9 LIÇÃO 3 TRI 21 O REINADO DE JOÁS

 

9 LIÇÃO 3 TRI 21 O REINADO DE JOÁS

9 LIÇÃO 3 TRI 21 O REINADO DE JOÁS

 

TEXTO AUREO

“No te desamparem a benignidade e a fidelidade ota-os ao teu pescoço escreve-as no tábua do teu coração e achando graça e bom entendimento aos olhos de Deus e dos homens.” (Pv 3.3.4)

 

VERDADE PRATICA

Para ter uma vida de constante comunhão com Deus é necessário abandonar todo tipo de idolatria, e confiar nEle inteiramente.

LEITURA DIARIA

 

Segunda – Pv 16.20-22 Quem confia no Senhor e aceita sua palavra, encontra vida

 

Terça – Sl 1.1 Bem-aventurado é aquele que não ouve maus conselhos

 

Quarta -1 Tm 6.11 O Senhor nos orienta a nos mantermos firmes na fé e na justiça

 

Quinta –  Pv 13.13 Há esperança para os que ouvem e obedecem aos sábios conselhos da Palavra

 

Sexta – Rm 15.4 A Bíblia é a base para se manter a constância e a esperança

 

Sábado – 2 Co 13.11 A unidade contribui para o amor e a paz

 

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

 

2 Reis 11.1-3; 12.1-5,17-21

 

2 Reis 11

 

1- Vendo, pois, Atalia, mãe de Acazias, que seu filho era morto, levantou-se e destruiu toda a descendência real

 

2- Mas Jeoseba, filho do rei Jeorão, Irmã de Acazias, tomou a Jods, filho de Acazias, e o furtou dentre os filhos do rel aos quais matavam, e o pós, a ele e à sua ama, na recâmara, e o escondeu de Atalia, e assim não o mataram.

 

 

 

3- E Jeoseba o teve escondido na Casa de SENHOR seis anos; e Atalia reinava sobre a terra.

 

2 Reis 12

 

1- No ano sétimo de Jeù, começou a reinar Joás e quarenta anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Zíbia, de Berseba.

 

2- E fez Joás o que era reto aos olhos do SENHOR todos os dias em que o sacerdote Joiada o dirigia.

 

 

3- Tão-somente os altos se não tiraram; porque ainda o povo sacrificava e queimava incenso nos altos.

 

4-E disse Joás aos sacerdotes: Todo o dinheiro das coisas santas que se trouxer à Casa do SENHOR, a saber, o dinheiro daquele que passa o arrolamento, o dinheiro de cada uma das pessoas, segundo a sua avaliação, e todo o dinheiro que trouxer cada um voluntariamente para a Casa do SENHOR,

 

5- os sacerdotes o recebam, cada um dos seus conhecidos; e eles repararem as fendas do caso, segundo toda fenda que se achar nela.

 

17- Então, subiu Hazael, rei do Siriá, e pelejou contra Gate, e a tomou, depois, Hazael resolveu marchar contra Jerusalém.

 

18- Parem, Jods, rel de Judd, tomou todas as coisas santas que Josafá,  Jeorão e Acazias, seus pais, reis de Judd, consagraram, como também todo o ouro que se achou nos tesouros da Casa do SENHOR e na casa do rei; e os mandou a Hazael, rei do Siriá; e este, então, se retirou de Jerusalém

 

19- Ora, o mais dos atos de Jods e tudo quanto fez mais, porventura, não estão escritos no livro das Crônicas dos Reis de Judá?

 

20- E Levantaram-se os seus servos, e conspiraram contra ele e feriram loas na casa de Milo, que desce para Sila.

 

21- Porque Jozacar, filho de Simeate, e Jozabade, filho de Somer, seus servos, o feriram, e morreu; e o sepultaram com seus pais na Cidade de Davi; e Amazias, seu filho, reinou em seu lugar.

 

HINOS SUGERIDOS: 180, 238, 422 da Harpa Cristã

 

OBJETIVO GERAL

Afirmar que o pecado leva o homem à ruína

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apontar o livramento de Joás das mãos de Atalia.

 

Assinalar a restauração do Templo

 

Caracterizar a idolatria de Joás e a decadência de seu reinado

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Enquanto Joas seguiu os passos do sumo-sacerdote Joiada, fez o que era reto diante do Senhor. Eliminou o baalismo, renovou a Aliança e restaurou o culto a Yahweh, reparou o Templo etc. Todavia, depois da morte do homem de Deus, Joás se deixou seduzir pelos príncipes do povo, e mergulhou na impiedade, injustiça e idolatria. O castigo divino foi implacável. Seu reino foi invadido pela Síria, seus próprios servos voltaram-se contra ele e o mataram. Converse com seus alunos sobre o perigo de não se ter um caráter firme e depender da boa ou má influência dos outros.

 

PONTO CENTRAL: Quando pecamos nos afastamos de Deus, tomamos decisões ruins e perdemos tudo o que conquistamos.

 

COMENTÁRIO INTRODUÇÃO

Com apenas sete anos de idade, Joás começou a reinar. Como era muito jovem, recebia orientações e conselhos do sacerdote Joiada. Durante os anos em que foi orientado, teve um brilhante reinado e fez o que era reto aos olhos do Senhor. Porém, como as suas convicções sobre Deus não eram suficientemente fortes, após a morte de Joiada, Joás deixou-se influenciar por maus conselhos que fizeram Judá retornar à idolatria.

 

 

Comentário

 

Orei Joás governou o reino de Judá logo após a sua avó Atalia ter usurpado o trono de Judá com a morte de Acazias, pai de Joás, cujo reinado foi bastante curto, de apenas um ano. Acazias era filho de Jorão e sucedeu-lhe no trono. Este se casara com Atalia, filha de Acabe. Portanto, Jorão e Atalia eram pais de Acazias, que era pai de Joás. Tanto Jorão quanto Acazias foram péssimos reis no sentido de promover a idolatria em Judá, incentivados por Atalia, que aprendera muito bem adorar a Baal e a Aserá com os seus pais Acabe e Jezabel. Acazias foi morto por Jeú enquanto visitava o seu tio Jorão (rei de Israel), que estava convalescendo de um ferimento de guerra (2 Rs 9.16-18; 24-26; 2 Cr 22.6-9). A morte de Acazias foi cumprimento de profecia (2 Cr 22.8) proferida por um dos filhos dos profetas da escola de Eliseu. Conforme o relato bíblico, ele profetizou assim: E ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que eu vingue o sangue de meus servos, os profetas, e o sangue de todos os servos do Senhor da mão de Jezabel. E toda a casa de Acabe perecerá; e destruirei de Acabe todo varão, tanto o encerrado como o livre em Israel (2 Rs 9.7,8).

Pommerening. Claiton Ivan,. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da Nação. Editora CPAD.

 

Apesar de ter-se mostrado fiel a Yahweh em um sentido geral, Joás permitiu que os lugares altos permanecessem, e assim enfraqueceu uma realização forte em tudo mais. Ver no Dicionário o verbete intitulado Lugares Altos. Os reis de Judá acharam quase impossível acabar com os santuários locais, localizados nas colinas. O povo muito se apegava a eles. É verdade que alguns desses lugares altos honravam Yahweh, mas eles debilitavam a centralização da adoração no templo de Jerusalém. E sempre demonstravam a tendência de ser usados para efeito de práticas idólatras. Além de suas relações com o templo e com o culto de Yahweh, não somos muito informados sobre o que fez Joás. Talvez ele não tenha feito muita coisa. Finalmente, chegou a um fim violento através de uma conspiração de seus oficiais. Quanto a um sumário de sua vida, ver o Dicionário, no artigo chamado Joás, primeiro ponto. Um ponto baixo de sua vida foi quando perdeu os tesouros do templo para o antigo inimigo de Israel, Hazael (ver II Reis 12.18), a fim de comprar a liberdade contra os assédios daquele homem aos territórios de Judá.

“O começo do reinado de Joás marcou o início de cem anos de governo consecutivo por quatro reis que podem ser julgados como bons reis. Nenhum dos quatro (Joás, Amazias, Azarias, ou Uzias, e Jotão) foi tão bom para Judá quanto foram Josafá, Ezequias ou Josias, mas juntos eles promoveram o período contínuo mais longo de liderança aprovada por Deus, na história de Judá” (Thomas L. Constable, in ioc.). Jeú tinha agido bem em livrar Israel do baalismo, embora tenha fracassado por permitir, e talvez até promover, a adoração ao bezerro, em Dã e Betei. Mas, visto que havia agido corretamente, foi recompensado por uma dinastia bastante longa, por quatro gerações (ver II Reis 10.30). Portanto, esses reis, tanto os de Israel quanto os de Judá, que agiram bem, receberam suas recompensas.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1512.

 

Este capítulo nos dá a história do reinado de Joás, o qual não corresponde àquele glorioso começo que teve e cujo relato temos no capítulo anterior. Ele não foi tão ilustre aos quarenta anos como fora aos sete, mas seu reinado deve ser considerado como um dos melhores, e parece muito pior em Crônicas (2 Cr 24) do que aqui, pois lá nós encontramos o sangue de um dos profetas de Deus manchando sua porta. Aqui nós apenas somos informados de: I. Que ele praticou o bem enquanto Joiada viveu (w. 1-3). II. Que ele foi muito cuidadoso e diligente ao reformar o templo (w. 4-16). III. Que depois de um acordo desprezível com Hazael (w. 17,18), morreu de forma inglória (w. 19-21).

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. pag. 591.

 

 

I – O LIVRAMENTO DE JOÁS

 

  1. As tramas reais.

Tanto em Israel quanto em Judá, existiam acirradas disputas pelo poder, envolvendo interesses políticos e econômicos. A casa real de Judá havia se aparência com a casa real de Israel através de Atalia, neta de Acabe e Jezabel Atalia se casou com Jorão, filho de josafá, rei de Judá. Quando Jorão foi assassinado por Jeú (2 Rs 9.241, Atalia usurpou o trono e começou a reinar em seu lugar 12 Cr 22.12b).

 

 

Comentário

 

As tramas reais envolvendo interesses políticos, tanto no reino de Israel quanto no de Judá, estavam acirradas na época anterior a Joás. A casa real de Judá havia-se aparentado com a casa real de Israel, que era muito perversa e idólatra, por meio da filha de Acabe e Jezabel, que haviam sido reis de Israel. Atalia, a filha de Acabe, casou-se com Jorão, rei de Judá, que era filho de Josafá. Atalia, mãe de Acazias, usurpou o trono e começou a reinar no seu lugar quando este foi assassinado por Jeú (2 Rs 9.24), como cumprimento da profecia de que todos os descendentes de Acabe seriam mortos (2 Rs 10.10).

A filha da casa real de Israel, Atalia, viu a morte de seu filho não como uma tragédia, mas como uma maneira de submeter Judá ao controle de Israel. Atalia supunha que isto seria vital para que a linhagem de Omri [pai de Acabe], fosse restabelecida em Samaria.

O povo de Judá estava, de certa forma, acostumado com a adoração a Baal e Aserá, mas a inventiva de Atalia de aprofundar e incrementar a adoração a esses falsos deuses foi demais para o povo, especialmente para o sacerdote Joiada, cujo zelo por Jeová estava aceso e fez de tudo para que a idolatria cessasse e a adoração a Deus fosse novamente implantada. Portanto, a sedição para derrubar a rainha-mãe foi bem-sucedida porque os intentos malignos e a astúcia de Atalia logo se tornaram um pesado fardo para o povo; por isso, foi fácil para Joiada conseguir derrubar a usurpadora do trono e colocar o legítimo descendente de Davi.

Um dos artífices usados por Atalia para incrementar a adoração a Baal foi a apropriação dos utensílios sagrados do Templo do Senhor, que foram levados para o templo de Baal. Também havia um sumo sacerdote dessa falsa divindade que se chamava Matã, que foi morto na época da restituição do trono para a dinastia de Davi através de Joás.

Certamente que a ascensão prematura ao trono de um menino em Judá reflete a situação periclitante em que o povo vivia sob o reinado de Atalia, a tal ponto de ela nem ser considerada rainha, apesar de assim ter sido, na linhagem dos reis de Judá. Atalia foi uma rainha perversa e má, tanto ao cometer assassinatos em série quanto em promover a adoração a falsas divindades. Seguramente, ela era uma rainha difícil de conviver, tendo em vista a sua índole de matar os próprios familiares para ter acesso ao trono. Sendo assim, qualquer outra atrocidade cometida contra o povo seria possível da parte dela.

Pommerening. Claiton Ivan,. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da Nação. Editora CPAD.

 

Essa maligna mulher não teve permissão de continuar por muitos anos, conforme sucedera no caso de Jezabel. Desde o dia em que Atalia se revoltou, Joiada e sua esposa, Jeoseba, além da casta sacerdotal e outros oficiais, estiveram planejando a queda dela. Uma vez que o plano estava bem formulado, a derrubada deu-se de maneira relativamente fácil. A história que se segue se divide em duas partes. Primeiramente, somos informados sobre o plano cuidadosamente preparado. O sumo sacerdote, sua esposa e a guarda real foram as principais figuras nessa conspiração. Então, na segunda parte da história, somos informados sobre como o plano foi executado, e como Atalia foi morta (vss. 13 ss.).

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1510.

 

Esse incidente é na verdade um conto de duas mulheres. Uma governou a terra durante seis anos (v. 12 ), embora a falta do quadro de fórmulas usual mostre que o autor considerou seu remado ilegítimo, Ela havia assumido o trono através de violência, e foi o único governante em Judá que não era da linhagem de Davi (Begrich dá suas datas como 845-840, Thiele como 841-835). A outra mulher era “Jeosabeate” (ou Jeoseba, como em IRs 11.2; assim NVI, REB, NEB, JB aqui), que era a filha ou enteada de Atalia e a esposa do sacerdote Joiada (o termo pré-exílico habitual para sumo sacerdote).142 O cronista inseriu a frase no versículo 11 (cf 2Rs 11.2), explicando como ela, sendo irmã de Acazias, teve acesso ao bebê e que sua fé corajosa foi da mesma maneira tão vital como a de seu marido na restauração da realeza legítima (cf. 1 1 ).

Wiseman. Donald J., 1 e 2Reis Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 354-355.

 

 

  1. A coragem do sacerdote Joiada.

Atalia herdara a perversidade de Acabe e Jezabel. Para se assentar no trono ela matou todos os membros da família real, incluindo seus próprios netos (2 Cr 22.10). Apenas Joás, filho de Acazias, escapou. Ele tinha um ano uma sala por sua tia Jeoseba, esposa do sacerdote Joiada, e lá ficou durante seis anos (2 Rs 11.2,3). Nesse período, Joiada preparou lhe ensinou as leis mosaicas.

 

 

Comentário

 

Como Atalia havia herdado a perversidade de Acabe e Jezabel, ela matou todos os membros da família real para assentar-se no trono, inclusive os seus próprios netos, ao extremo de somente Joás, filho de Acazias, com apenas um ano de idade, ter escapado porque foi escondido numa sala do Templo pela sua tia Jeoseba, irmã de Acazias (pai de Joás), que era esposa do sumo sacerdote Joiada. A loucura de Atalia quase dizimou a casa real davídica, restando apenas Joás. Portanto, Joiada e Jeoseba passaram a ser os tutores de Joás, que ficou escondido durante seis anos nessa sala do Templo e foi ensinado nas leis mosaicas por esse sumo sacerdote, que o preparou para assumir o trono. A linhagem messiânica por pouco não foi extirpada, e a lâmpada de Davi, apagada (1 Rs 11.36; Sl 132.17). Somente foi poupada por causa do zelo do sacerdote Joiada, usado por Deus, que prometeu a Davi um herdeiro perpétuo: “A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol perante mim” (Sl 89.36).

Joiada tinha muita disposição para restabelecer o culto a Deus e tinha compromisso com a linhagem real de Davi, pois havia acompanhado os reinos bem-sucedidos e as reformas religiosas de Asa e Josafá. A coragem de Joiada fez com que ele corresse risco de morte ao esconder o futuro rei de Israel da rainha má, bem como se expôs à morte de maneira direta quando encabeçou o levante que entronizou Joás como rei.

Interessante observar que a atitude de Joiada reflete a atitude que o cristão deve tomar em relação aos seus filhos, de escondê-los na casa de Deus contra as investidas do inimigo. Certamente, o melhor lugar para esconder os filhos das influências do mundo, da corrupção e da idolatria que cassa nossos dias é dentro da Casa do Senhor. Obviamente que isso não significa privar os filhos da liberdade de estudarem e conhecerem a vida, mas significa que temos uma proteção segura para eles, dentro dos parâmetros bíblicos, ao serem ensinados na Palavra do Senhor.

Pommerening. Claiton Ivan,. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da Nação. Editora CPAD.

 

O trono de Judá foi deixado vazio pelo fato de Jeú ter matado Acazias “ao acaso”. A perversa mãe de Acazias, Atalia, aproveitou-se da oportunidade para guindar-se ao trono de Judá. A maioria dos príncipes e nobres de Judá tinha sido morta juntamente com o rei. Atalia massacrou os membros restantes da família real, pelo menos tantos quantos pôde encontrar. Isso significa, naturalmente, que ela matou muitos de seus próprios parentes; mas, afinal, isso era o normal em Israel e Judá. Agora, olhem para ela! Atalia, a rainha-mãe! Mas Jeosabeate, filha do rei, conseguiu ocultar o pequeno Joás, filho de Acazias, o qual se levantaria, com o passar do tempo, para deslocar do trono à horrenda Atalia, que era filha da ainda mais horrenda Jezabel, se isso é possível. Durante seis anos, Joás, candidato a rei, permaneceu oculto e protegido. O governo de Atalia prolongou-se pelos anos de 841-835 A. C. Em 835 A. C., o sumo sacerdote Joiada providenciou a restauração da dinastia davidica. Joiada era marido de Jeosabeate. Quanto ao trecho paralelo, ver II Reis 11.1-3.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1685..

 

Uma mulher ímpia tentando destruir a casa de Davi, para que pudesse estabelecer para si mesma um trono sobre suas ruínas. Atalia exterminou barbaramente toda a semente real (v. 10), talvez pretendendo transmitir a coroa de Judá depois dela para algum de seus próprios parentes, para que, embora a sua família tenha sido exterminada em Israel por Jeú, ela pudesse ser plantada em Judá.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. pag. 739.

 

 

  1. A estratégia bem-sucedida.

Quando Joás completou sete anos, Joiada armou uma estratégia para empossar o legítimo rei. Combinou com os capitães da guarda e, no dia planejado por eles, destituíram Atalia do trono e proclamaram Joás como rei (2 Cr 23.11). Joiada naturalmente passou a ser corregente com Joás, pois este não tinha condições de reinar por ainda ser criança (2 Rs 12.2). O sacerdote, como um homem temente a Deus, destruiu os sacerdotes de Baal e conclamou o povo para remover seu templo, despedaçar imagens e altares, e refazer a aliança com Deus (2 Cr 23.16,17).

 

 

Comentário

 

Quando Joás, cujo nome significa “Yahweh é forte”, completou sete anos, Joiada armou a estratégia para empossar o legítimo rei no trono, e foi combinado que seria num dia de sábado, quando o povo vinha ao Templo para oferecer os seus sacrifícios e para não despertar suspeitas. A estratégia envolveu os capitães da guarda e os levitas que trabalhavam no Templo. Na hora combinada, Joás foi proclamado rei. Assim, destituíram Atalia do trono e, em seguida, quando ela veio depressa ao Templo para ver o que estava acontecendo, foi levada para fora e morta. No capítulo 11 de 2 Reis, está descrito em detalhes a cerimônia da coroação de um rei:

Depois da unção, característico nos reis carismáticos da “tradição davídica”, a coroação é seguida de uma cerimônia formal pactual no templo. Este é o formato já consagrado pelo pacto em Mizpá (1 Sm 10.17-25). O pacto monárquico é executado pelo representante do Senhor, Joiada, que ungiu Joás em meio à aclamação do povo (v. 12). O pacto tinha um aspecto político entre o rei e o povo, e também um aspecto religioso entre Deus (Javé), o rei e o povo (v. 17).

Logicamente que Joiada passou a ser corregente com Joás (2 Rs 12.2), pois este não tinha condições de reinar sendo criança. O sacerdote Joiada, por ser temente a Deus, destituiu os sacerdotes de Baal e conclamou o povo para derribar o seu templo, despedaçar as imagens e os altares, além de refazer a aliança do povo com Deus. Iniciou-se, portanto, um grande reavivamento do culto a Jeová em Judá. Essas atitudes de Joiada tiveram uma influência muito positiva sobre o reinado de Joás.

No reinado de Joás e sob a influência de Joiada, foram feitas várias reformas religiosas importantes, dentre elas: extirpou-se parcialmente o culto a Baal e foi derrubado o seu templo; renovou-se o pacto com o Deus de Israel; os levitas foram reorganizados em grupos conforme havia sido na época de Davi e descritas por Moisés; e foram feitas reparações importantes no Templo, como veremos adiante.

Pommerening. Claiton Ivan,. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da Nação. Editora CPAD.

 

Ouvindo Atalia o clamor. Ouvindo todo aquele ruído e regozijo, Atalia saiu do palácio para ver o que estava acontecendo. Para sua imensa surpresa e consternação, encontrou uma cerimônia de coroação tendo lugar. Ela estava sendo substituída por Joás, o único herdeiro do sexo masculino que havia sido salvo do massacre ordenado por ela, cerca de seis anos antes (vs. 1). A estrela dela havia caído do céu de repente; e a estrela de Joás estava subindo no firmamento. Uma nova era estava sendo inaugurada. O passado estava morto. O povo já tinha tido o suficiente de rainhas loucas, como Jezabel e Atalia.

O rei estava junto à coluna. Provavelmente, isso se refere a uma coluna no portão oriental do átrio interno do templo, o lugar onde o rei normalmente ficava de pé, por ocasião da adoração e quando ele se dirigia ao povo na área do templo (ver II Crônicas 23.13). Sem dúvida, uma plataforma elevada era usualmente providenciada para tais ocasiões, a fim de que a figura do rei ficasse acima do povo comum. Ver II Reis 23.3; II Crônicas 6.13. Portanto, foi ali que o menino-rei se pôs de pé, no lugar apropriado para um rei. Atalia, assim sendo, viu o novo rei no seu devido lugar e sendo aclamado pelo povo. Ela rasgou as próprias vestes e gritou: “Traição! Traição!”. Mas seus gritos foram tardios e ineficazes. Seu dia certamente havia terminado. No entanto, ela esperava excitar com seus gritos um contra-ataque, e desmanchar o que estava acontecendo. Mas as coisas já tinham saído do controle dela.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1511.

 

As Preparações para Restaurar Judá w. 1-11

Podemos muito bem imaginar a má situação dos acontecimentos em Jerusalém durante a usurpação de seis anos de Atalia, e podemos perguntar por que Deus permitiu isso e como o povo suportou por tanto tempo; mas depois de uma noite tão escura e tediosa o dia que voltou nesta revolução foi o mais brilhante e o mais bem vindo. A continuação da semente e do trono de Davi foi o que Deus tinha jurado pela sua santidade (SI 89.35), e uma interrupção não foi uma revogação; o fluxo do governo aqui corre outra vez no canal certo. O instrumento e o principal responsável pela restauração é Joiada, que parece ter sido:

  1. Um homem de grande prudência, que manteve o jovem príncipe em oculto por tantos anos até que estivesse qualificado para aparecer em público, e até que a nação tivesse se enfadado da usurpadora. Ele preparou a sua obra com antecedência, e então a realizou com admirável discrição e eficiência. Quando Deus tiver uma obra a fazer, Ele qualificará e animará homens para desempenharem-na.
  2. Um homem dedicado e influente. Os chefes das centenas se juntaram a ele, v. 1. Os levitas e os cabeças dos patriarcas de Israel foram a Jerusalém atendendo ao seu chamado (v. 2), e lá estavam prontos para receber as suas ordens. Observe que respeito a sabedoria e a virtude trazem aos homens. Os levitas e todo o povo de Judá fizeram como Joiada ordenou (v. 8); e o mais interessante é que todos aqueles que receberam o segredo em confiança mantiveram o seu próprio conselho até que foi executado. As palavras dos sábios devem ser ouvidas em silêncio, Eclesiastes 9.17.
  3. Um homem de grande fé. Não foi apenas a justiça comum (muito menos o parentesco de sua esposa com a família real) que o pôs sobre esta tarefa, mas uma grande consideração para com a Palavra de Deus, e a transmissão da coroa por ordem divina (v. 3): “Eis que o filho do rei reinará, como o Senhor falou”. O filho do rei deveria reinai’. O seu olhar voltado à promessa, e a sua dependência dela, acrescentaram uma grande glória a esta tarefa.
  4. Um homem de grande religiosidade. Este assunto deveria ser tratado no templo, o que poderia ocasionar alguma violação da lei, e poderia se pensai- que a necessidade do caso a desculparia; mas ele deu uma ordem especial de que ninguém deveria entrar na Casa do Senhor – senão os sacerdotes e os levitas, que eram santos – qualquer outro que o fizesse, morreria, w. 6,7. Nunca deixe as coisas sagradas serem profanadas; não, nem mesmo para apoiar os direitos civis.
  5. Um homem decidido. Quando ele terminou tudo o que havia se proposto a fazer, eles trouxeram o filho do rei, e lhe puseram a coroa, e deram-lhe o testemunho, v. 11. Ele arriscou a sua cabeça, mas o fez por uma boa causa; portanto, ele agiu com ousadia. E dito aqui que seus filhos se juntaram a ele ao ungirem o jovem rei. É provável que um deles tenha sido Zacarias, a quem Joás mais tarde mandou matar por reprová-lo (cap. 24.20), o que foi uma grande ingratidão pelo fato dele ter tido um papel importante em sua unção.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. pag. 739.

 

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO I

Há momentos em que o perigo nos cerca sem que o percebamos. São nessas horas que o Senhor intervém nos concedendo escape e proteção.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Um elemento importante para se conseguir e conservar a atenção é o envolvimento pessoal dos alunos. Qualquer tempo gasto sem que o aluno esteja profundamente envolvido na lição é tempo perdido. O que fazer para se obter esse interesse? Primeiro precisamos conhecer bem as necessidades básicas de cada aluno, e os problemas que aparecem em cada área da vida deles. O que os motiva? De que gostam? Nós professores não temos obrigação de criar a atenção, mas de captá-la, de tornar cativante até mesmo a situação mais desinteressante. Temos que fazer o aluno envolver-se na lição.

 

II – O REINADO DE JOÁS E A REPARAÇÃO DO TEMPLO

 

  1. A arrecadação para reparar o templo.

O reinado de Joás foi muito próspero enquanto Joiada o aconselhava (2 Rs 12.2). Como a adoração a Baal havia sido muito incentivada pelos reis anteriores, nenhuma manutenção fora feita no Templo do Senhor e, por isso, ele estava em condições precárias. Logo, Joás incentivou o povo e os sacerdotes a arrecadarem ofertas para a manutenção do Templo (2 Rs 12.4.5).

 

 

 

Comentário

 

O reinado de Joás foi muito próspero enquanto ele era aconselhado por Joiada (2 Rs 12.2). Nesse tempo, aconteceu a restauração do Templo de Jerusalém, que havia sido construído por Salomão. Como a adoração a Baal fora muito incentivada pelos reis anteriores, nenhuma manutenção havia sido feita no Templo do Senhor; por isso, ele estava em condições precárias. Portanto, Joás incentivou o povo e os sacerdotes a arrecadarem ofertas para a manutenção do Templo. O povo contribuiu com muita liberalidade (2 Rs 12.10), e a reforma foi efetivada, e ainda sobraram recursos para ornamentar o Templo. A reforma demorou muitos anos a ser feita entre a ordem dada por Joás até a sua consumação, pois o sacerdote Joiada não deu andamento às obras, até que Joás interveio e mudou a forma de arrecadação, e o plano de reformas para, então, as obras terem início.

No Novo Testamento, o salvo, que é o templo do Espírito Santo, conforme Paulo escreveu: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Co 3.16). Dessa forma, é preciso que o crente cuide desse templo, não apenas do corpo, mas também do coração, cuidando deles para que não sejam destruídos pela lassidão e relaxamento espiritual, bem como pela falta de manutenção, de modo que outras coisas ocupem o lugar de Deus no coração. A advertência de Joás ao sacerdote Joiada, “Por que não reparais as fendas da casa?” (2 Rs 12.7b), ainda serve para os dias atuais. A diligência em reparar as fendas que se instalam no coração no decorrer do tempo (Jo 13.10a) são responsabilidade do crente que quer manter a habitação do Espírito Santo em bom estado.

Pommerening. Claiton Ivan,. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da Nação. Editora CPAD.

 

Fez Joás o que era reto. Em outras palavras, ele seguia os mandamentos da legislação mosaica; promoveu o yahwismo; diminuiu a idolatria; e rejeitou o baalismo, a praga que Atalia trouxe de Israel para Judá, tendo sido ela filha de Acabe e Jezabel.

Uma Diferença de Tradução. A King James Version e a nossa versão portuguesa subentendem que Joás agiu corretamente somente enquanto Joiada esteve em cena, influenciando-o. Isso significa que, depois da morte de Joiada, Joás desintegrou-se. Mas a Revised Standard Version insiste em que Joás agiu direito todos os seus dias, porquanto o sumo sacerdote Joiada o teria instruído bem, não nos dando a idéia de nenhuma desintegração religiosa em seu período posterior de vida. John Gill, comentando sobre o texto da King James Version, disse: “… após a morte de Joiada, ele foi seduzido pelos príncipes de Judá e caiu na idolatria, viveu escandalosamente e morreu na ignominia. Ver II Crônicas 24.2,17,25”. A Septuaginta e a Vulgata Latina traduziram o trecho dando a mesma ideia que nos dão a King James Version e a versão portuguesa, e isso está mais de acordo com os fatos da história, embora não seja a melhor tradução do texto hebraico do presente versículo.

 

Todo dinheiro das cousas santas. A necessidade etema de dinheiro. O rei planejou usar o dinheiro que era trazido ao templo e ao sacerdócio pelo povo, nas ofertas regulares do recenseamento (ver Êxodo 30.11-16). Além disso, Joás usou as taxas de votos (capítulo 27 de Levltico e capítulo 30 de Números); também utilizou ofertas voluntárias, que sem dúvida flutuavam muito, conforme os tempos e o poder econômico do povo. Mas o plano teve sucesso apenas parcial, porque aproveitar esse dinheiro para reparar o templo deixou a casta sacerdotal com fundos insuficientes para sua simples automanutenção. Cf. o paralelo em II Crônicas 24.6.

“A reabilitação do templo, em cujos recintos Joás tinha passado os anos de sua infância, foi o primeiro interesse do novo rei. Sentimentos pessoais em relação ao templo devem ter cingido seus motivos religiosos. Consideremos quão importante é inculcar no coração das crianças sentimentos de afeto pela Igreja. Nenhuma influência moral na vida dos jovens é mais bela do que os sentimentos que eles com frequência possuem pela igreja em que passaram sua infância” (Raymond Calking, in Ioc.).

Recebam-no os sacerdotes. O Poder Humano. Além de dinheiro, operários eram necessários. Os levitas foram encorajados a convidar seus amigos e conhecidos para ajudarem. Muitos eram bons construtores, e sua ajuda seria valiosa na casa do Senhor. Cf. o trecho paralelo de II Crônicas 24.5. Os atos descritos no presente versículo também se referem ao recolhimento do dinheiro das cidades levíticas, onde cada homem se aproximava de seus amigos e conhecidos para dar-lhes trabalho.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1512;1514.

 

O relato geral que aqui é dado de Joás é:

  1. Que ele reinou quarenta anos. Como ele começou o seu reinado quando era muito jovem, podia, na ordem natural das coisas, ter continuado muito mais, pois ele foi morto quando tinha apenas quarenta e sete anos (v. 1).
  2. Que ele fez aquilo que era reto enquanto Joiada viveu para instruí-lo (v. 2). Muitos jovens têm atingido uma posição elevada muito cedo — têm tido riquezas, poder e liberdade, antes de saberem como usá-los — e isso tem trazido más conseqüências para eles. Mas contra esse perigo Joás estava bem guardado ao ter um guia tão bom como era Joiada, tão sábio, experiente e fiel a ele, e ao ter tanta sabedoria a ponto de se deixar guiar e instruir mesmo depois de crescido. Note: E um grande favor para os jovens, e principalmente para os jovens príncipes, e todos os jovens de influência, estarem sob boa direção, e terem ao seu redor aqueles que os instruem a fazer o que for reto aos olhos do Senhor. E então eles agem sabiamente e bem para si mesmos quando estiverem dispostos a serem aconselhados e dirigidos por tais pessoas. O rapaz entregue ci si mesmo envergonha a sua mãe, mas um menino entregue a tal instrução pode trazer honra e conforto para si mesmo.
  3. Que os altos se não tiraram (v. 3). Em todo o país eles tinham altares para sacrifício e incenso, apenas em honra ao Deus de Israel, mas em competição com, e pelo menos em implícito desprezo pelo, seu altar em Jerusalém. Talvez esses altares particulares tivessem sido mais usados nos maus reinados posteriores do que nos antigos, porque não era seguro subir a Jerusalém, nem era realizado o serviço do templo como devia ter sido. E pode ser que Joiada fosse conivente com eles porque algumas pessoas bem intencionadas estivessem satisfeitas com eles quando não podiam ter algo melhor, e ele esperava que a reforma do templo, e o fato de colocar as coisas em ordem ali, afastasse as pessoas gradualmente de seus lugares altos e que eles decaíssem por si mesmos. Ou talvez nem o rei nem o sacerdote tivessem zelo suficiente para levarem a sua reforma tão longe, nem coragem e força suficientes para combaterem um costume tão inveterado.

Parece que fazia muito tempo que o templo não passava por uma reforma. Embora Salomão o construísse muito resistente, com os melhores materiais e da melhor forma, mesmo assim ele decaiu com o tempo, e havia fendas nele (v. 5), nos telhados, ou nas paredes, no chão, no teto, nos revestimentos de madeira, ou nas janelas, ou nas divisões dos pátios. Até os próprios templos se desgastam com o uso. Mas o templo celestial jamais envelhecerá. Mas não foram apenas os dentes do tempo que fizeram essas fendas, os filhos de Atalia tinham arrumado a Casa de Deus (2 Cr 24.7), e, por causa da inimizade com o culto do templo, tinham danificado seus edifícios, e os sacerdotes não tinham tomado o cuidado de consertar as brechas a tempo, de maneira que ficaram pior. Indignos foram aqueles agricultores que tiveram essa vinha valiosa alugada para eles sob termos tão fáceis e que náo puderam manter o lagar de maneira devida e em um estado que se pudesse arrendar, (Mt 21.33). Com razão, seu grande Senhor os processou por esse desperdício permissivo, e por seus julgamentos, recuperou locum vastatum — por dilapidação (como diz a lei), quando esse templo negligenciado foi posto abaixo.

O próprio rei foi (como parece) o primeiro e o mais solícito homem que cuidou da reforma do templo. Nós não lemos que os sacerdotes reclamaram dela ou que o próprio Joiada esteve ativo nela, mas o rei foi zeloso no negócio:

  1. Porque ele era rei, e Deus espera e exige daqueles que têm o poder que o usem para a manutenção e suporte da religião, o socorro de injustiças e a restauração da deterioração, para o estímulo e o emprego de ministros para fazerem a sua parte e o povo a sua.
  2. Porque o templo tinha sido seu berçário e seu santuário, quando ele era uma criança, em cuja grata lembrança ele agora parecia zeloso pela honra dessa Casa. Aqueles que têm experimentado o conforto e o benefício de assembleias religiosas farão da vergonha delas o seu fardo (Zc 3.18), a manutenção delas a sua preocupação e a prosperidade delas a sua principal alegria.

Foi ordenado aos sacerdotes que coletassem dinheiro para esses reparos, e que cuidassem para que a obra fosse feita. O rei tinha de se preocupar com os negócios de seu reino, e não podia inspecionar os trabalhos pessoalmente, mas empregou os sacerdotes para que administrassem isso, as pessoas mais adequadas, e as mais apropriadas, pensaria alguém, para se envolverem com o projeto.

  1. Ele lhes deu ordens para a coleta do dinheiro das coisas dedicadas. Eles não deviam parar até que ele fosse depositado, ao contrário, eles deviam pedir por ele onde sabiam que fosse conveniente, em seus respectivos distritos, como dinheiro de resgate (por virtude da lei, Êxodo 30.12), ou como dinheiro de avaliação (por virtude da lei, Levítico 27.2,3), ou como uma oferta voluntária (v. 4). Isso eles deviam juntar, cada homem de seu conhecido, e se supõe que não houvesse homem que não tivesse conhecimento com um ou outro dos sacerdotes. Note: Nós devemos aproveitar a oportunidade que Deus nos dá de estimular aqueles com quem temos alguma familiaridade para aquilo que é bom.
  2. Ele lhes ordenou que empregassem o dinheiro que tinham arrecadado no reparo das fendas da casa (v. 5).

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. pag. 591-592.

 

 

 

  1. A fidelidade dos tesoureiros.

Um detalhe muito importante nessa arrecadação foi a fidelidade com que os sacerdotes e tesoureiros reais administravam o dinheiro (2 Rs 12.15). Numa época, como hoje, esse exemplo dos funcionários de Joás é um importante modelo a ser seguido para desfrutarmos das bênçãos do Senhor.

 

 

Comentário

 

Um detalhe muito importante nessa arrecadação é a fidelidade com que os sacerdotes e tesoureiros reais administravam o dinheiro (2 Rs 12.15), sendo dispensada até mesmo a prestação de contas. Numa época como hoje, muitas pessoas importantes acabam achando normal desviar dinheiro e misturar as contas pessoais com as contas das instituições, de forma que não se sabe o que é uma coisa ou outra. Ou, ainda, onde algumas vezes os honestos são tratados como bobos e muitas vezes são coagidos a agirem de forma desonesta; esse exemplo dos funcionários de Joás é um importante modelo para ser seguido.

Pommerening. Claiton Ivan,. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da Nação. Editora CPAD.

 

Não pediam contas aos homens em cujas mãos entregavam aquele dinheiro. Confiando em Homens Honestos. Nenhuma prestação de contas do dinheiro era requerida da parte daqueles que o gastavam na compra de material de construção, no transporte, no pagamento de salários etc. Simplesmente eram homens de confiança, que gastavam o dinheiro com honestidade. Presumimos que essa norma de honra funcionava. “Eles (os escribas especialmente nomeados, e o sumo sacerdote, vs. 10) cuidavam para que eles (os supervisores da obra) fossem homens honestos e retos, e tinham uma tão elevada opinião sobre eles que nunca examinavam suas contas, ou chamavam-nos para apresentar suas contas” (John Gill, in loc.). “Não ficaram nunca desapontados. Aqueles homens agiam fielmente” (Adam Clarke, in loc.). Portanto, esse foi um dos poucos projetos de construção, em toda a história, no qual não houve suspeitas, nem esperteza, nem uso desonesto do dinheiro. Os encarregados do projeto não tinham contas secretas nos bancos da Suíça. E nem pagavam salários a seus parentes, que nunca apareciam no trabalho. Aqueles encarregados estavam “acima de qualquer suspeita” (Ellicott, in loc.).

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1514.

 

Fielmente. Tal era a reputação que eles tinham por sua honestidade que não havia motivo para examinar suas contas ou revisai- sua contabilidade. Que todos os que são encarregados de lidar com dinheiro público, ou com o trabalho público, aprendam aqui a conduzir- se com fidelidade, como aqueles que sabem que Deus ajustará as contas com eles, quer os homens o façam ou não. Aqueles que pensam que não é pecado enganar o governo, enganar o país, ou enganar a igreja, mudarão o pensamento quando Deus enfileirar seus pecados diante deles. (2) Eles não gastaram o dinheiro em ornamentos para o templo, em vasos de ouro ou prata, mas primeiro na reforma necessária (v. 13), de onde podemos aprender, em relação a todas as nossas despesas, a dar a preferência ao que for mais necessário, e, ao lidarmos com o público, lidar com ele como faríamos conosco mesmos. Depois que as reformas terminaram, vemos que o resto do dinheiro foi transformado em utensílios para o serviço do templo (2 Cr 24.14).

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD. pag. 593.

 

 

  1. Fidelidade, um atributo que enobrece.

Não importa a quantia que está sendo administrada. Deus jamais se agradará de qualquer subtração de valores financeiros ou vantagens pessoais. A Palavra de Deus incentiva a prática da fidelidade: “Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração e acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e dos homens” (Pv 3.3.4). A fidelidade enobrece a alma e traz respeito a quem a pratica.

 

 

Comentário

 

A fidelidade é um dos atributos mais importantes de qualquer pessoa. Não interessando a quantia que a pessoa administra ou tenha condições de desviar, Deus jamais se agradará de qualquer usurpação de valores, quer financeiros, quer em vantagens pessoais. A Bíblia incentiva a honestidade da seguinte maneira: “Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração e acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e dos homens” (Pv 3.3,4). Portanto, a fidelidade enobrece a alma da pessoa e ainda faz com que a pessoa seja benquista e respeitada em todos os lugares, pois o Senhor faz com que o caminho do justo seja todo plano (ver Is 26.7).

Fidelidade (pistis) é a característica da pessoa que é fiel, que não trai alguém, que não desvia recursos ou, ainda, que não se esquiva de um princípio importante. Ela materializa-se em lealdade constante e inabalável a alguém com quem se está unido por promessa, compromisso ou convicções. É uma das partes do Fruto do Espírito (Gl 5.22), que significa uma convicção inabalável de que certos valores são inegociáveis na vida, ainda que se corram sérios riscos e que se possa ter perdas financeiras, de reputação ou mesmo da vida para mantê-los. A fidelidade não se dá apenas na presença da parte interessada ou quando ninguém está vendo. Ela é uma característica que acompanha o sujeito em qualquer lugar ou situação.

Pommerening. Claiton Ivan,. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da Nação. Editora CPAD.

 

Não te desamparem a benignidade e a fidelidade. A benignidade e a fidelidade são dois ornamentos especiais para quem quiser viver a vida caracterizada pela sabedoria. Esses ornamentos devem ser pendurados ao pescoço do indivíduo por ter vencido na corrida espiritual. São também como inscrições preciosas para o coração do homem bom. Yahweh é quem faz tal inscrição sobre o coração do homem e assim o identifica como pertencente a Ele. O homem bom vive em consonância com as inscrições feitas no seu interior, em sua alma. Essas qualidades identificam o tipo de homem que ele é. A Revised Standard Version diz aqui “lealdade” e “fidelidade” como os ornamentos e as inscrições especiais. A primeira dessas palavras corresponde ao hebraico hesedh, o amor constante que figura no livro de Salmos, tão freqüentemente repetido aqui. Usualmente, ali refere-se ao amor que Yahweh dirige ao homem. E o homem bom dirige o seu amor a Yahweh. O homem bom é aquele que anda no caminho dos mandamentos (ver Pro. 2.1 e 3.1). A segunda dessas palavras hebraicas é ‘emeth, cuja raiz significa “confirmar”, com um segundo sentido de “confiar”. Ellicott (in loc.) fala em fidelidade, referindo-se às

promessas que Yahweh dá a Seus santos, bem como ao fato de que essas qualidades não podem falhar. A palavra é usada para apontar para Deus (ver Sal. 30.10) e para os homens (ver Isa. 59.14). “Esses são dois atributos especiais mediante os quais Deus é conhecido em Seu trato com os homens (ver Êxo. 34.6,7), e são qualidades que devem ser imitadas pelos homens (ver Mat. 5.48)” (Ellicott, in loc.).

Ata-as ao teu pescoço. Cf. Pro. 1.9.

Escreve-as. Cf. Pro. 6.21 e 7.3. Ver Jer. 17,1 e II Cor. 3.3 Quanto à “tábua do coração”, ver Jer, 31.33. “A alusão, em ambas as frases, é às orientações dadas quanto à legislação mosaica (ver Deu. 6.8,9), bem como à inscrição da lei sobre as tábuas de pedra. Era usual que os antigos escrevessem sobre tabuinhas de madeira. Assim foram inscritas as leis de Sólon (Lacrt. Vit. Solon) e também as tabellae et pugillares dos romanos, A cera era usada com o mesmo propósito. Ver Hab. 1.2. Paulo, entretanto, queria que a sua lei fosse escrita nas tábuas de carne, do coração (II Cor. 3.3)” (John Gill, in loc.).

E acharás graça e boa compreensão diante de Deus e dos homens. Se o bom estudante cumprir os mandamentos e os ideais exarados no versículo anterior, então achará favor e boa reputação tanto aos olhos de Deus quanto aos olhos dos homens. Essa é a recompensa pela obediência, acima daquilo que já havia sido prometido no vs. 2. O homem bom, além de viver por longo tempo, obterá muitas recompensas por sua boa conduta, e conquistará boa reputação. Ele mesmo tomar- se-á um pai ou um mestre capaz de orientar a muitos discípulos. E os homens começarão a elogiá-lo como tinham feito a seu “pai” (vs. 1). Em vez de “reputação”, algumas traduções usam aqui “compreensão”, conforme se dá com a nossa versão portuguesa. Tal aluno tornar-se-á sábio como seu mestre. A palavra hebraica envolvida, sekhel, pode revestir-se desse significado (ver 1.3). E alguns estudiosos emendam essa palavra para o termo hebraico shem, “nome”, “reputação”, conforme fizeram Toy e Oesterley (inloc.). Cf. Luc. 2.52. Ver também Sal. 111.10.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2547.

 

McKane (página 290) observa que esta seção abre com a linguagem convencional das Instruções: meu filho, não se esqueça do meu ensino ( torah ). Mas, começando com o v. 3, o conteúdo da passagem se torna muito diferente da instrução usual: “seus conteúdos nos conduzem ao coração da fé e prática yahwistas”. A lealdade é apropriadamente a designação da unidade e solidariedade entre os partidos de uma aliança relação. A fidelidade refere-se à firmeza, confiabilidade ou confiabilidade. As palavras são usadas em conjunto da relação entre pai e filho ( Gênesis 47:29 ); de Deus aos homens ( Gênesis 24:27 ; Deut. 7: 6 ); do homem e do homem ( Hos. 4: 1 ; Prov. 14:22). É muito provável que “lealdade e fidelidade” se refiram à solidariedade da aliança da religião de Israel. As últimas partes da v. 3 são muito semelhantes às fraseologias encontradas nos contextos da aliança e da lei (por exemplo, Ex. 13: 9 , 16 ; Deut. 11:18 ). A motivação para lealdade e fidelidade é encontrada na v. 4 .

Comentário Bíblico Broadman. Editora JUERP.

 

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO II

Aqueles que administram os bens destinados para a obra de Deus devem fazê-lo com dedicação, verdade e amor.

 

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“A religião de Baal, introduzida por Atalia, havia ocasionado uma séria negligência em relação aos serviços e a adoração no Templo. A rainha, de fato, era a responsável por uma considerável destruição do ambiente sagrado e de seus objetos, e pelo confisco de ofertas destinadas a Deus, que ela reverteu para a causa de Baal (2 Cr 24:7). Joás confia aos sacerdotes a tarefa de reparar o Templo (12.4-8). Os recursos destinados aos sacerdotes e a manutenção do Templo normalmente provinham de três origens: (a) o dinheiro daquele que passa (4), isto é, o dinheiro da análise do censo (Êx 30.13); (b) o dinheiro de cada uma das pessoas, o dinheiro da alma ou da redenção (cf. Nm 18.15.16), e, (c) o dinheiro que trouxer cada um voluntariamente, as ofertas espontâneas.

Os sacerdotes deveriam utilizar esses recursos para reparar o Templo. O fato de terem deixado de fazer esses reparos quando Joas já tinha chegado aos vinte e três anos não indica necessariamente que houve uma apropriação indébita. Parece, antes, que os proventos esperados, através das fontes naturais, não eram tão elevados quanto o necessário, e que os sacerdotes talvez não tivessem sido muito cuidadosos a respeito da apropriação do dinheiro para seu uso pessoal, como deveriam ser. “Conhecidos” (5,7) significa ‘eleitores ou ‘apoiadores” (Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.358,359)

 

 

 

 

III – A CONSPIRAÇÃO CONTRA JOÁS

 

  1. O declínio do reinado.

A história de Joás nos revela que ele não tinha firmeza em suas convicções e se deixava levar facilmente por qualquer sugestão (2 Cr 24.17). Quando o sacerdote Joiada morreu, o rei não conseguiu manter-se inteiramente fiel ao Senhor, passou a adorar ídolos (2 Cr 24.18) e a confiar em suas próprias forças (2 Rs 12.17,18). As más decisões de Joás e sua desobediência resultaram na falta de prosperidade do reino, na perda de sua confiança em Deus, e, mais tarde, na conspiração de assassinato contra ele (2 Cr 24.25).

Essa é uma trágica consequência da desobediência: perder a confiança em Deus por causa de uma consciência contaminada. Assim aconteceu com o rei Joás. Quando conhecemos bem os caminhos do Senhor, e entramos pelo caminho tortuoso, o da apostasia, a consequência trágica é inevitável.

 

 

Comentário

 

A herança espiritual pervertida dos antepassados de Joás não foi de todo eliminada da sua vida, pois, quando morreu o seu tutor e principal conselheiro, o sacerdote Joiada, Joás não conseguiu manterse inteiramente fiel ao Senhor. O texto bíblico dá a entender que Joás não tinha muita determinação nem convicções firmes e deixava-se levar facilmente por qualquer sugestão (2 Rs 12.6,7). Os seus súditos sugeriram-lhe que voltassem a adorar imagens, e ele consentiu. Assim, eles afastaram-se do caminho do Senhor, o que atraiu sérias consequências sobre Judá (2 Cr 24.17-18). Essa situação de Joás ilustra o seu “caráter fraco, que depende da boa ou má influência de outros. Ser fraco conduz ao mal, tarde ou cedo, e o mal leva ao desastre.” Uma das consequências dessa desobediência foi que a ira de Deus veio sobre Judá, mas, antes, a desobediência foi denunciada pelo sacerdote Zacarias, filho de Joiada, como também por outros profetas (ver 2 Cr 24.19).

A desobediência de Joás fez com que Hazael, o rei da Síria, invadisse Judá. Com medo do rei sírio e para livrar-se do ataque dele, Joás deu todos os utensílios de ouro do Templo do Senhor (2 Rs 12.18) em vez de confiar no livramento divino. Essa é uma trágica consequência da desobediência. Joás perdeu a confiança em Deus com a sua consciência culpada, pois conhecia muito bem os caminhos do Senhor, e entrou por caminhos tortuosos e empobrecedores. Por fim, houve uma conspiração contra o rei, e este foi assassinado, findando-se, assim, o seu reinado de forma triste (2 Cr 24.21).

Os bons inícios do reinado de Joás e o fracasso final atestam para o fato de que o excesso de poder e a proximidade de pessoas de má influência facilmente corrompem a pessoa que já tem inclinações para o mal. É o mesmo caso de Salomão, que, inicialmente, fez um bom reinado, mas depois se deixou influenciar por pessoas com interesses próprios e escusos. Ainda hoje em dia, vemos muitos líderes que entram por esse mesmo caminho. No início, parecem muito sinceros e assertivos, mas, ao longo da sua caminhada, corrompem-se e, muitas vezes, o final é trágico.

Pommerening. Claiton Ivan,. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da Nação. Editora CPAD.

 

Depois da morte de Joiada vieram os príncipes de Judá. Más Influências. No pano de fundo estavam os idólatras príncipes de Judá que se mantiveram em segundo plano enquanto Joiada foi o sumo sacerdote. Entretanto, assim que Joiada desapareceu, eles se puseram em movimento. A reforma morreu com o sumo sacerdote, e Joás mostrou-se um fraco quando o homem idoso não estava mais presente para encorajá-lo a fazer o que era correto. Joiada, pois, tinha dado o bom exemplo; mas os príncipes de Judá deram um mau exemplo. “Joiada morreu, e, com ele, morreu o espírito da reforma” (Eugene H. Merrill, in loc.).

Os príncipes traiçoeiros vieram e prestaram falsas mesuras diante do rei. Fica claro, mediante o versículo seguinte, que eles solicitaram permissão para promover abertamente o culto idólatra deles. O rei, pois, mostrou-se fraco demais para opor-se. Ou então o próprio Joás tinha-se desintegrado, e não quis mais continuar uma farsa. Ver o vs. 21. Provavelmente, outras más obras fizessem parte do negócio todo. A boa e breve era de santidade havia chegado ao fim. A mesma antiga síndrome do pecado-calamidade-julgamento em breve haveria de golpear de novo. O vs. 21 deixa-nos chocados ao informar que Joás ordenou o apedrejamento de um profeta que se havia mostrado contrário à corrupção.

O ideal era a adoração centralizada em Jerusalém, no templo. Mas os santuários locais recusavam-se a desaparecer. Provavelmente, um dos argumentos dos príncipes foi que era muito trabalhoso subir a Jerusalém três vezes por ano. Eles poderiam passar seu tempo de maneira mais sábia. Os santuários locais sen/iriam muito bem para a adoração deles.

Deixaram a casa do Senhor… e serviram aos postes-ídolos e aos ídolos. A idolatria Estava de Volta. Joás havia permitido ou talvez até ajudado a fazer florescer os lugares altos. Talvez Yahweh fosse um dos deuses adorados na massa sincretista que os príncipes de Israel cozinharam. Em breve a ira de Yahweh seria acesa, prestes a golpear. II Reis 12.18 não tratou da queda de Joás, mas mostrou que ele sofreu perdas, embora a razão para essas perdas não tenha sido discutida. Seja como for, quando as coisas saíam erradas, ficava entendido que alguém tinha praticado o erro, ou então que o errado era o povo inteiro. E o julgamento divino estava sempre nas calamidades, conforme acreditava o povo hebraico.

Não vos enganeis; de Deus não se zomba;

pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.

(Gálatas 6.7)

Os príncipes fizeram muito bem o trabalho de sedução. Assim diz o Targum: “Após a morte de Joiada, os homens grandes de Judá vieram e adoraram o rei, e o seduziram’. Note-se que a ira divina não deveria descer somente contra Judá, mas também contra Jerusalém, porquanto era ali que estavam os promotores da apostasia, isto é, no próprio templo.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1689.

 

Joiada morreu com uma idade avançada – 130 anos. Era tão querido pelo povo que foi sepultado junto aos reis (2 Cr 24:15, 16). Porém, quando Joiada saiu de cena, o rei Joás mostrou seu verdadeiro caráter e abandonou sua fé. Sua apostasia não foi culpa de Joiada, pois o sumo sacerdote havia cumprido fielmente a tarefa de ensinar as Escrituras ao rei. O problema era a fé superficial de Joás e seu desejo de agradar aos líderes da terra, “os príncipes de Judá” (2 Cr 24:1 7), que visitaram Joás e lhe pediram que fosse mais tolerante nas questões religiosas (24:1 7, 18). O rei cedeu, e a idolatria voltou a instalar- se em Judá e em Jerusalém.

A apostasia de Joás foi um ato propositado de rebelião contra Deus, pois o rei sabia o que a lei de Moisés dizia acerca da idolatria. Mas foi também um pecado de ingratidão por tudo o que Joiada havia feito em seu favor. Joiada e sua esposa haviam salvado a vida do rei! O sumo sacerdote lhe ensinara a verdade da Palavra de Deus e havia caminhado com Joás enquanto ele aprendia a governar o povo. No entanto, o rei jamais havia aceitado, de fato, a verdade de Deus e permitido que ela se arraigasse em seu coração. Faltava profundidade ao solo de seu coração, e sua obediência à lei de Deus devia-se somente ã supervisão de seu mentor, joás chegou até a tomar dinheiro do templo que havia reformado para dar a um rei pagão como resgate!

Joás serve de advertência para nós em nosso tempo. Não basta simplesmente conhecer a verdade de Deus; devemos lhe obedecer “de coração” (Ef 6:6). Ter a verdade na mente pode nos levar à obediência, mas ter a verdade no coração e lhe obedecer de coração produz um caráter temente a Deus. A Palavra e a vontade de Deus devem ser infundidas em nós – recebidas no coração (Sl 119:9-11); de outro modo, jamais desenvolveremos um firme caráter cristão. Enquanto o dever e a disciplina não se tornarem um prazer, seremos apenas servos relutantes que obedecem a Deus por obrigação, não porque desejam fazê-lo. Joiada foi uma “escora religiosa” na qual o rei se apoiou. Quando a escora foi removida, o rei caiu.

Durante mais de cinqüenta anos de ministério, tenho visto, aqui e ali, a “tragédia de Joás”. A esposa temente a Deus morre, e logo o marido pára de ir à igreja e se entrega à vida no mundo. Filhos e filhas saem de casa e, aos poucos, vão abandonando a fé, pois o pai e a mãe não estão por perto para aconselhá-los e admoestá-los. Encontrei líderes cristãos em cargos importantes que “usaram” os filhos em seu ministério, mas quando os filhos foram viver por conta própria, deram as costas aos pais e ao Senhor.

Um bom começo não é garantia alguma de um final feliz. O rei Josias teve todo o incentivo necessário para tornar-se um homem piedoso, mas não aproveitou suas oportunidades, deixando que a verdade de Deus penetrasse seu coração. Quando o Senhor enviou profetas para adverti-lo, ele se recusou a ouvir. Chegou até a tramar com seus líderes o apedrejamento do filho de Joiada, Zacarias, que repreendeu o rei por seus pecados. 2 Imagine assassinar o filho da pessoa que salvou sua vida!

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 538-539.

 

 

  1. Conspiração e morte no reino.

A idolatria de Joás teve início após a morte do sacerdote Joiada. O rei, em vez de seguir tudo o que o sacerdote lhe ensinara, passou a tomar conselhos com os príncipes de Judá (2 Cr 24.17), abandonou o Senhor e se voltou aos ídolos. Sua capacidade de discernir estava tão prejudicada que, ao ser repreendido por Zacarias, filho de Joiada, o matou (2 Cr 24.20,21). O juízo de Deus veio até Joás através do exército sírio, que pelejou contra ele. Após a batalha, ferido, os próprios servos de Joás conspiram contra ele e o matam em sua cama (2 Cr 24.25).

Quão perigoso é abandonar os bons conselhos do céu para buscar os maus conselhos terrenos (cf. Fp 4.8,9). Não podemos deixar de discernir as coisas do Espirito, pois a Palavra de Deus diz que nós temos a mente de Cristo (1 Co 2.16).

 

 

 

Comentário

 

A principal tragédia do reinado de Joás foi o assassinato do sacerdote Zacarias, que, por denunciar os desmandos do reino e as transgressões dos mandamentos divinos, foi trágica e ingratamente morto pelo rei, mesmo sendo filho do homem que preparou a sua condução ao trono quando Joás estava destinado a ser morto. A referência que Jesus faz a Zacarias em Lucas (11.51) talvez seja desse sacerdote morto por Joás. Jesus estava censurando a hipocrisia das autoridades do Templo e dos detentores do poder eclesiástico por rejeitarem a palavra dos profetas. Com essa rejeição, estavam concordando com aqueles que mataram os profetas do passado. A censura de Jesus faz a denúncia de que as autoridades do Templo estavam sobrecarregando o povo com ordenanças e leis, mas eles mesmos não as cumpriam. Eles levavam ao pé da letra ordenanças simples, mas recusavam-se a praticar a justiça e o amor e procuravam ser honrados nas reuniões e, também, os assentos mais destacados (Lc 11.37-44). Mais tarde, essas mesmas autoridades mataram Jesus, comprovando o que Ele estava dizendo.

Mas também podem acontecer assassinatos de pessoas sem que haja morte física. Basta que, para tal, as vozes proféticas sejam silenciadas pelos detentores do poder com as mais variadas formas e artimanhas. Os poderosos, como Joás, erroneamente acham que podem fazer qualquer coisa, mas os olhos do Senhor estão voltados para os seus filhos que são justos, assim como Jesus denunciou este pecado de Joás muito tempo depois.

As consequências para Joás por causa da morte do sacerdote Zacarias é a prova de que Deus está assentado no trono e governa tudo de forma absoluta, muito embora Ele dê plena liberdade para os seus filhos. Como no caso de Joás, que deliberadamente matou Zacarias, Deus não o impediu, mas fez com que ele colhesse as consequências do seu ato injusto quando os siros, com um pequeno exército menor que o de Judá, invadiram o reino, mataram vários príncipes e feriram gravemente a Joás. Este, para aplacar a avidez de Hazael, rei da Síria, enviou-lhe todo o ouro do Templo como presente para Hazael desistir de atacar Jerusalém (2 Rs 12.17-28; 2 Cr 24.23,24).

O medo do rei sírio, aliado à morte de Zacarias, fez com que dois dos oficiais de Joás tramassem e executassem a sua morte. No seu leito de enfermidade, eles assassinaram-no, entronizando o seu filho no seu lugar. Joás foi levado ao trono por uma ação divina organizada pelo sacerdote Joiada para fazer reinar quem era o legítimo rei. Ele reparou o Templo e mandou construir vários artefatos para o ofício sagrado; todavia, por influência de pessoas que o levaram para o mau caminho, Joás levou o povo de Judá a adorar ídolos. Assim, a consequência dos seus erros sobreveio-lhe de tal maneira que ele perdeu completamente a noção de justiça, chegando ao ponto de mandar assassinar um profeta de Deus.

Pommerening. Claiton Ivan,. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da Nação. Editora CPAD.

 

O Espírito de Deus se apoderou de Zacarias. Zacarias, filho de Joiada que provavelmente se tornara o sumo sacerdote, foi inspirado pelo Espírito de Deus a fazer um severo protesto e a predizer o desastre para o povo de Judá. O homem pôs-se de pé sobre uma espécie de plataforma, num nível acima do povo, e enviou grande diatribe contra a idolatria. Ele pagou seu ato com a própria vida (ver o vs. 21). O culto de Yahweh, conforme era exigido e direcionado pela legislação mosaica, havia sido descontinuado. Por isso foi dito, com toda a razão, que o povo tinha “abandonado a Yahweh” e em breve seria abandonado por Ele. O partido idólatra logo seria olvidado.

Ellicott supunha que Zacarias tivesse tomado os degraus do átrio interior do templo, pondo-se defronte do povo reunido no átrio exterior. Talvez fosse uma reunião formal convocada pelo próprio sumo sacerdote. Cf. a linguagem similar, usada em II Crônicas 12.5 e 15.2. Ninguém podia abandonar Yahweh e não ser abandonado. A lei da colheita segundo a semeadura garantia esse resultado.

Conspiraram contra ele, e o apedrejaram, por mandado do rei. Quase nem podemos acreditar no que lemos neste versículo. Quando jovem, Joás tinha promovido o yahwismo e reparado o templo a grande dispêndio de energia. Mas agora o idoso Joás abandonou todo o esforço passado e tornou-se culpado do assassinato de um dos profetas do Senhor! Zacarias dificilmente fora diplomático. Ele não respeitou as formas religiosas das outras pessoas. Mas assassinato? Ver no Dicionário o artigo chamado Apedrejamento.

“A ousada liberdade e energia da reprimenda, bem como a sua denúncia e predição de calamidades nacionais, que certamente e em breve ocorreriam, foram coisas inapetecíveis para o rei. Portanto, ele despertou as ferozes paixões das multidões, aquele bando de incrédulos que, por instigação do rei, apedrejou o profeta até ele morrer (cf. Mat. 23.35)” (Jamieson, in loc.).

Pense só nisso, leitor! O pai de Zacarias tinha salvado o pobre bebê Joás da morte, guindando-o posteriormente ao trono de Judá. A esposa de Joiada havia protegido o menino por três anos. Mas, sem um pingo de gratidão, e de maneira desavergonhada e brutal, o mesmo homem tira a vida do filho do sumo sacerdote Joiada. Foi um ultraje horrendo, um tratamento atroz, próprio de uma mente ingrata. “Quando um homem desvia-se de Deus, o diabo entra nele, e ele se torna capaz de todo tipo de crueldade” (Adam Clarke, in loc.).

O caso foi tão notório que Jesus se referiu a ele (ver Mat. 23.35) em uma de suas diatribes contra os fariseus. Alguns intérpretes, entretanto, pensam que esteja em vista aqui outro Zacarias (que nos é desconhecido). Ver as notas expositivas sobre o problema, in loc., no Novo Testamento Interpretado.

Quando os siros se retiraram dele, deixando-o gravemente enfermo. Os vss. 20 e 25-27 são, essencialmente, uma reinterpretação de II Reis 12.19-21, onde ofereci notas expositivas adicionais. O cronista não tratou do suborno pago por Joás para livrar Jerusalém dos invasores, mas teve de sacrificar os tesouros do templo. Ver II Reis 12.18. Presumivelmente, Judá foi sujeitado a tributo pela Síria, o que não é mencionado especificamente pelos autores dos livros de Reis e Crônicas.

Nos conflitos armados, Joás, rei de Judá, foi ferido severamente. Portanto, seus próprios servos conspiraram contra ele, para livrar-se de um agora inútil rei. Disso resultou o seu assassinato. Mataram-no em seu próprio leito. O cronista acrescenta que eles fizeram isso (pelo menos parcialmente), porque Joás havia matado o profeta Zacarias. Portanto, a vingança de Yahweh foi aplicada, e assim foi satisfeita a Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura. Ver sobre essa lei no Dicionário. Cf. este versículo ao seu paralelo aproximado, II Reis 12.20. Os conspiradores mataram o rei Joás em seu leito, em sua casa, em Milo. O autor sacro não diz que o ato foi cometido conscientemente pelos auxiliares do rei para vingar a morte de Zacarias. Isso pode ter sido verdade ou não. Mas, de fato, a vingança de Yahweh foi feita.

Um Sepultamento Inglório. O antes bom, mas agora muito ruim rei de Judá não mereceu as honrarias prestadas aos reis “bons”. Ele foi, realmente, sepultado em Jerusalém, mas não entre os sepulcros dos reis. Ver no Dicionário o verbete denominado Sepulcro dos Reis. Cf. II Crô. 21.20, onde a mesma coisa é dita acerca do ímpio Jeorão. Contraste esse sepultamento inglório com o sepultamento de Joiada, o sumo sacerdote (ver II Crô. 24.16).

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1689-1690.

 

Quando o rei de Judá tornou-se um idolatra e um assassino, o Senhor começou a disciplina-lo. Primeiro, enviou os profetas para advertir Joas, mas ele não deu ouvidos. Então, enviou a Siria, inimiga de longa data de Juda,3 e Joas foi gravemente ferido em combate. Por fim, Joas roubou riquezas do templo e subornou Hazael para que ele não atacasse Jerusalém. Porem, Joas nunca chegou a se recuperar de seus ferimentos, pois, logo em seguida, dois de seus oficiais o assassinaram por ele haver ordenado a execução de Zacarias, filho de Joiada.4 2 Cronicas 24:26 diz que as mães dos dois assassinos não eram de juda – uma delas era de Moabe e a outra de Amom. Os moabitas e amonitas eram descendentes de Ló, sobrinho de Abraão, que havia tido relações incestuosas com as duas filhas (Gn 19:30-38). O povo sepultou Joas em Jerusalém, mas não no sepulcro dos reis, onde o sumo sacerdote Joiada foi sepultado (2 Cr 24:25, 26). O menino-rei, que havia tido um começo tão promissor, não teve um final feliz, pois renunciou os caminhos do Senhor. Fico imaginando se o profeta Ezequiel estava pensando em Joas quando escreveu Ezequiel 18:24-32.

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 538-539.

 

 

CONHEÇA MAIS

 

“Sob a influência direta de Joiada, Joás foi um rei piedoso e humilde, muito aplicado às coisas pertencentes a Deus. Cedo em sua vida olhou para o estado do templo de Deus arruinado durante o ímpio reinado de Atalia e providenciou com todo o ardor de sua juventude piedosa os reparos que deveriam ser feitos na casa do Senhor. O interesse que demonstrava nesse serviço, e o modo como a executou, demonstram o quanto ele se inclinava para Deus sob a liderança de Joiada. Para saber mais leia: Coleção Lições Bíblicas. Vol. 05. Rio de Janeiro: CPAD, 2011. p. 432.

 

 

 

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO III

A desobediência a Deus e a confiança na força do próprio braço nos levam a escolhas ruins que afetam o destino de nossas vidas.

 

SUBSÍDIO HISTÓRICO

“As razões da conspiração contra Joás não foram explicadas nos livros dos Reis. Podemos supor, com base em 2 Crônicas 24 15-22, que ele havia contrariado os interesses da religião quando se voltou para o culto a Baal depois da morte do sumo sacerdote. Ac ser condenado devido a esse ato por Zacarias, filho de Joiada, ordenou que este fosse apedrejado. A expressão casa de Milo (20) possivelmente seja uma referência a uma estrutura construída sobre uma plataforma de terra batida, provavelmente localizada na região noroeste da cidade de Davi. O local chamado Sila não pode ser identificado; talvez esta seja uma referência a um bairro da cidade” (Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.359).

 

 

CONCLUSÃO

Joás foi levado ao trono por uma ação divina organizada pelo sacerdote Joiada. No início de seu reinado, ele reparou o Templo e mandou construir vários artefatos para o ofício sagrado. Porém, após a morte do sacerdote Joiada, começou a fazer o que era mau aos olhos do Senhor. Passou a adorar ídolos e perdeu completamente a noção de justiça ao mandar assassinar o profeta Zacarias. Seu reino entrou em decadência e ele acabou assassinado por dois de seus servos.

 

 

PARA REFLETIR

 

A respeito de “O Reinado de Joás”, responda:

  • Por quanto tempo Joás ficou escondido?

Por 6 anos.

 

  • Quem aconselhava Joás no início do seu reinado?

O sacerdote Joiada.

 

  • O que a fidelidade ao Senhor produz?

A fidelidade a Deus enobrece a alma e traz respeito para quem a pratica.

 

  • Como se comportou Joás após a morte do sacerdote Joiada?

Após a morte de Joiada, Joás não conseguiu manter-se inteiramente fiel ao Senhor, passou a adorar ídolos (2 Cr 24.18) e a confiar em suas próprias forças (2 Rs 12.17-18).

 

  • Qual foi a consequência da desobediência de Joás?

Seu reino entrou em decadência e ele acabou assassinado por dois de seus servos.

 

ELABORADO: Pb Alessandro Silva.

4 respostas para “9 LIÇÃO 3 TRI 21 O REINADO DE JOÁS”

  1. Tenho formação teológica bem como leciono teologia. Por essa razão posso garantir que esse é um dos mais profundos e aplicáveis estudos que já li acerca de Joás. Parabéns aos envolvidos!
    A Deus glória eterna!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *