições à obra de Deus

3. Devemos também orar (1 Ts 5.17).

A ideia de harmonia com o céu se relaciona naturalmente com a próxima exortação: Orai sem cessar (17; “orai perseverantemente”, NTA; “nunca desistais da oração”, Moffatt; “nunca deixem de orar”, CH). A palavra grega traduzida por orai é um termo geral que abrange todas as formas de comunhão. Orar é muito mais que falar com Deus; é também ouvir a Deus, comungar com Deus, depender conscientemente de Deus.

É o hábito de elevar o coração a Deus. O conceito aqui implica em padrão e hábito de vida deliberadamente escolhidos (cf. Rm 12.12; Ef 6.8; Cl 4.2). A perseverança na oração não é automática, nem fácil, mas a alegria do Senhor é sustentada somente pela oração.

Fazendo uma exposição dos versículos 16 a 18, Alexander Maclaren analisa o tema “A Oração Ininterrupta e Seus Efeitos”: 1) O dever da oração ininterrupta, 16; 2) O dever da alegria ininterrupta, 17; 3) O dever da gratidão ininterrupta, 18.

Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Efésios. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 398-399.

Paulo ordena que seus leitores orem “sem cessar” (v. 17).

O apóstolo testificou o quanto ele mesmo orou por eles (1.3; 3-10; 2 Ts 1.11), desse modo, foi um modelo do papel crítico desempenhado pelo crente que ora. A noção de orar sem cessar não significa que os cristãos conversem somente com Deus a todo momento. Antes, precisamos estar conscientes das necessidades e capacidades que temos de nos relacionarmos com Deus por meio de nossas petições, ação de graças e louvores; portanto, precisamos perseverar em oração (Baice, 124; cf. Rm 12.12). Uma contínua preferência pela oração cultiva a consciência da presença de Deus tanto no aspecto secular quanto espiritual, e faz com que a vida seja santificada e feliz;

A terceira atitude que Paulo aprecia é dar graças em todas as circunstâncias (v. 18). Quando ora, Paulo pratica o que prega (1.2; 2.13; 3-9; 2 Ts 1.3; 2.13). O princípio de ser agradecido e de se regozijar não deve se restringir aos temas positivos da vida que tão facilmente evocam a gratidão (observe o valor enfático de “em tudo”). Uma distinção precisa ser feita entre ser grato por tudo (mesmo pelo mal que nos acontece) e ser grato em todas as coisas (boas ou más).

Paulo mais tarde demonstra como pode manter um nível equilibrado de contentamento em quaisquer circunstâncias — Cristo lhe dá forças para estar contente (Fp 4.11-13).

O apóstolo está absolutamente convencido de que sua vida está nas mãos de Deus, sendo fortemente controlada por Ele. Pode, portanto, ser grato mesmo no sofrimento, pois sabe que Deus está trabalhando em todas as coisas para o bem e que nada anulará sua herança em Cristo (Rm8.28,38,39).

O que sabe ser verdadeiro a respeito de sua própria situação, sabe que também é verdadeiro em relação à situação dos filhos de Deus em Tessalônica. Têm muito a agradecer, não só por terem sido salvos da ira de Deus (1 Ts 1.10; cf. 2 Co 9-15), mas também porque um dia se unirão ao seu Salvador por toda a eternidade (1 Ts 4.17). Nesse ínterim, devem ser fortalecidos pela gratidão à medida que vivem na suficiência da força onipotente e gloriosa que Deus preparou por meio do Espírito Santo (3.13; 4.8).

FrenchL. Arrington e Roger Stronstad.Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. pag. 1404-1405.

9 Lição 3 Tri 20 – Como vencer as oposições à obra de Deus

A. É IMPEDIR QUE ALGUMA COISA NOS ESTORVE A ORAR, ENCONTRANDO-NOS APENAS NA ORAÇÃO.
Marta, porém, andava distraída em muitos serviços (40) é, literalmente,

“Marta estava distraída com os afazeres domésticos”. E aproximando-se… Os termos gregos desta frase indicam uma repentina suspensão de sua situação febril – de uma maneira desesperada ou exasperada. Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir só? Esta frase também carrega uma marca de exasperação e agitação. Uma tradução literal seria: “O Senhor não se importa que a minha irmã me deixe sozinha?”

Ela não só culpou sua irmã, mas estava também agitada e um tanto impaciente com o Senhor por permitir que a sua irmã a desamparasse. De fato, ela parecia sugerir que o Senhor estava encorajando Maria a negligenciar o seu dever. A palavra traduzida como deixe, significa “dar as costas”. Isto também sugere que Maria estava ajudando sua irmã, mas deve ter parado e ido ouvir Jesus.

Dize-lhe, pois, que me ajude – literalmente, “fale para ela”. A palavra pois indica que Marta tem certeza de que suas afirmativas anteriores justificavam seu pleito por completo, e condenavam Maria. A implicação é: Já que meu pleito ficou irrefutavelmente demonstrado, dá-lhe a ordem. Marta estava, obviamente, confiante de que estava certa – e que havia sido tratada injustamente.

Marta, Marta (41).

Spence destaca que “há várias instâncias notáveis desta repetição do nome pelo Mestre na história do Novo Testamento e, em cada caso, aparentemente em amor compassivo”. Ele se refere a “Simão, Simão”, em Lucas 22.31; “Saulo, Saulo” em Atos 9.4; etc. Estás ansiosa e afadigada com muitas coisas. A palavra grega traduzida como Estás ansiosa significa “preocupada” ou “atrapalhada com os cuidados”. Jesus está dizendo que ela está muito preocupada com muitas coisas não tão importantes.

Uma só é necessária (42).

Note o contraste entre as muitas coisas com as quais Marta se preocupava e a única coisa que era necessária. As “muitas coisas” de Marta eram materiais, físicas e sociais; a “única coisa” (“Uma só”) de Maria era espiritual e de significado eterno. Marta não estava escolhendo o errado no lugar do certo, mas o incidental em lugar do mais importante, o temporal em lugar do eterno.

Jesus tinha vindo a esta casa como Convidado. Marta estava cuidando, febrilmente, de muitas coisas para ser agradável e entreter. Mas essas coisas não eram necessárias. O principal interesse dele não era ser recebido de braços abertos e nem com uma mesa farta, mas sim com corações abertos e uma oportunidade de servir o seu Alimento a eles.

Este pleito podia ter uma implicação secundária. Marta estava preparando uma refeição suntuosa e o trabalho extra a estava prejudicando mais do que a comida adicional ajudaria o Mestre.

A boa parte era uma expressão comum, significando a parte honrada de uma festividade. Maria escolhera com sabedoria. Ela sabia qual parte era a mais desejável e a mais nobre, e a escolheu. Há uma finalidade sugerida em conexão com este pensamento. Jesus garante essa finalidade ao dar apoio à escolha dela: a qual não lhe será tirada. A figura que permeia toda a passagem é a da festividade, e o Mestre transmite a sua mensagem ao colocar a festa espiritual acima da material.

Charles L. Childers. Comentário Bíblico Beacon. Lucas. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 416-417.

Jesus não tinha vindo sozinho – tinha consigo doze discípulos, e todos precisavam ter seus pés lavados, tinham que ser acomodados, e precisavam ter uma refeição.

No mundo antigo uma anfitriã respeitável honraria seus hóspedes com todas estas cortesias. A impressão aqui, entretanto, é que Marta estava exagerando. Ela queria oferecer algo especial ao Mestre, mas devido a estes afazeres chegou a estar distraída, sobrecarregada e incapaz de desfrutar a presença destes convidados.

Numa tentativa de servir a Jesus, ela não entendeu ou percebeu a razão pela qual Jesus estava ali. Maria, no entanto, assentando-se… aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Ela estava aproveitando a oportunidade de ouvir a Jesus. Marta, por sua vez, queria dar aos seus convidados um tratamento real – e não deveria ser criticada por isto. Contudo, ela permitiu que a sua preocupação se transformasse em irritação.

Ela foi até Jesus e pediu-lhe para dizer a Maria que se levantasse e fosse trabalhar. Há um tom de reprovação nas suas palavras.

Jesus não culpou Marta por estar preocupada com a preparação da refeição, nem a repreendeu por tentar receber bem a Ele e a seus discípulos. Mas Ele queria que ela entendesse que, por estar tão ansiosa, não estava tendo tempo para o que era mais importante – aquilo que Maria demonstrava através de sua atitude. Jesus queria que Marta reorganizasse suas prioridades.

E possível que o ato de servir a Cristo degenere transformando-se em uma mera ocupação que já não mais será uma devoção completa a Deus. Talvez ela pudesse ter preparado uma refeição menos abundante, para ter também tempo de sentar-se aos pés de Jesus e ouvir seus ensinos. Mas Jesus não iria mandar que Maria se retirasse para ajudar nas tarefas da casa. Ela tinha escolhido estar aos pés de Jesus, e Jesus sabia que Ele não iria estar nesta terra para sempre. O seu tempo seria curto, e Ele não despediria aqueles que queriam ouvi-lo e aprender.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 397.

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B. É PERSISTIR EM ORAR, AINDA QUE O DIABO PROCURE TORNAR PESADA E DIFÍCIL A ORAÇÃO.

O Príncipe da Paz e os príncipes terrenos (10.2—11.1). Mais uma palavra confortadora vem da experiência de Daniel. O Senhor que cuida presta atenção às nossas orações. Três semanas Daniel esteve orando em santo desespero. Porventura Deus o tinha ouvido? O Ser resplandecente fala: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia […] são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras (12).

Enquanto João viu o Filho do Homem no meio do castiçal, no âmbito da Igreja, Daniel viu o “homem vestido de linho” no meio de uma batalha com governos terrenos. O mesmo Cristo eterno, que veio para ser revelado à Igreja e por meio dela, também tem se preocupado com o curso da história humana.

Não sabemos exatamente o que significavam as três semanas de luta com o príncipe do reino da Pérsia (13) e qual foi a possível consequência dessa luta. Deve ter sido difícil e intensa para que Miguel viesse ajudá-lo. A maioria dos intérpretes entende que príncipe (sar) usado nesse texto refere-se a seres sobrenaturais que tinham uma influência importante sobre as nações. Visto que o príncipe dos persas bem como o príncipe da Grécia (20) estavam em conflito com o Ser glorioso e seu ajudante, Miguel, parece evidente que pelo menos alguns desses não são anjos.

Uma das responsabilidades especiais do arcanjo Miguel é o bem-estar do povo de Israel.

Chamado em 10.13 como um dos primeiros príncipes, ele é conhecido em 10.21 como Miguel, vosso príncipe. Judas 9 nos relata que foi “o arcanjo Miguel” que “contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés”. Novamente João nos conta que Miguel e suas hostes celestiais batalharão contra o dragão e o expulsarão das regiões celestiais (Ap 12.7-9). Esse príncipe, um dos príncipes mais elevados do céu, sujeito ao Redentor de Israel, tem um importante papel sobre o destino de Israel. Daniel o viu nessa ocasião como “alguém que parecia um homem mortal” (16, Moffatt).

Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 540.

Deus enviou a Daniel um mensageiro, que foi detido durante três semanas por um poderoso ser espiritual (“o príncipe do reino da Pérsia”). Daniel persistiu em oração e jejum, e o mensageiro de Deus finalmente chegou, assistido por Miguel, o arcanjo. Respostas ás nossas orações podem ser retardadas por obstáculos invisíveis. Não espere que as respostas de Deus cheguem com muita facilidade ou muita rapidez. Visto que a oração pode ser desafiada por forças malignas, ore ainda com mais fervor e seriedade. Então, espere em Deus para que a resposta venha no tempo certo.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 1109.

C. É ORAR ATÉ QUE VENHA A RESPOSTA! DEVEMOS ORAR “ATÉ QUE…” (IS 62.8; LC 24.49).

Jesus deixou os três discípulos e retornou à sua conversa com o Pai (26.39).

Jesus voltou novamente aos três discípulos e achou-os adormecidos. Apesar do seu aviso de que eles deveriam permanecer vigilantes, e orando para não ceder às tentações vindouras, os seus olhos estavam carregados. Jesus foi orar pela terceira vez. Durante estes períodos de oração, a batalha foi ganha. Jesus ainda tinha que ir até a cruz, mas Ele se submeteria humildemente à vontade do Pai e realizaria a tarefa apresentada diante dele.

Depois de muito tempo em oração, Jesus estava preparado para enfrentar a sua hora, que significava que tudo o que Ele tinha predito sobre a sua morte estava prestes a acontecer (veja João 12.23,24). Os discípulos tinham perdido uma excelente oportunidade de conversar com o Pai, e não haveria mais tempo para fazê-lo, pois a hora de Jesus era chegada. Assim, Jesus não lhes disse novamente para orar. Jesus tinha passado as últimas horas com o Pai, lutando com Ele, e submetendo-se humildemente a Ele. Agora Ele estava preparado para enfrentar o seu traidor e os pecadores que estavam vindo para prendê-lo.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 156.

Jesus e os discípulos deixam a cidade e atravessam o vale de Cedrom, ao oriente do monte das Oliveiras, especificamente para o jardim do Getsêmani (que significa “lagar de azeitonas”).

O Evangelho de João diz que era um horto ou jardim (Jo 18.1), e Lucas nota que Jesus ia ali com frequência (Lc 22.39). Jesus leva consigo Pedro e os filhos de Zebecleu. Talvez porque Pedro tivesse sido designado o principal apóstolo (veja comentários sobre Mt 16.16-19) e porque Tiago e João tinham inconscientemente se oferecido para beber o cálice de Jesus (Mt 20.20-23)- Estes três discípulos também tinham testemunhado a transfiguração de Jesus (Mt 17.1-8).

Mateus registra três sessões de oração angustiada; Jesus “está cheio de tristeza” (perilypos, Mt 26.38; veja também Sl 42.6; 43.5).

Jesus se prostra com o rosto em terra, para demonstrar não só a agonia de alma, mas também sua submissão ao Pai (Mt 26.39). Jesus se dirige a Deus por “meu Pai” e pergunta “se é possível” que o cálice lhe seja removido. Aqui o cálice é o sofrimento e morte iminentes (veja comentários sobre Mt 20.20-23).

Jesus volta aos três discípulos e os encontra dormindo, presumivelmente exaustos pela tensão dos últimos dias. Ele os reprova dirigindo-se a Pedro como o líder entre eles (veja comentários sobre Mt 16.16- 19). Até nos momentos de maior necessidade e agonia Jesus expressa preocupação pelos discípulos, pois a ordem para eles vigiarem é em favor tanto deles quanto dEle próprio.

Eles devem orar a fim de evitar a tentação, que é referência à provação que eles estão prestes a passar, na qual como grupo se comportarão inadequadamente. Repare o paralelo entre esta ocasião de oração e a da Oração do Senhor: “Pai”, “seja feita a tua vontade” e “não nos induzas à tentação” (Mt 6.9-13). Jesus praticou o que pregou; Ele orou. Talvez Mateus veja as três orações distintas de Jesus em contraste com as três negações de Pedro (Mt 26.69-75).

A palavra “hora” indica que um acontecimento crucial é iminente (v. 45).

O título “Filho do Homem” é unido tipicamente com o sofrimento e a morte de Jesus. Visto que Ele sabe que Judas está prestes a traí-lo, Ele ordena que os discípulos se levantem e partam! Jesus está no controle da traição, pois é parte necessária do plano de redenção e cumprimento da Escritura. Na verdade, o que Ele está dizendo é: “Levantai-vos, vamos encontrar o meu traidor”. Ninguém tomará a vida de Jesus; Ele se entrega por livre vontade (Jo 10.18).

FrenchL. Arrington e Roger Stronstad.Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. pag. 142.

D. É UMA PROVA DE QUE O ESPÍRITO DE ORAÇÃO OPERA EM NÓS (ZC 12.10; RM 8.26; EF 6.18; JD 20).

A oração deve estar atada a todas as outras partes da nossa armadura cristã (v. 18). Devemos unir a oração com todas essas virtudes, para nossa defesa contra esses inimigos espirituais, implorando a ajuda e o socorro de Deus, conforme a necessidade do momento: e sempre devemos orar. Não que não devamos fazer nada além de orar, porque há outras obrigações da religião e das nossas respectivas posições no mundo que precisam ser feitas no seu lugar e época; mas deveríamos manter constantes períodos de oração e ser constantes nelas. Devemos orar em todas as ocasiões e sempre que nossas necessidades ou as de outros assim o requererem.

Devemos sempre conservar uma disposição para orar e devemos misturar orações fervorosas com outros deveres e interesses comuns. Embora as orações solenes e convencionais possam às vezes parecer sem motivo (como quando outras obrigações precisam ser realizadas), no entanto orações fervorosas e piedosas nunca podem ser assim. Devemos orar “…com toda oração e súplica”, com todos os tipos de oração: pública, privada, secreta, social e solitária, solene e repentina; com todas as partes da oração: confissão de pecado, petição por misericórdia, e ações de graça pelos favores recebidos.

Devemos orar “…no Espírito”’,

nossos espíritos devem estar envolvidos nessa tarefa e devemos fazê-lo pela unção do bom Espírito de Deus. Devemos vigiar nisso, esforçando-nos para manter nosso coração em uma disposição de oração e aproveitar todas as ocasiões para essa função: devemos vigiar todos os movimentos do nosso coração em relação a essa função. Quando Deus diz: “Buscai o meu rosto”, nosso coração precisa concordar (SI 27.8).

Devemos fazê-lo “…com toda perseverança”. Devemos persistir no dever da oração, independentemente da mudança que possa haver em nossas circunstâncias exteriores; e devemos continuar com essa atitude enquanto vivermos no mundo. Devemos perseverar na oração particular; não abreviando-a, quando nosso coração está disposto a estendê-la e quando houver tempo e necessidade para tal. Também devemos perseverar em pedidos particulares, apesar de alguns desalentos e repulsas atuais.

E devemos orar com súplica, não somente por nós mesmos, mas “…por todos os santos”. Porque somos membros uns dos outros. Considere isso: Ninguém é tão santo e está em tão boa condição neste mundo que não necessite das nossas orações; por isso devemos continuar orando. O apóstolo passa então à conclusão da epístola.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 606.

A Oração por Todos os Santos, 6.18-20

Certos comentaristas consideram que a oração é a sétima peça da armadura do cristão, entretanto é mais razoável acreditar que Paulo finaliza a metáfora com a referência à “espada do Espírito” ao término do versículo 17. É verdade que ele ainda se preocupa com a vitória do cristão na luta. O particípio orando está ligado com todas as ordens precedentes (10-17). Foulkes sugere que o apóstolo está dizendo: “Cada peça colocada com oração, e depois ainda continuai com toda oração e súplica”.

O soldado cristão consegue se manter fiel, sendo bem-sucedido na resistência aos inimigos espirituais, somente quando permanece em espírito de oração, sempre pronto a pôr suas necessidades diante do Senhor. A palavra mais geral para referir-se à oração é proseuche, enquanto que súplica provém da palavra deesis, que transmite o significado de “solicitação” ou “petição”.

1. Orar sempre (6.18)

Em todo tempo é tradução da expressão en panti kairo, que pode ser traduzida por “em todas as ocasiões” (NVI), “o tempo todo” (BV), “sempre” (NTLH). Kairos às vezes tem a força de circunstância especial e, por conseguinte, neste contexto, significaria “na ocasião do conflito”. O mais provável é que se refira à oração habitual e constante. Em 1 Tessalonicenses 5.17, Paulo exorta os crentes: “Orai sem cessar”. Nosso Senhor declarou que as pessoas devem “orar sempre e nunca desanimar” (Lc 18.1, BAB, NTLH, NVI). A constância em oração é imperativa para a vitória.

2. Orar no Espírito (6.18)

No Espírito não se refere ao espírito humano com sua capacidade de devoção e ardor, mas ao Espírito Santo, que é quem poderosamente inspira e intercede. Ele nos ajuda a formular as petições de acordo com a vontade de Deus (cf. Rm 8.26,27).

3. Orar com Toda Perseverança e Súplica por todos os Santos (6.18)

Vigiando (agrypnountes) transmite a ideia militar de “manter-se alerta”. Os cristãos têm de ser vigilantes em oração, não se permitindo a indiferença. Esta é a única maneira de estarmos preparados. Perseverança está relacionada à súplica por todos os santos.

Beare comenta: “A agilidade incansável do cristão deve ser mostrada especialmente na intercessão perseverante a favor de todos os seus companheiros de luta”. A unidade na luta contra o mal é absolutamente necessária. A oração, portanto, tem de ser altruísta. Erdman observa: “O crente luta com mais valentia e coragem quando sabe que não está só”. E sobretudo quando ele percebe que os outros estão “firmes com ele em oração”.

Na passagem de 6.10-18, temos “A Vida Cristã é uma Guerra Real” ou, talvez, “Tirar o Melhor da Vida significa Colocar o Melhor na Vida”. Paulo sugere alguns fatores-chave, aos quais devemos prestar toda a atenção: 1) Determinação e firmeza, 13; 2) Verdade, 14; 3) Conduta correta, 14; 4) Paz com Deus e com nossos semelhantes, 15; 5) Fé, 15; 6) Experiência pessoal de salvação, 16; 7) Uso da Bíblia, 16; 8) Oração, 18; 9) Testemunho pessoal e intercessão pelos outros, 18 (A. F. Harper).

Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Efésios. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 199-200.

ELABORADO: Pb Alessandro Silva.

9 Lição 3 Tri 20 – Como vencer as oposições à obra de Deus

1 Lição – Daniel ora por um despertamento

2 Lição – Despertamento Espiritual – um milagre

3 Lição – O Despertamento renova o altar

4 Lição – A Construção do Templo enfrentou oposição

5 Lição – Zorobabel recomeça a construção do Templo

6 Lição – Neemias reconstrói os muros de Jerusalém

7 Lição – O povo de Deus deve separar-se do Mal

8 Lição – As causas da desunião devem ser Elienadas

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